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Educação física

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Por:   •  26/4/2013  •  3.413 Palavras (14 Páginas)  •  792 Visualizações

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Realidade prática na semidocência em educação física

Resumo: Este trabalho tem por finalidade assimilar os conteúdos teóricos estudados com a realidade escolar, observados durante a semiregência. Objetivando a preparação para a prática esportiva dos alunos, vivenciando a rotina aplicada pelo professor regente com as regras aprendidas em sala de aula, percebe-se que as regras que antecedem cada esporte nem sempre são seguidas na prática. Para isso, sintetiza os conceitos de prática presentes nos cursos de formação, discute os conceitos de teoria e prática, concluindo que na prática há possibilidades de efetivarem-se, mesmo de forma contrárias, os fundamentos estudados.

Palavras Chave: Formação docente. Teoria e prática. Estágio.

Introdução

O estágio supervisionado tem por finalidade proporcionar ao futuro licenciado um momento especifico de aprendizagem prática teórica em que o aluno estagiário, por meio de exercício pleno da docência, investigação, planejamento, regência, gestão e avaliação; compreenda a estrutura e funcionamento do seu futuro campo de trabalho.

A prática pedagógica em Educação Física é de fundamental importância para a formação do professor, pois este é um dos principais componentes, curriculares por meio dos quais os saberes do professor são mobilizados favorecendo o desenvolvimento profissional. Muitas vezes, o licenciado apenas descreve seu estágio, não acrescentando algo inovador ou motivador, deixando apenas as palavras discorrerem sobre fatos realizados.

1 UFG. Universidade Federal de Goiás. Docentes do curso de Educação Física, turma de 2013.

2. UFG. Universidade Federal de Goiás. Mestre em Educação. Formador no Estágio Curricular Supervisionado UAB-II.

È fato que, somente a prática dessas aulas não é o suficiente para superar as dificuldades em aplicar uma aula de Educação Física, é preciso pesquisar, questionar os alunos, professores e diretor sobre qual a melhor forma de aplicar uma aula e interagir com os alunos. Zeichner (1996, apud GERALDI; MESSIAS; GUERRA, 1998, p. 247) evidencia sobre os professores que não refletem sobre sua prática:

Os professores e as professoras que não refletem sobre seu ensino aceitam naturalmente a realidade cotidiana de suas escolas e concentram seus esforços na procura de meios mais eficientes para atingir seus objetivos e para encontrar soluções para problemas que outras pessoas definiram no seu lugar

Na tentativa de reformulação dos objetivos da Educação Física, Betti (2007) propõe que uma de suas tarefas é preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que consiga incorporar o esporte, o jogo, a dança e as ginásticas em sua vida e tirar o melhor proveito possível deles. Isso implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte espetáculo, desenvolvendo uma visão crítica do sistema esportivo profissional e dos instrumentos conceituais e perceptivos para uma apreciação estética e técnica do esporte e, ao mesmo tempo, estar preparado para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento.

O presente artigo tem como objetivo demonstrar os aspectos relacionados à interação professor/aluno em estágio supervisionado. Foram sujeitos deste estágio, alunos do período matutino do 9º ao 3º ano do ensino médio de uma escola municipal do Município de São Simão, duas vezes por semana no seguinte horário, dás 13h00min ás 16h00min horas, realizadas no contra turno.

A escola conta com uma quadra coberta e com infraestrutura completa, após as observações e entrevistas com diretores, alunos e análise do Projeto Político Pedagógico da escola, planos de aula conforme explícito no PPP da escola, relatório de observações, concluiu-se que as atividades e desenvolvimento das mesmas encontravam-se distribuídas em aulas práticas.

Formação docente

A Educação Física é uma disciplina que integra o indivíduo aos movimentos corporais, tornando-o um ser crítico, humanizado e sociável melhorando seu bem estar e consequentemente sua qualidade de vida.

Libâneo (1994, pág 47), define que a Educação Física contribui para fortificar o corpo e o espírito, para o desenvolvimento de formas de expressão através do corpo, para formar o caráter, a autodisciplina e o espírito de cooperação, lealdade e solidariedade. Além disso, organiza a recreação e o fazer das crianças. Através dela as crianças aprendem jogos e brincadeiras, usam suas energias físicas, desenvolvendo a capacidade de liderança e iniciativa, etc.

E, mais adiante, afirma ainda:

“O ensino somente transmissivo não cuida de verificar se os alunos estão preparados para enfrentar matéria nova e muitas vezes, de detectar dificuldades individuais na compreensão da matéria (...) O trabalho docente, portanto, de ter como referência, como ponto de partida e de chegada, a prática social, política, econômica e cultural da qual tanto o professor como os alunos são integrante.”

Muitas vezes, o professor encontra-se “perdido” em suas práticas semiregênciais, ora por causa da realidade discrepante que se encontram as escolas, ora por causa da situação sócioecômico em que os alunos estão/são inseridos. O fato se aglomerarem alunos com diferentes pensamentos religiosos, culturais e econômicos em um pequeno espaço demanda um grande preparo psicológico do professor, que muitas vezes faz papel de psicólogo, amigo/confidente, “tio” mais velho que precisa ter paciência, altivez e prudência para lidar com as adversidades do dia-a-dia e por fim, ministrar suas aulas de acordo com o cronograma da escola.

O método de ensino priorizado, de acordo com o professor na escola municipal do município de São Simão é desenvolvimentista. Para Tani et alii (1988) esta abordagem dentre várias possíveis, é dirigida especificamente para crianças de quatro a quatorze anos, e busca nos processos de aprendizagem e desenvolvimento uma fundamentação para a Educação Física escolar. Segundo eles é uma tentativa de caracterizar a progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social, na aprendizagem motora e, em função destas características, sugerir aspectos ou elementos relevantes para a estruturação

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