Escolas Do Pensamento Antropologico
Pesquisas Acadêmicas: Escolas Do Pensamento Antropologico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: flaviamorize • 17/9/2013 • 949 Palavras (4 Páginas) • 1.742 Visualizações
Escola Culturalista - Franz Boas – (1858 – 1942)
Argumentava que em contraste com o senso comum, raças distintas da caucasiana como os índios do Peru e da América Central haviam desenvolvido civilizações similares àquelas nas quais as civilizações européias tinham sua origem. Embora seus escritos ainda reflitam um certo racismo inerente ao seu tempo, Boas foi pioneiro nas ideias de igualdade racial que resultaram nos estudos da Antropologia Cultural da atualidade . Foi orientador de antropólogos notáveis como Margareth Mead, Ruth Benedict, Gilberto Freyre (escreveu Casa Grande & Senzala em 1933), ficou conhecido posteriormente como pai da Antropologia Moderna.
Formulou o conceito de etnocentrismo e a necessidade de se estudar cada cultura singularmente. Contrapôs-se aos evolucionistas que compreendiam as culturas não-caucasianas como inferiores e através de suas ideias que a crença de uma escala evolutiva das sociedades partindo do agrupamento de homens “selvagens” ou “naturais” e chegando às “sociedades civilizadas” européias vai sendo gradualmente abandonada pelos estudos antropológicos. Criticou também o determinismo biológico e o geográfico. Para Boas, cada cultura é uma unidade integrada, fruto de um desenvolvimento histórico peculiar. Fez severas críticas ao funcionalismo que vê as culturas apenas enquanto adaptações do Homem às suas necessidades; ele reconhece a limitação, mas sugere que a cultura pode ultrapassar tais limitações. Inaugura o conceito de culturas, através do particularismo histórico. De acordo com Boas todas as culturas são dinâmicas, sofrem mudanças ao longo do tempo e o objetivo da pesquisa antropológica está em compreender os fenômenos dessas culturas particulares e qual sentido os membros de uma cultura atribuem às suas práticas ao invés de estabelecer regras gerais.
Para Boas, o principal aspecto no conceito de cultura é a relação entre o indivíduo e a sociedade, ou seja, “as reações do indivíduo na medida em que são afetadas pelos costumes do grupo em que vive” e mesmo tudo o que o ser humano produz é influenciado pelos costumes.
Escola Funcionalista
Funcionalismo (do Latim fungere, ‘desempenhar’) é um ramo da Antropologia e das Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por instituições e suas consequências para sociedade como um todo.
Corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim. Para ele cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu mau funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que segundo Durkheim, apresenta características específicas: exterioridade, generalidade e a coercitividade.
O Funcionalismo (também chamado Análise Funcional) é uma filosofia sociológica que originalmente tenta explicar as instituições sociais como meios coletivos de satisfazer necessidades biológicas individuais, mais tarde concentra-se nas maneiras como as instituições sociais satisfazem necessidades sociais, especialmente a solidariedade social. Estuda as funções e suas conseqüências. A grande critica sobre esta visão reside no fato de, como num organismo vivo, haver a tendência a identificar partes deste como mais importantes (órgãos vitais), justificando assim a existencia e manutenção ou extinção daqueles considerados como menos importantes. Nos anos 1960, o Funcionalismo era criticado por prover modelos ineficazes para mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos; por isso mesmo, a Análise Funcional ficou conhecida como Teoria do Consenso.
Malinoswski (1931) - “Esta herança social é o conceito central da antropologia cultural (...). Normalmente é chamada de cultura na moderna antropologia e nas ciências sociais. (...) A cultura inclui os artefatos, bens, procedimentos técnicos, idéias, hábitos
...