Análise por Triangulação de Métodos: Um Referencial para Pesquisas Qualitativas

Acadêmica: Priscila S.

Fichamento: MARCONDES, N. A. V.; BRISOLA, E. M. A. Análise por triangulação de métodos: um referencial para pesquisas qualitativas. Revista Univap, São José dos Campos - SP, v. 20, n. 35, jul. 2014.

        O presente artigo tem por objetivo esclarecer como se dá o estudo através da análise de triangulação de métodos, e quais são as etapas para tal procedimento. Dentro da área de pesquisas, existem muitas possibilidades de abordagens e metodologias, justificando-se assim o enfoque em um ponto específico de estudo.

        A área de pesquisa é um campo onde são realizados estudos reflexivos e de certa forma críticos e as técnicas, manipulação e interpretação de dados são de extrema importância para o sucesso final do pesquisador.

        Um dos procedimentos de análise de dados qualitativos se volta para a triangulação, a qual se utiliza de avaliação de programas, projetos e disciplinas. A triangulação vai de encontro a combinação de múltiplos pontos de vista, Segundo Minayo (2010 apud MARCONDES; BRISOLA, 2014) a triangulação é uma visão de vários informantes e o emprego de uma variedade de técnicas de coleta de dados que acompanha o trabalho de investigação.

        Na coleta de dados a triangulação o pesquisador pode utilizar de três técnicas ou mais para ampliar seu tema e assim ampliar sua pesquisa como utilização de entrevistas, aplicar questionários, entre outros.

        Na triangulação tem-se a utilização para análise das informações coletadas onde o primeiro momento será a preparação dos dados coletados e numa etapa posterior o processo de refletir sobre tais dados numa perspectiva de reflexão e percepção dos sujeitos e processos envolvidos. Tem-se aqui a percepção que a análise de triangulação de métodos é pautada na preparação do material coletado e na análise do mesmo.

        Na triangulação de métodos a análise de dados coletados passa por três aspectos distintos, sendo o primeiro ao que se refere às informações concretas da pesquisa, podendo ser por dados como narrativas dos entrevistados e o segundo compreende o diálogo com os autores que elaboraram a temática da pesquisa e o terceiro o diálogo com os autores que estudam o tema em questão. Assim sendo, essa conjuntura faz com que a fundamentação teórica e pratica da pesquisa sejam interligadas possibilitando assim como diz Gomes (2010 apud MARCONDES; BRISOLA, 2014) que as informações devem ser “contextualizadas, criticadas e trianguladas”

        Sendo esses três aspectos observados, passa-se para a organização do primeiro processo interpretativo que é dividido em três principais etapas que são: preparação e reunião dos dados; avaliação de sua qualidade e elaboração de categorias de análise.

        Na segunda etapa, realiza-se realização a avaliação dos dados primários coletados. Nessa fase cria-se uma pré – análise dos dados. Começa aqui a discussão a certa do assunto.

        A terceira fase é onde o tema é trabalhado no sentido de contextualização e reflexão. É a etapa de conclusão da pesquisa onde os dados podem ser contextualizados e esclarecidos.