Estado Bem Estar Social
Artigo: Estado Bem Estar Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ESOUZASJC • 31/1/2015 • 217 Palavras (1 Páginas) • 859 Visualizações
Para enfrentar a volatilidade do capital, a saída apontada a
partir do campo conservador (neoliberal) foi o corte de gastos do
Estado. O Estado de Bem-Estar Social passou a ser visto como
oneroso, inflacionário e inimigo do crescimento econômico.
Caberia, assim, suprimi-lo ou reduzi-lo ao mínimo, transferindo-se
a prestação de serviços sociais – de saúde, educação, habitação,
previdência social – para os agentes privados, com financiamento
dos próprios usuários.
Nas palavras de Standing (1999), a era da regulação pelo
Estado (ou, da regulação estatutária) foi então substituída pela era
da regulação pelo mercado. Isto significou, entre outras coisas, a
passagem de uma sociedade estável para a classe trabalhadora –
sustentada pelo pleno emprego, pelo consumo de massa e pelos
direitos do trabalho – para outra, marcada pela flexibilidade e a
insegurança.
Desta forma, a resposta dos governos nos últimos anos do
século XX e início deste, inclusive os de tendência social-democrata,
tem sido a revisão do Estado de Bem Estar. O modelo de Seguridade
Social proposto por Beveridge chega, portanto, ao século XXI sob
fortes ataques – ainda que ele tenha sido, indiscutivelmente o maior
responsável pelas excelentes condições sociais existentes nos países
de capitalismo central, durante a segunda metade do século XX.
Por outro lado, é fato também que tal modelo jamais chegou a atingir
a mesma eficácia – os mesmos graus de cobertura e generosidade
– nos países do capitalismo periférico, como os da América Latina,
onde foi razoavelmente difundido.
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