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Duas americanas na história do feminismo

Por:   •  14/5/2016  •  Artigo  •  1.850 Palavras (8 Páginas)  •  266 Visualizações

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RESUMO:

As mulheres são tratadas com inferioridade desde a idade antiga até os dias atuais. Desde o princípio que se há relatos do sexo feminino lutando por seus direitos, mas foi no contexto da segunda guerra mundial que surgiram duas grandes feministas: Betty Friedan e Kate Millet. Friedan ficou famosa ao lançar o livro “Mística Feminina”, que é tido até hoje como referência pelo movimento feminista atual, no qual ela relatava a infelicidade da mulher com sua vida doméstica, a pressão da mídia sobre sua beleza e como sempre era inferiorizada perante ao homem.  Já Millet ganhou destaque ao lançar o livro “Política Sexual”, onde ela prega que só existirá igualdade quando se criar um novo pensamento político e social desligado dos fundamentos masculinos e patriarcais já vigentes, dando assim mais direitos às mulheres. Ambas as autoras são referências no feminismo, principalmente no que tange ao feminismo americano. Pregavam por fim, os direitos das mulheres e a igualdade entre os sexos, desencadeando assim movimentos de vários tipos que serviram para a conquista de muitos direitos que as mulheres possuem hoje.

Palavras-chave: Movimento Feminista; Betty Friedan; Kate Millet; Direitos.


  1. INTRODUÇÃO

As mulheres vêm sendo tidas através dos séculos como seres inferiores e submissos aos homens, contudo em todos os lugares existiu quem não se deixasse reprimir por esses padrões. Essas eram mulheres que tinham uma ânsia por algo mais, que não se contentavam com apenas as atividades consideradas como inferiores pelos homens, mulheres que sabiam que eram além daquilo tudo que impunham para elas.

Desde a antiguidade, as mulheres já lutavam pelos seus direitos, principalmente pelo direito de ser reconhecida cidadã. Na Revolução Francesa, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade eram reivindicados pelo povo, mas quando Olympe de Gouges fez a declaração de que a mulher possuía direitos naturais idênticos aos dos homens, foi rejeitada. Simone de Beauvoir, ao publicar seu livro O Segundo Sexo, foi acusada de ridicularizar os homens.

Durante a segunda guerra mundial, como os homens foram em sua maioria convocados para lutar, as mulheres começaram a servir como mão-de-obra para o mercado. Com o fim da guerra, os homens voltaram a ocupar o espaço de trabalho e elas tiveram que voltar ao lar e ao trabalho doméstico sem nenhum prestígio. As que continuaram no mercado foram tratadas em condições inferiores e com salários muito menores.

O poder patriarcal, a dominação masculina parecia imutável. Neste contexto surgem inquietudes em algumas mulheres com relação ao seu lugar na sociedade que desencadeiam o que é conhecido como segunda onda do feminismo. Após uma chamada primeira onda, onde se reivindicou o direito de votar e ser votada, o feminismo na sua segunda onda visou o alcance de direitos sociais e econômicos, principalmente graças a ação de movimentos organizados no campo da educação e do trabalho bem como de maior participação no processo de decisão.

O mundo ocidental na década de 1960 vivia um momento de grandes manifestações contestatárias, que se opunham de diferentes maneiras a cultura burguesa e tradicional vigente. Em meio a essas manifestações surgiram vários movimentos sociais, como os dos negros norte-americanos, das minorias étnicas, dos ecologistas, dos homossexuais, bem como foi o palco do ressurgimento do movimento feminista. Foram muitas as mulheres que lutaram pelos direitos femininos e se tornaram ícones desse movimento, mas neste artigo vamos nos deter a mostrar e reconhecer a importância destas duas mulheres: Betty Friedan e Kate Millett.

As informações pesquisadas foram conseguidas a partir de pesquisas bibliográficas em meios virtuais, além de baseadas em estudos anteriores realizados pelo grupo na confecção do banner sobre o mesmo assunto.

  1. BETTY FRIEDAN

Nascida em Illinois em 1921. Frequentou uma universidade de elite, o Smith College, em Massachussets. Casou-se em 1947 com Carl Friedan, com quem teve três filhos. Escritora, psicóloga, militante de esquerda, colaborou em jornais sindicais e foi uma importante ativista feminista estadunidense do século XX.


Figura 1 – retrato de Betty Friedan

[pic 1] 

(www.historya175womanmovement.weebly.com - Acesso em novembro, 2015)

Ficou famosa ao publicar o polêmico livro Mística Feminina, 1963, que discutia a crise de identidade feminina, analisando minuciosamente a construção da imagem da mulher norte-americana como dona de casa perfeita, mãe e esposa.

Figura 2 – Capa do livro Mística Feminina

[pic 2]


(www.skoob.com.br – Acesso em novembro, 2015)

Essa contestação do papel tradicional atribuída às mulheres tornou-se um dos principais desencadeadores da chamada segunda onda feminista que varreu o mundo ocidental. Nele, a autora entrevistou várias mulheres a respeito de suas dificuldades com os filhos, o casamento, a casa, a comunidade. Ela mostrou como as mulheres americanas estavam se casando cada vez mais jovens e como iam cada vez menos à universidade, com obsessão durante toda a vida pela condição de mulher objeto, preocupando-se em adaptar seu corpo e seu rosto às modas ditadas por um mundo dominado pelos homens. A cozinha configurava-se como habitat 'natural' da mulher, daí decorrendo todo o esforço de decoradores e da indústria de eletrodomésticos para convertê-la em um lugar funcional e agradável. O lar, como referência maior, era o lugar de onde as mulheres saíam apenas para comprar, levar as crianças à escola ou acompanhar seus maridos a reuniões sociais.


Figura 3 – Cena do filme “O sorriso de Monalisa”

[pic 3]

(www.causasperdidas.literatortura.com – Acesso em novembro, 2015)

O livro caiu como uma bomba nos Estados Unidos e provocou, em muitas leitoras, o desejo de fazer parte de um grupo de discussão ou associação. Em outubro de 1966, fundou-se, em Washington, uma Conferência Nacional, onde se constituiu a Organização Nacional de Mulheres, conhecida como National Organization for Women - NOW. À frente da organização estava Betty Friedan, a essas alturas feminista assumida. Em 1969, Betty ajudou a fundar a Associação Nacional para a revogação das Leis do Aborto, hoje conhecida como Naral América Pró-Escolha (NARAL Pro-Choice America). Em 1971, com Gloria Steinem e Bella Abzug, fundou a Organização Política de Mulheres.

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