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"As Mutações No Mundo De Trabalho Na Era Da Mundialização Do Capital" De Ricardo Antunes E Giovanni Alves

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Por:   •  6/11/2014  •  754 Palavras (4 Páginas)  •  6.316 Visualizações

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TEXTO

Há uma nova formulação do mercado de trabalho atual que vem se estabelecendo e que é oriunda da grande mudança que o trabalho e a vida do trabalhador vem sofrendo desde a Revolução Industrial. Em tempos de Globalização a classe trabalhadora hoje é fragmentada, bem mais heterogênea e diversificada. Essa nova forma de trabalho gera um "novo capitalismo" que se fortalece com a diversidade e apresenta varias características que são abordadas por Ricardo Antunes em seu texto.

A classe trabalhadora dos séculos XX e XXI compreendia a totalidade dos assalariados, homens e mulheres que viviam da venda da sua força de trabalho e que eram (e continuam sendo) despossuídos dos meios de produção. Com o processo da globalização, pode-se constatar uma perda significativa de direitos e de sentidos, em sintonia com o caráter destrutivo do capital vigente.

Em conjunto com um processo de abertura e desregulamentação econômica também adveio a pressão pela flexibilização das relações de trabalho, que torna o emprego mais incerto, inseguro e precário; um ambiente de baixo e instável crescimento econômico na maior parte dos países, o que contribuiu de forma bastante decisiva para a deterioração do mercado de trabalho, especialmente com a elevação do desemprego e da informalidade.

As mutações no mundo do trabalho vem acontecendo a cada dia, porém apesar de a classe trabalhadora estar bem diferente da existente em meados do século passado, apesar da inserção das maquinas informatizadas fazerem com que diminua também o conjunto de trabalhadores estáveis e formais dentro das empresas, essa classe não está, por isso, próxima de seu desaparecimento. Muito pelo contrario, a classe vem ao longo dos tempos se transformando e se adaptando para continuar atual e ativa no mercado.

As transformações são necessárias e vão estabelecendo uma reconfiguração dos que vivem do trabalho. Com a desestruturação crescente e a ampliação do desemprego estrutural implementam-se alternativas de trabalho desregulamentadas ou “informais”, entre os quais se destacam a diminuição do operariado, o crescimento dos trabalhadores no setor de serviços, a subcontratação ou terceirização e a organização em rede que podem ser cada dia mais precarizados.

Existe também uma tendência significativa no mercado de trabalho atual que é o aumento significativo do trabalho feminino com menores níveis de qualificação, atingindo mais de 40% da força em países avançados, apesar de, na maioria das vezes, essas trabalhadoras se fixarem mais nos empregos informais, os níveis de remuneração e de direitos sociais e do trabalho serem inferiores.

É possível perceber também, nas ultimas décadas, a significativa expansão dos assalariados médios no setor de serviços que incorporou uma grande parcela dos trabalhadores excluídos do mundo produtivo industria, onde incorporando-os esses trabalhadores voltam a se sentir parte de um sistema, ainda que precário, e sentem-se úteis novamente.

Outra tendência é a exclusão dos jovens que estão em idade de ingresso ao mercado de trabalho e dos idosos ou pessoas com mais de 40 anos que, sem perspectivas de emprego, acabam se submetendo aos trabalhos “informais” e precarizados como mecanismo minimizador do desemprego estrutural, elas cumprem uma função, ainda

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