CENTRO UNIVERSITÁRIO PROJEÇÃO EAD SOCIOLOGIA

CENTRO UNIVERSITÁRIO PROJEÇÃO EAD

SOCIOLOGIA

PROFESSOR SUPERVISOR MOISES LUCAS

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Desde muito cedo aprendemos que meninos usam azul, trabalham fora, brincam na rua, e as meninas usam rosa, são comportadas e educadas, aprendemos também que tarefas domésticas são de responsabilidade delas. Essas diferenciações não são naturais, mas socialmente e historicamente construídas.

Nossa sociedade diferenciou homens e mulheres, atribuindo maior valor as características masculinas, essa prática gerou a desigualdade que hoje é tão presente entre nós. Durante muito tempo, a mulher foi privada de ter acesso à educação formal, trabalhar fora de casa e de ter autonomia sobre si e sobre o seu corpo, ficando sob o domínio de seus pais e depois de casadas, sob o domínio de seus maridos.

É nesse contexto de domínio e autoritarismo que acontece a violência doméstica. O Brasil é o 5º país em morte violentas de mulheres no mundo, e esse índice tem aumentado devido a pandemia do Covid - 19. Como é sabido, a medida mais eficaz contra a disseminação do novo coronavírus é o isolamento social, entretanto, essa medida tem provocado impactos negativos na vida de mulheres que já eram vítimas de violência domésticas e agora permanecem por mais tempo em convivência com seus agressores.

Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), para violência física, o percentual aumentou de 60,1% em 2019 para 64,1% em 2020, o mesmo estudo aponta que apesar do aumento do número de casos, houve redução nas denúncias, seja por receio da mulher em denunciar, ou por medo de descumprir as medidas de isolamento social.

Para contornar esses índices tão elevados, falta ao estado trabalhar políticas públicas de prevenção e conscientização, apoiar essas mulheres que sofreram violência e pretendem ou já deixaram o lar, uma vez que mesmo com medidas protetivas, muitas são assassinadas, além de delegacias especializadas e de penas mais severas e cumpridas à risca. É importante também as instituições de educação darem aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com a violência contra a mulher.