Como Eram Vistas As Sociedades não Européias Com As Quais Os Europeus Entraram Em Contato A Partir Do Imperialismo?
Exames: Como Eram Vistas As Sociedades não Européias Com As Quais Os Europeus Entraram Em Contato A Partir Do Imperialismo?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thamiiriis • 17/11/2013 • 754 Palavras (4 Páginas) • 3.069 Visualizações
A corrente positivista: o surgimento da Sociologia
“...A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo, a primeira a
definir precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação. O primeiro
representante e principal sistematizador dessa corrente foi o pensador francês Auguste Comte. O positivismo
derivou do "cientificismo", isto é, da crença no poder exclusivo e absoluto da razão humana em conhecer a
realidade e traduzi-la sob a forma de leis naturais. Seu conhecimento pretendia substituir as explicações
teológicas, filosóficas e de senso comum por meio das quais — até então — o homem explicava a realidade.
A filosofia social positivista se inspirava no método de investigação das ciências da natureza, assim como
procurava identificar na vida social as mesmas relações e princípios com os quais os cientistas explicavam a
vida natural. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas
que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico ou mecânico. Por outro lado, é importante
situar o desenvolvimento do pensamento positivista no seu contexto histórico, quando se entendia que o ápice
da humanidade e seu mais alto grau de civilização seria a sociedade industria européia do século XIX.
Em consonância com esse pensamento desenvolveram-se as idéias de Darwin a respeito da evolução das
espécies animais. Para ele as diversas espécies de seres vivos se transformam continuamente com a finalidade
se aperfeiçoar e garantir a sobrevivência. Em conseqüência, os organismos tendem a se adaptar cada vez
melhor ao ambiente, criando formas mais complexas e avançadas de existência, que possibilitam, pela
competição, a sobrevivência dos seres mais aptos e evoluídos. Tais idéias, transpostas para a análise da
sociedade, resultaram no darwinismo social, isto é, o princípio de que as sociedades se modificam e se
desenvolvem num mesmo sentido e que tais transformações representariam sempre a passagem de um estágio
inferior para outro superior, em que o organismo social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e mais
completo. Esse tipo de mudança garantiria a sobrevivência dos organismos — sociedades e indivíduos —
mais fortes e mais evoluídos.
Os principais cientistas, sociais positivistas, combinando as concepções organicistas e evolucionistas
inspiradas na perspectiva de Darwin, entendiam que as sociedades tradicionais encontradas na África, na
Ásia, na América e na Oceania não eram senão "fósseis vivos", exemplares de estágios anteriores,
"primitivos", do passado da humanidade. Assim, as sociedades mais simples e de tecnologia menos avançada
deveriam evoluir em direção a níveis de maior complexidade e progresso na escala da evolução social, até
atingir o "topo": a sociedade industrial européia.
O darwinismo social, além de justificar o colonialismo da Europa no resto do mundo, refletia o grande
otimismo com que o progresso material da industrialização era recebido pelo europeu. Apesar desse otimismo,
o desenvolvimento industrial gerou novos conflitos sociais. Os empobrecidos e explorados — camponeses e
operários – organizaram-se exigindo mudanças políticas e econômicas. Os positivistas responderam com as
...