Do Domínio Erudito à Fruição Popular
Exames: Do Domínio Erudito à Fruição Popular. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Girsno • 30/11/2013 • 289 Palavras (2 Páginas) • 281 Visualizações
A Conferência Geral da Unesco, realizada em Paris, em 19 de novembro de
1964, reconheceu que, além da diversidade de posições constitucionais e de tradições, a
desigualdade de recursos impossibilitaria a adoção de medidas globais de proteção ao
patrimônio. Alertou para a necessidade de criação de serviços de proteção aos bens
culturais, em conformidade com a legislação de cada Estado. Para tanto, seria
necessário que os Estados dispusessem dos meios administrativos, técnicos e também
financeiros para o desempenho eficaz da proteção do patrimônio cultural. O documento
resultante dessa conferência apontava, ainda, para a necessidade de adoção de medidas
financeiras para constituição de fundo para proteção do patrimônio cultural, além da
adoção de medidas apropriadas para dispor dos recursos necessários à aquisição de bens
culturais.
As Normas de Quito (nov./dez. de 1967), ao justificar a adoção de medidas
financeiras para as ações culturais, elegeram os bens dos patrimônios culturais com
portadores de valor econômico suscetível de constituírem-se em instrumentos de
progresso. Assim, a valorização do patrimônio passou a ser pensada em função do
desenvolvimento econômico-social de cada região.
Trata-se de incorporar a um potencial econômico um valor atual, de
por em produtividade uma riqueza inexplorada, mediante um processo de
revalorização que, longe de diminuir sua significação, puramente, histórica
ou artística, a enriquece, passando-a do domínio exclusivo de minorias
eruditas ao conhecimento e fruição de maiorias populares (OEA,
2000b:111).
A partir da assinatura desse documento, a vocação de público consumidor dos
bens culturais preservados se modificaria: se antes os bens culturais se dariam à fruição
das comunidades de pertinência, agora a preservação se daria em função da atração de
um novo público. Pois como afirmava “a fluência crescente de visitantes contribui para
afirmar a consciência da importância do patrimônio” (op.cit, 112).
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