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Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: Formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida

Por:   •  12/6/2018  •  Resenha  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  802 Visualizações

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Joab Barros Araújo

CASA-GRANDE E SENZALA

Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida.

     A obra mais celebre do autor é um marco na historia do pensamento social do brasil , publicada em 1933, Casa-Grande & Senzala se propõe a escavar a construção do brasil e do brasileiro , nesse processo  Freyre se utilizara de dois métodos predominantemente , o histórico tenta recriar a sociedade colonial brasileira através de extensas descrições analisando as trocas culturais entre colonizadores e colonizados e ainda fazendo um retorno a influência moura sobre a cultura portuguesa, outra ferramenta metodológica a ser apresentada é a , comparativa , na medida que coloca em parâmetro a colonização portuguesa , inglesa e espanhola destacando similaridades e discrepâncias , se utiliza da comparação ainda para fazer definir esses mesmos limites dentro do Brasil , quando repeti a analise com capitanias hereditária do nordeste e sudeste.

     Com uma linguagem fácil trançando descrições extensas sobre o povo, espaço e a cultura, tentar entender principalmente a formação social e familiar da nação, sempre relacionando a figura da casa grande ou elite branca europeia em relação ao o negro escravo da senzala, outro elemento preponderante que aparece como suporte aos principais argumentos do livro é a miscigenação.

     O autor no primeiro capitulo opera uma retomada histórica na tentativa de identificar quais fatores teriam favorecido a colonização portuguesa no Brasil, assim investiga e ressalta o contato e troca cultural ocorrida entre o português e o mouro , favorecido por anos e anos de lutar entre os dois povos, as intersecções não ocorreram apenas por esse contando imediato mais de forma mediata também, pois ressalta a miscigenação entre os dois povos uma relação sexual que Freire relacionara com um ponto que será abordado mais à frente, fruto dessas trocas seria a indefinição do pertencimento do homem português já que seu passado étnico e atravessado por uma relação entre Europa e África o que influenciou além de outros traços , a relação deste com o espaço e meio natural.

     Ao chegar nas terras que viriam a ser Brasil, o português se deparou com um ambiente de características assemelhadas ao da continente africano,  havia criado uma familiaridade devido a colonização já avançada no outro continente, porém Freyre ressalta aqui algumas problemáticas enfrentadas nessa relação com o meio natural da nova colônia , que se assemelhava em alguns aspectos com a africana o que deve ter criando uma certa identificação, acredito que ajudando a atenuar o sentimento de estranhamento por parte dos colonos, os rios irregulares dificultou a atividade produtiva e coerentemente econômica, força motriz do processo colonizador, a irregularidade do rios desfavorecia o escoamento dos produtos gerados pela agricultura, a instabilidade do ciclo hidrológico , principalmente no nordeste gerava uma relação enfrentando ainda as ondas periódicas de pragas que flagelava as plantações.

     Ainda destacando a relação do homem com o meio, fala do problema da subnutrição da população decorrente da implantação da cultura canavieira baseada no sistema de monocultura, relaciona da seguinte forma, com a priorização da plantação de cana-de-açúcar na extensão litorânea pesando em um retorno econômico maior, foram deixadas de lado a plantação de grãos como milho e feijão, assim como a  pecuária que teve que se entranhar pelo sertão que diferente do litoral tinha uma condição vegetal e climática muito pobre, o que resultava em rebanhos de gado “ magros ’’, esses fatores contribuíram para uma subnutrição geral da população que tinha um déficit enorme em proteína animal, vitaminas, cálcio e sais minerais, a obtenção de uma base alimentar diferenciada era possível apenas através de cargas vindas de Portugal, o que tinha pouca influência de maneira geral pois as condições de viagem eram muito precárias o que resultava na deterioração das cargas, que eram entregues em péssimo estado de conservação, se falando em alimentos. Redime o caso paulista que não enfrentava esse tipo de dificuldade, já que consegui desenvolver outras culturas como mandioca, milho feijão etc. assim como uma produção satisfatória de carne bovina e suína.

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