Escola de Relações Humanas e Toyotismo

Pós-Graduação em Engenharia de Produção

Base de conhecimento

Tema: Escola de Relações Humanas e Toyotismo

Responsáveis: CLÁUDIO LOUREIRO SCHMIDT e ERICK CASAGRANDE BASTOS

Data: 01/11/08

· 1. ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A Teoria das Relações Humanas vai além da Teoria Clássica da Administração ao observar que fatores psicológicos influenciam o desempenho dos trabalhadores. Segundo Chiavenato(2003) essa teoria foi originada nos seguintes fatos:

1. Necessidade de humanizar e democratizar a Administração, opondo-se aos métodos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica.

2. Desenvolvimento das ciências humanas, inclusive da Psicologia, as quais mostravam a inadequação dos princípios da Teoria Clássica.

3. As conclusões da Experiência de Hawthorne, experimento realizado na Western Electric Company, inicialmente para observar os efeitos da iluminação no ambiente de trabalho. Diversas mudanças foram aplicadas a um grupo para processar a investigação.

Durante a Experiência de Hawthorne foi possível observar sempre que mudanças desejadas eram efetuadas havia aumento na produtividade, além disso, os departamentos diferentes apresentavam situações humanas e sociais diferentes e ainda que os funcionários revelavam preferir ausência das práticas de supervisão e de censura.

Segundo Kwasnicka(1990), as principais conclusões obtidas a partir dessa

experiência são:

· O nível de produção depende de normas sociais e da integração do indivíduo em determinado grupo.

· Os indivíduos agem de acordo com o grupo.

· Existem grupos informais bem estruturados.

· As relações humanas constituem as interações entre pessoas e grupos.

· O conteúdo do cargo é importante e pode servir como estímulo para as pessoas que o realizam.

A Escola das Relações Humanas se propôs a humanizar a função econômica e a função social da organização. Embora a Teoria das Relações Humanas não tenha substituído o Taylorismo, serviu como complemento, já que os fatores humanos passaram a fazer parte das preocupações cotidianas da empresa.

2. TOYOTISMO

No período pós Segunda Guerra Mundial o Japão apresentava características diferentes de EUA e Europa uma vez que possuía pequeno mercado consumidor, matéria-prima e capital escassos, além disso não existia no país grande disponibilidade de mão-de-obra especializada, tais fatores dificultavam a adoção da solução Taylorista-Fordista. Outro fator importante é que durante a Guerra da Coréia, ocorrida entre junho de 1950 e julho de 1953, o Japão se tornou um importante fornecedor tanto para Coréia do Norte quanto Coréia do Sul, e era interesse dos EUA fortalecer a economia capitalista japonesa frente ao bloco socialista ali existente.

Nesse contexto surge o Toyotismo ou Modelo Japonês de Produção,

modelo elaborado por Taiichi Ohno e aplicado inicialmente nas fábricas da Toyota.

O toyotismo apresenta as seguintes características:

Just in time, consiste em produzir o necessário, na quantidade devida e no momento oportuno. Isso reduz o custo da manutenção de estoques desnecessários.

Jidoka, permitindo que um funcionário pudesse controlar várias máquinas simultaneamente, para isso ocorreu uma humanização da interface entre máquina e operador.

l Multifuncionalização, os funcionários não são mais especializados em uma única função conforme o modelo Fordista, em vez disso passa a ser polivalentes.

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