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CAPÍTULO V: CONDUZINDO O CARRO DE JAGRENÁ

Por:   •  26/9/2016  •  Seminário  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  1.487 Visualizações

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CAPÍTULO V E VI

Rafa e Bella

CAPÍTULO V: CONDUZINDO O CARRO DE JAGRENÁ

O Carro de Jagrená serve para ser tomado como base para minimizar  perigos e maximizar as oportunidades que a modernidade oferece para a humanidade.

Ao pensar que os ideais pensados pelos grandes pensadores do Iluminismo são tão divergentes da nossa realidade, pode-se chegar à conclusão, uma delas apenas, que ocorreram alguns defeitos de projeto, nos fazendo ultrapassar os limites que nos foram impostos inicialmente.

Como exemplo de defeitos de projeto, pode-se encontrar em duas situações bastante corriqueiras, a primeira em uma organização, onde ela pode ser avaliada através de serviços fornecidos e metas atingidas; e a segunda é na natureza socializada, onde ela pode ser avaliada através das medidas que ela vai de encontro às necessidades humanas e que não produz resultados finais indesejáveis.

O segundo fator que pode nos fazer distanciar dos ideais pensados pelos pensadores Iluministas é a falha do operador. Pois qualquer sistema, e não importa o quão bem pensado ele é, pode falhar em seu funcionamento. E a culpa disso se limita à quem o opera. Se aplicando, novamente, tanto nos sistemas sociais, como os naturais. Ao juntar-se um bom projeto com um bom treinamento e preparo dos operadores, a chance de um erro acontecer fica muito pequena, porém ainda existente, pois é um processo que depende do ser humano, o qual é passível de erro.

Mas, mesmo assim, não pode afirmar-se que o defeito de projeto e a falha do operador são os elementos mais influentes para essa distância dos ideais fornecidos pela modernidade. As mais significativas são as consequências involuntárias e a circularidade do conhecimento social. Portanto, chega-se à conclusão que o defeito de projeto e a falha do operador são consequências inesperadas, pois, como dito anteriormente, não importa o quão bem esse sistema foi projetado e esse projeto explicado e implantado, e nem o quão seus operadores são tão eficientes, a atividade humana não pode ser inteiramente prevista, e, uma razão para isso é a complexidade que envolve a sociedade.

Mas, mesmo que o mundo pudesse se tornar algo completamente previsível e projetável,  as consequências involuntárias ainda aconteceriam. E tudo isso por causa da circularidade do conhecimento social,  que sempre coloca em primeira instância o social ao invés do natural, e o social nunca poderá criar um meio ambiente estável ao entrar conhecimento novo sobre seu caráter e funcionamento. O conhecimento novo, para o social, não o torna transparente, mas sim, no lugar disso, muda sua natureza oficial, mudando todas as direções, afetando tudo, desde as naturezas sociais, até as próprias instituições também sociais.

E o impacto disso tudo é fundamental para o Carro de Jangrená, pois essa circularidade incorpora elementos da natureza com o sistema abstrato.

Portanto, deve-se manter em mente que não podemos controlar a vida social completamente, pois o mundo é demarcado em desigualdades, e a modernidade mostra que o desenvolvimento do conhecimento não nos permite decidir de diferentes posições de valores.

- Realismo Utópico:

Mas isso não significa que devemos desistir da tentativas de governar o Carro de Jangrená. O fato de pensarmos para o futuro nos dá algumas reflexões, tanto positivas, quanto negativas. E, vislumbrando algumas alternativas do futuro, pode-se ajuda-las a se realizar, sendo assim, mais do que necessário o realismo utópico.

É necessário o equilíbrio entre os ideais utópicos e o realismo, sendo o pensamento utópico extremamente perigoso, e completamente inútil no campo de debate para convencimento de troca de alguma idéia, pois são convicções sem referências e, apesar de causar um bem-estar psicológico, aumentam exponencialmente a chance de resultados errôneos. Portanto, devem ser temperados pelo realismo, sendo a meta principal a minimização do perigo.

Deve-se considerar que uma teoria crítica cheia de moral e boa fé não funcionaria no século presente, pois são perigosas em um mundo de risco e altas consequencias envolvidas.

Portanto, deve criar modelos da sociedade boa, que não se limitem à apenas uma dimensão, e que entendam que a política emancipatória tem que estar envolvida com a política da vida, onde não existem mais “senhores” e “escravos”, incrementando a realização para todos.

Tanto a política emancipatória, quanto a política da vida, devem ser vinculadas às conexões globais e locais. Para a política da vida, o principal é a ética do pessoal; agora para a política emancipatória, as ideias principais se relacionam à justiça e igualdade.

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