As Três características dos fatos sociais
Por: rogeriomina • 5/3/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.341 Palavras (6 Páginas) • 1.605 Visualizações
Ciências contábeis I
Trabalho de sociologia: Émile Durkheim Professor: César Martins
Fatos Sociais
Fatos sociais são os objetos de estudos da sociologia definidos por Durkheim, os valores de uma sociedade, costumes e representações coletivas são exemplos de fatos sociais. Eles são exteriores aos indivíduos, pois não estão no plano biológico e nem individual apesar de poderem se relacionarem com ele, e exercem sobre eles um enorme poder de autoridade.
Os fatos sociais são gerais, devido a sua expansão na sociedade, atinge grande parte das pessoas; independentes, uma ideia existia antes do indivíduo e poderá existir após sua morte.
As três características dos fatos sociais são:
Coerção social: é a força que a sociedade exerce sobre o indivíduo para que ele se adapte às regras da sociedade, independentemente de sua vontade, através de sanções. Existe uma pressão da sociedade que força o indivíduo tomar certas atitudes.
As sanções podem ser:
Legais: através de leis que obrigam os indivíduos terem a conduta desejada.
Espontâneas: exclusão e recriminação, que força o indivíduo a seguir certas regras caso queira estar inserido na sociedade.
Exterior ao indivíduo: pois não produzimos sozinhos nossos costumes e ideias, nós os aprendemos. Já encontramos regras sociais, costumes e leis quando nascemos e interagimos no mundo, e somos coagidos a aceitá-los. Devem ser internalizados por um processo educativo.
Generalidade: abrange todo o conjunto da sociedade, ou a maioria dos indivíduos, e se repete em distintas sociedades. Ex: formas de habitação, sistemas de comunicação, moral.
Consciência coletiva
Consciência coletiva é a forma padronizada de conduta e pensamento da média dos membros de uma sociedade. Pode ser considerada como a força moral vigente na sociedade, pois a maior parte dela as considera adequadas, e a coerção deixa de ser sentida quando temos ideias coletivas.
A consciência coletiva também pode ser analisada como um conjunto de regras que delimitam os atos individuais devido ao seu poder persuasivo e de coerção, assim, ela acaba definindo o que é imoral, reprovável e criminoso.
Sociedade como organismo
Durkheim acreditava que as sociedades estão em um processo de constante progresso, podendo ser representado em um gráfico, mostrando a relação de tempo e laços sociais, ou seja, as sociedades estão em estágios de evolução, passando das mais simples e rudimentares, até as mais avançadas tecnologicamente. Para ele, quanto maior o nível de desenvolvimento de uma sociedade, maiores são seus laços sociais.
Para Durkheim, a sociedade é um organismo em adaptação. Por isso o cientista deve também encontrar soluções para os problemas sociais, e não só estudá-los. E como um organismo, ela apresenta estados:
Normais (saudáveis): quando os fatos sociais se encontram generalizados, desempenhando funções no processo evolutivo da sociedade. O crime, por exemplo, faz parte do estado normal da sociedade, pois é generalizado – todos os tempos e sociedades - e a penalidade/punição desempenha uma função importante para a evolução das sociedades.
Patológicos (doentios): quando os fatos colocam em risco a harmonia social, o acordo, o consenso. Como as doenças humanas, são transitórios e excepcionais. Atrasam ou retardam a evolução (progresso) da sociedade.
Morfologia social
Para Durkheim, a sociologia deveria ter ainda por objetivo comparar as diversas sociedades. Constituiu assim o campo da morfologia social, ou seja, a classificação das espécies sociais numa nítida referência às espécies estudadas em biologia. Essa referência, utilizada também em outros estudos teóricos, tem sido considerada errônea uma vez que todo comportamento humano, por mais diferente que se apresente, resulta da expressão de características universais de uma mesma espécie.
Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído a partir da horda, forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam aos átomos, isto é, se apresentavam justapostos e iguais. Desse ponto de partida, foi possível uma série de combinações das quais originaram-se outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos.
Com base nesses pressupostos, é possível traçar uma linha evolutiva, onde conseguimos encontrar em qual grau evolutivo está uma sociedade, também sendo possível identificar se uma sociedade está no passado ou no presente, segundo a linha. Assim, A noção de fato social normal e anormal varia de sociedade para sociedade: o que é normal para o “selvagem” (o “inferior”), é diferente do que é normal para o europeu (o “superior”).
Para Durkheim, o trabalho de classificação das sociedades – como tudo o mais – deveria ser efetuado com base em apurada observação experimental. Guiado por esse procedimento, estabeleceu a passagem da solidariedade orgânica como motor de transformação de toda e qualquer sociedade.
Solidariedade social
Para Durkheim, existem em nós dois tipos de seres: um coletivo e um individual. Ele argumenta que nas sociedades marcas pela divisão do trabalho (especialização do trabalhador em determinada função) a consciência do ser coletivo é reduzida, porém,
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