DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis são um conjunto de relatórios, estabelecidos por lei ou exigidos pela prática cotidiana são normalmente elaborados no final de cada exercício social.

São demonstrações obrigatórias: o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Existe ainda a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), obrigatória para as companhias abertas, e fechadas quando patrimônio líquido for superior a R$ 2 milhões, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), obrigatórias apenas para as companhias abertas. Acrescenta-se a estes as notas explicativas, sendo estas, os devidos esclarecimentos e complementos de informações que devem ser prestados pela entidade.

Cada demonstração exerce função ímpar na prestação de contas. E objetivam fornecer informações para a correta gestão dos negócios e para a correta avaliação dos resultados alcançados pela entidade, bem como, para o acompanhamento de sua evolução patrimonial e econômica.

O BP visa apresentar a posição financeira e patrimonial da entidade em determinada data, logo, é um demonstrativo estático, um dia após sua elaboração pode não corresponder a realidade da mesma. É formado por contas classificadas com base nos elementos patrimonial que registrem, agrupadas para melhor evidenciar a realidade da entidade, e informar a capacidade de geração dos fluxos futuros de caixa.

A DRE, que deve ser apresentada de forma dedutiva, é onde é feita a distribuição ou alocação do resultado, ou seja, todos os itens de receita e despesa realizados no período. A Resolução CFC nª 1.185/09 determina também a adoção da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) onde restará demonstrado as variações do patrimônio líquido que poderão transitar no futuro pelo resultado do período ou irem diretos para lucros ou prejuízos acumulados, esta corresponde a soma do resultado do período com os demais resultados abrangentes.

A DLPA e a DMPL, apresentam basicamente as mesmas informações, sendo que a ultima é mais completa. O que se evidencia é a mutação sofrida pelo patrimônio líquido em termos globais e em termos de mutações internas. As principais variações que ocorrem no Patrimônio Líquido são: aumento de capital, lucro ou prejuízo do exercício e a destinação de lucros.

A DFC, que passou a ser obrigatória com o advento da Lei nº 11.638/07, visa mostrar como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período. Ou seja, a demonstração mostra as origens e aplicações de caixa, que é a base para a avaliação da situação financeira da empresa e sua capacidade de pagamento das obrigações, e pode ser elaborada de duas formas, o direto, que é a verificação de entradas e saídas, e a indireta, que estuda os movimentos do BP e da DRE.

A DVA também se tornou obrigatória com a Lei nº 11.638/07, tem como principal objetivo informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição. Ela destaca a parcela de riqueza acrescentada pela entidade ao seu produto final e a forma como essa riqueza foi distribuída entre os vários fatores de produção envolvidos.

A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), considerada por muitos como a mais completa