Centralidade Do Trabalho
Casos: Centralidade Do Trabalho. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lulhy • 5/3/2015 • 770 Palavras (4 Páginas) • 202 Visualizações
Centralidade do Trabalho e reestruturação produtiva:
1. Centralidade do Trabalho – centralidade ontológica
O trabalho segundo Marx trabalho implica no resultado consciente da ação do homem sobre a realidade, pois é pelo trabalho que há a diferenciação de outras formas pré-humanas. Há um pensar que antecede a ação.
É através do trabalho que o homem salta do ser natural para o ser social.
Há que se considerar que o trabalho apresenta uma dupla dimensão:
a) Construtora – emancipadora: trabalho concreto (Marx), dispêndio de força humana de trabalho, sob a forma especial para um determinado fim que, através do trabalho concreto, ou seja, do trabalho humano comum a todas as sociedades, cria valores socialmente úteis (valores-de-uso). Voltado para a satisfação das necessidades humanas, contribuindo para a realização plena do indivíduo enquanto criador e transformador do seu meio – humanização.
b) Alienante – opressora: trabalho abstrato (Marx), trabalho determinado historicamente pelas relações sociais capitalistas, que adquire a forma de trabalho alienado, fetichizado configurado historicamente pelo trabalho assalariado, voltado para a produção de mercadorias portadoras de valor de troca.
Na lógica das relações sociais capitalistas, trabalho concreto e trabalho abstrato se desenvolvem de forma indissociável. Ao mesmo tempo em que o trabalho é analisado na perspectiva positiva de objetivação do ser social, é visto também pela sua negação, a partir da alienação que o determina, num contexto marcado pelo modo de produção capitalista.
No atual contexto das transformações das forças produtivas, temos que o trabalho abstrato, tipicamente marcado pelo trabalho assalariado, modifica-se em sua forma original – não mais como trabalho assalariado regulamentado e protegido, mas passa a se constituir de forma mais precária, sem garantias de proteção social para a maioria dos trabalhadores.
2. Reestruturação produtiva:
A realidade social vem sendo marcada por profundas mudanças na estrutura econômica, social, política e cultural.
a) 1950 a 1970: estado do Bem Estar Social, modelo de gestão taylorismo/fordismo, modelo de trabalho marcado pela monopolização do capital.
Em meados da década de 1960, o fordismo/taylorismo já apresenta descompasso entre produção e consumo, queda na taxa de crescimento e desemprego.
Necessidade de correção no desequilíbrio da cadeia de produção impõe a tarefa de redefinir os eixos estruturantes de dominação.
Modelo de gestão toyotista
Trabalhador polivalente, atomizado, flexível e dessindicalizado.
Automação, adequação ao mercado, produção sem estoque, controle de qualidade e terceirização.
aumenta a produtividade sem aumentar o numero de postos de trabalho. Brasil – inicio nos anos 90.
O que se evidencia é que o fordismo e o taylorismo já não são únicos e passam a interagir com processos flexíveis de trabalho. No lugar da produção em massa, a produção passa a atender principalmente a demandas específicas.
b) Mundialização do capital, paradigma neoliberal, aumento sistemático de tecnologia na produção, determinam no mundo da produção novos processos de trabalho.
Resultado desta reestruturação produtiva:
- desemprego estrutural – desestabilização dos estáveis;
Os trabalhadores empregados hoje, são potenciais desempregados amanhã.
- fim dos aumentos de salário
- Nexos estruturantes:
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