Analisando brevemente racismo no Brasil segundo Durkheim e Tarde
Por: Vanessa Coelho • 19/9/2016 • Dissertação • 306 Palavras (2 Páginas) • 4.155 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FFCH – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Campus São Lázaro
Vanessa Sousa Coelho
Sociologia I
Análise do Racismo no Brasil baseada nas teorias sociológicas de Durkheim e Tarde
Resultado de 300 anos de escravidão do povo negro, o Brasil é historicamente marcado pelo racismo institucionalizado no qual seleciona tais pessoas pela pigmentação da pele e traços faciais para subjugá-las e defini-las como inferiores. Essa minoria social, que na realidade constitui a maioria da população brasileira, sofre a opressão das classes dominantes e consequentemente de valores hegemônicos desencadeando a desigualdade social.
A partir desse pressuposto, percebe-se que a discriminação racial é um fato social arraigado em nossa sociedade, segundo Durkheim, são conceitos impostos e exteriores ao indivíduo que independem do mesmo. Nas três características que validam esse fato social (coercitivo, exterior e geral), apresentam-se na medida em que representa a vontade coletiva ou o consenso de um grupo sobre determinada questão e assim impõe aos indivíduos práticas que são naturalizadas, como padrões de beleza eurocêntricos, a mídia reduzindo os atores e atrizes negras á personagens vinculados a cargos domésticos e servis, a vinculação da criminalidade, as abordagens policiais violentas e excessivas, a falta de representatividade na política, a hipersexualização das mulheres pretas, dentre outras. Pode-se dizer que são construções sociais racistas que moldam o sujeito fazendo- o expressar posicionamentos sociais, ou seja, a ideia do indivíduo racional e autônomo é inexistente.
Já para Gabriel Tarde, o fator origem é totalmente desprezado para que se possa entender o evento da discriminação racial é preciso observá-lo pelas articulações que são feitas e vão adquirindo forma durante as relações entre ou nos indivíduos. A mônada é a realidade aberta propagada na imitação que é marcada pelo fluxo de crenças (forças plásticas), pela repetição de ideias e comportamentos racistas nas associações, na qual há uma inovação em cada repetição.
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