Agricultura
Por: Mizinha86 • 16/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.551 Palavras (11 Páginas) • 160 Visualizações
PRADO JR., C. História Econômica do Brasil. 19 ed. São Paulo: Brasiliense, 1976. Capítulos 3 e 4.
Capítulo 3 - Desde os últimos anos do séc.XV as costas brasileiras começam a ser frequentadas por navegantes portugueses e espanhóis. De início, aquelas viagens eram apenas de exploração. Tratava-se no momento, como foi lembrado de resolver um problema geográfico de grande importância: descobrir o caminho das índias. Os portugueses por seu turno, arrastado pelos azares da navegação, e interessados em observar o que os espanhóis estavam realizando, afastar-se-ão da sua rota ao longo da África e também chegarão ali. Assim, foi descoberto o Brasil. Apesar, de nenhum interesse naquela terra parcamente habitada por tribos nômades ainda na idade da pedra e nada de útil para oferecer, o espírito empreendedor daqueles navegadores consegui encontrar algo que poderia satisfazer suas ambições: o pau-brasil.
Até quase meados do século XVI, encontraremos portugueses e franceses traficando ativamente a costa brasileira com o pau-brasil. Era uma exploração rudimentar, que deixou destruição impediosa e em larga escala das florestas nativas. Como a tarefa de cortar árvores de grande porte era árdua, não foi difícil obter que os índios trabalhassem em troca de alguns produtos fúteis. Indiretamente, a exploração do pau-brasil deu origem a alguns estabelecimentos coloniais. Mas, não serviu para fixar qualquer povoamento no país. A extração de pau-brasil tinha que ser nômade, pois as árvores eram dispersas.
Para os portugueses a extração do pau-brasil considera-se monopólio real. Ao dedicar a ela precisava da concessão do soberano, esse cobrava direitos por sua exploração. A primeira concessão foi outorgada em Fernando de Noronha. Já os franceses tiveram sempre uma política liberal, não podia o soberano francês arrogar-se um direito que ninguém lhe reconhecia; e as atividades de seus súditos no Brasil representavam iniciativa puramente individual que o Rei, aliás, nunca endossou oficialmente.
A decadência da exploração do pau-brasil foi rápida devido ao esgotamento das matas costeiras que continham a preciosa árvore.
Capítulo 4 – Houve dificuldade para realizar o povoamento de imensa como o Brasil devido o pouco interesse. Então, criaram as capitanias, onde dividiu-se a costa brasileira em doze setores lineares. Serão doadas a titulares que gozarão de grandes regalias e poderes; nomeação de autoridades administrativas e juízes; receber taxas e impostos. Como o donatários não dispunham de grandes recursos próprios levantaram fundos em Portugal e Holanda. A perspectiva inicial do negócio está na cultura da cana-de-açúcar. O clima do país era favorável para a nova produção e a mão-de-obra contou a princípio com os indígenas.
Inicia-se a ocupação efetiva e a colonização do Brasil. A cultura da cana somente se prestava, economicamente, a grandes plantações. Já para desbravar convenientemente o terreno (tarefa custosa neste meio tropical e virgem tão hostil ao homem) tornava-se necessário o esforço reunido de muitos trabalhadores; não era empresa para pequenos proprietários isolados. Isto feito, a plantação, a colheita e o transporte do produto até os engenhos onde se preparava o açúcar, só se tomava rendoso quando realizado em grandes volumes. Nestas condições, o pequeno produtor não podia subsistir. São sobretudo estas circunstâncias que determinarão o tipo de exploração agrária adotada no Brasil.
A grande propriedade será acompanhada no Brasil pela monocultura; os dois elementos são correlatos e derivam das mesmas causas. A agricultura tropical tem por objetivo único a produção de certos gêneros de grande valor comercial, e por isso altamente lucrativos. Não é com outro fim que se enceta, e não fossem tais as perspectivas, certamente não seria tentada ou logo pereceria. É fatal portanto que todos os esforços sejam canalizados para aquela produção; mesmo porque o sistema da grande propriedade trabalhada por mão-de-obra inferior, como é a regra nos trópicos, e será o caso no Brasil, não pode ser empregada numa exploração diversificada e de alto nível técnico.
Com a grande propriedade monocultural instala-se no Brasil o trabalho escravo. Além da resistência que ofereceu ao trabalho, o índio mostrou mau trabalhador, então o negro africano resolverá o problema. Os portugueses já estavam preparados para essa substituição.
A grande propriedade açucareira é um verdadeiro mundo em miniatura em que se concentra e resume a vida toda de uma pequena parcela da humanidade. Os trabalhadores livres são raros, apenas nas funções de direção e nas especializadas: feitores, mestres, purgadores, caixeiros (são os que fazem as caixas em que o açúcar é acondicionado), etc. São, aliás, mais frequentemente, antigos escravos libertos.
Além do açúcar, extrai-se também da cana a aguardente. É um subproduto de grande consumo na colônia, e que se exportava para as costas da África, onde servia no escambo e aquisição de escravos.
Durante mais de século e meio a produção do açúcar, com as características assinaladas, representará praticamente a única base em que assenta a economia brasileira. Aliás sua importância, mesmo internacional, é considerável. Até meados do séc. XVII o Brasil será o maior produtor mundial de açúcar, e é somente então que começarão a aparecer concorrentes sérios: as colônias da América Central e Antilhas.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 9º Ed. São Paulo: Companhia das letras, 2007. Capítulo I e II.
Capítulo I - A expansão marítima portuguesa se deu pela necessidade de abertura de novas rotas comerciais. Uma vez aberta essas rotas, os preços das especiarias começaram a cair por toda a - Europa, impulsionando assim a busca das novas fontes de ‘riqueza’ através do mar.
A Espanha logra êxito na América com a extração dos metais (ouro e prata), entretanto Portugal não teve a mesma sorte que seus vizinhos e deixa o a sua descoberta, por meio século, de lado.
Portugal e Espanha se contrapõem as demais nações européias, criando assim divergências políticas. A extração é novidade no mundo e isso impulsionou outros países a atacar a América Espanhola e outros começaram a empreender novas navegações
Se não fosse o ouro, o continente americano teria progredido muito lentamente. A colonização brasileira só se efetivou, pelo fato que as terras brasileiras estavam sendo alvo de invasões dos países europeus. A França organiza uma expedição de povoamento visando à costa brasileira (atrás de ouro) e este fato, acelera a necessidade de ocupação dos lusitanos. Portugueses e espanhóis tiveram que abrir mão de parte de suas terras, pois defender elas era muito custoso para eles. A Espanha só defende suas rotas do ouro (México e Peru).
Holanda, França e Inglaterra (nações desenvolvidas comercialmente) contestam as posses das Coroas Ibéricas.
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