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Tribos Urbanas

Por:   •  9/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.268 Palavras (14 Páginas)  •  942 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Punks, góticos, emos, headbangers, hippies, geeks, rappers, pichadores, skinheads,

patricinhas, metaleiros, playboys, evangélicos, católicos, mórmons, pagodeiros, gamers,

preppies, nerds, drag queens, regueiros, cosplayers. São tantos os conjuntos sociais que

existem pelo mundo afora, que fica impossível acompanhar cada novo grupo que surge. Cada

qual com suas próprias características, valores culturais, hábitos, crenças, estilos musicais e

ideologias políticas semelhantes. As junções desses grupos são chamadas tribos urbanas.

A expressão “tribo urbana” foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, em 1985.

Uma das principais características dessas tribos é a faixa etária, geralmente ligada aos jovens,

que desejam orientar-se por valores diferentes dos que estão acostumados, impostos pela

sociedade contemporânea. Essas tribos surgem da necessidade dos indivíduos de se

agruparem, de criar sua própria identidade, de se apartarem do sentimento de vazio, de

estarem com pessoas que compartilham as mesmas convicções e pensamentos que eles e da

ânsia de resistir ao mundo que os oprimem.

Geralmente as tribos urbanas surgem nas grandes cidades, ou nas metrópoles, onde cada

grupo constitui suas próprias regras de conduta, vestimenta, filosofia, vocabulário,

pensamento, preferências religiosas, musicais, políticas, entre outras coisas que são

concernentes a cada tribo, desenvolvendo assim, uma “subcultura social urbana”.

Esse conjunto de subculturas sociais urbanas muitas vezes se contrapõem em suas ideologias:

como por exemplo punks, que têm um estilo bastante agressivo e hippies, que são totalmente

“paz e amor” e não-violentos; Ou como emos, que marcam o próprio corpo com navalhas e

outros instrumentos cortantes, e os pichadores, que preferem marcar a “cara da cidade” com

sprays e tintas, ambos satisfazendo-se com esses tipos de lesões.

Essas tribos, segundo Maffesoli, são grupos instáveis e abertos, o que permite com que outras

pessoas entrem, ou que um membro mude de um grupo para outro. A tecnologia avançada

também tem contribuído bastante para a formação e comunicação dos membros dessas tribos.

É possível que eles adotem novas regras de conduta, marquem pontos de encontro etc.,

tornando esses grupos cada vez mais complexos no mundo atual.

2. TRIBOS URBANAS: FUNKEIROS

Os funkeiros são uma das tribos brasileiras em grande ascensão do mundo musical hoje em

dia. Eles conquistaram seu espaço com letras românticas, algumas um pouco mais agressivas,

outras, de um cunho sexual altamente explícito.

O funk é popularmente conhecido em todo o Brasil, mas o que realmente chama a atenção, é o

fato desse tipo de música ter se tornado popular em algumas partes do mundo também.

Engana-se quem acha que esse estilo musical é somente o famigerado “funk carioca”, existem

diversos tipos de funk e ele nem mesmo surgiu no Brasil, porém, tornou-se mania entre

alguns jovens (principalmente os de classes mais baixas) atualmente.

3. ORIGENS DO FUNK

O funk surgiu nos Estados Unidos na segunda metade da década de 60. Originalmente criado

por músicos norte-americanos, como James Brown, Maceo e Melvin Parker que, unindo jazz,

soul, rhythm and blues, criaram um novo tipo de batida, algo bem rítmico e dançante. A

palavra funk provêm do inglês que significa medo, susto, pavor.

Outras bandas surgiram nos anos 70, como Parliament e Funkadelic, que tinham os mesmos

músicos, acabando por gerar uma mistura conhecida como P-Funk, que se tornou um novo

gênero musical dentro do funk.

Já nos anos 80, o funk perdeu um pouco de sua popularidade nos E.U.A, uma vez que as

músicas se tornavam mais eletrônicas e as bandas mais comerciais. O hip hop e o rap,

derivados do funk, se tornaram mais populares. Ao final dos anos 80, samplers com antigos

sucessos de funk, principalmente aqueles com vocais de James Brown, começaram a ser

copiados para outros gêneros musicais, dando vida ao estilo house music. Também nessa

época, surgiram outras derivações como o Miami Bass, Funk Melody e o Freestyle.

4. FUNK NO BRASIL

O funk chegou ao Brasil em meados da década de 80, grandemente influenciado pelo ritmo

Miami Bass. Somente a partir de 1989 que os “bailes” – como são chamadas as festas que têm

som de

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