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Evolucionismo Cultural, Difusionismo e Culturalismo na Antropologia

Por:   •  14/12/2020  •  Ensaio  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  719 Visualizações

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O evolucionismo cultural teve grande relevância entre os séculos XIX e o século XX. Essa corrente foi muito defendida por autores como Morgan, Tylor e Frazer. Eles caracterizavam a humanidade em três períodos: selvageria, barbárie e civilização. Esses autores estavam a todo momento reforçando que a humanidade partiam de uma única referência e passavam pelos mesmo estágios de evolução cultural. Os povos estariam, assim, evoluindo do período mais primitivo, chamado de selvageria, passando para a barbárie, até atingir a civilização. Além disso, os dados utilizados por esses evolucionista vinham, pelo menos a maior parte, de viajantes, missionários e administradores coloniais.

A partir dos diversos equívocos presentes no evolucionismo cultural, ele passou a ser questionado e desbancado. Ao defender a própria ideia de evolução como um fator determinante, eles decaem em argumentos etnocêntricos. Esses argumentos consideram que existem povos mais evoluídos que outros, ou seja, que estão mais à frente em questões de progresso, sejam esses tecnológicos, noções de propriedade privada, relações de parentesco etc. O grande problema dessa concepção utilizado por esses autores, seria o fato de que eles se baseiam em referências ocidentais de cultura e sociedade para tentar explicar outras totalmente diferentes, ignorando as necessidades próprias e o contexto cultural, social e ambiental ao qual cada povo estaria inserido.

Além disso, percebe-se a problemática que envolve o método comparativo proposto pelos evolucionistas. Franz Boas, por exemplo, no seu livro “As limitações do método comparativo” considera que defender a generalização de que os fenômenos etnológicos devem sempre às mesmas causas, seria o mesmo que dizer que a mente humana obedece às mesmas leis em todo lugar planeta, ou seja, como se houvesse uma lei universal que pressupõe qualquer influência externa e interna do ser humano. Essas informações também não partiam de uma pesquisa de campo, isto é, eram passadas aos pesquisadores por meio de pessoas que não tinham nenhum estudo antropológico prévio para coleta de dados. Sendo assim, apesar de diferentes povos possuírem traços culturais comuns, seus surgimentos se dão em detrimento de causas e contextos diversos, inviabilizando a ideia de que existiria uma origem comum entre os povos.

A perspectiva evolucionista de cultura pode ser retirada da interpretação dos textos de Edward Tylor e James Frazer. Com a finalidade de reduzir a diversidade cultural humana a estágios históricos de um mesmo caminho evolutivo foi-se empregado dois postulados, sendo estes: uma unidade psíquica do ser humano, cujo funcionamento da mente humana se daria a partir de leis definidas; a sociedade humana teria se desenvolvido em estágios de desenvolvimento linear e obrigatórios, que iam do mais simples ao mais complexo. Logo, haviam estágios progressivos, saindo da selvageria, passando pela barbárie e, sendo o maior grau evolutivo, a civilização. Em “A ciência da Cultura”, Tylor categoriza a Cultura (ou Civilização) como um conjunto complexo de prática, crença, arte, moral, lei e costume, adquiridos pelo homem em condição de membro da sociedade. Sendo esta um objeto de estudo capaz sofrer formulações de leis sobre o processo cultural e a evolução.

Como reação ao evolucionismo, no final do século do XIX, surgiu uma corrente de pensamento chamada difusionista, cuja principal ideia girava em torno da difusão cultural como explicação para a ocorrência

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