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FORMAÇÃO SOCIAL E POLITICA DO BRASIL

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Por:   •  18/9/2014  •  8.767 Palavras (36 Páginas)  •  375 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo realizar em grupo as etapas da ATPS da disciplina Formação Social, Econômica e Política do Brasil do curso Serviço Social como sendo requisito para a obtenção de nota desta disciplina.

Inicialmente mostraremos as obras do artista Jean-Baptiste Debret que retratou através das suas telas o Brasil escravocrata, além da vida na corte e as paisagens naturais do país.

Ao assistirmos o filme Carlota Joaquina, constataremos como se deu a chegada da corte portuguesa ao Brasil, e os aspectos sociais mostrados no filme que identificamos ainda hoje no comportamento dos Brasileiros.

Faremos um estudo sobre o contexto histórico da nossa política, desde o império passando pela republica, presidencialismo, parlamentarismo, a era Vargas e a ditadura militar. Falaremos também sobre os contrastes das cidades modernas com a dos tempos passados, mostrando a sua evolução nos pontos positivos e negativos.

Enfim, objetiva-se com esta atividade estimular o nosso censo critico e argumentativo quando compararmos o passado com o presente, dentro do cenário social, politico e econômico do Brasil.

O BRASIL ESCRAVOCRATA PINTADO SEGUNDO A VISÃO DE DEBRET

O artista francês Jean Baptiste Debret foi trazido ao Brasil pelo então Príncipe Regente de Portugal, D. João VI - em 1816 a fim de retratar todos os momentos ilustres da monarquia em terras brasileiras, como também no intuito de trazer cultura ao país, portanto necessitava de pessoas com capacidade de ensinar arte.

Através da sua importante obra “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil”, que trata-se de uma série de gravuras reunidas em três volumes e que foram publicadas entre 1934 e 1839, Debret revela uma profunda relação pessoal e emocional, a qual foi adquirida durante a sua estadia no Brasil que durou 15 anos.

Jean Baptiste Debret foi sem dúvida, mais do que um pintor oficial da corte, além de ter atuado com muita competência na fundação da Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, desempenhou um papel importante dentro da Academia como professor. O artista enalteceu a monarquia portuguesa no Brasil, em especial durante o reinado de D. Pedro I. Sendo o pintor oficial do império, Debret desenhou a bandeira brasileira com as cores verde e amarela que permaneceram na bandeira republicana.

A obra de Debret (Viagem histórica e pitoresca ao Brasil) é um dos poucos registros que temos da história, dos costumes, da sociedade do Brasil nos primeiros anos do século 18. Não ficando limitado apenas com a sua habilidade de desenhista, mostrou em suas telas os costumes, usos e paisagens do Brasil, construindo um documento histórico de fundamental importância para a recriação da nossa realidade na primeira metade do século XIX, além de ter reunido notas e organizado um material vasto sobre aspectos econômicos, políticos, sociais e geográficos. Não se contentando em ilustrar a vida apenas dos monarcas, Debret passou a registrar a vida nas ruas e nas casas do Rio de Janeiro.

Através das suas pinturas o artista nos mostra com fiel dignidade o sofrimentos dos escravos, atento a todas as questões sociais da população brasileira, entre elas a população indígena. Além das imagens, o artista também utilizou de textos para explicar o que via no Brasil.

Se as elites iriam buscar pelo menos aparências europeias, Debret encontraria nas ruas aspectos de uma gente escura, humilde, e alquebrada de um vazio olhar famélico que pode ser visto até os dias de hoje. Ele será assim precursor no registro da população de rua (BANDEIRA, 2003, p. 45).

O que pretendemos mostrar e compreender através desta atividade, é o contexto histórico e social retratados nas gravuras elaboradas pelo artista Debret, utilizando as suas imagens como fonte de análise deste período marcado por grandes transformações socioculturais e políticas.

Aclamação do Rei Dom João VI

http://historiandonanet07.wordpress.com (Acesso em 19.09.2013)

A imagem acima apresenta detalhes da cerimônia da aclamação do rei D. João VI. Sentado no trono com trajes de gala, e a sua esquerda a bandeira imperial. Podemos observar presença do clero em toda a construção deixando clara a forte consonância entre Estado e Igreja do período. A presença das mulheres na tribuna separada dos homens evidenciando o predomínio na época do homem sobre a mulher.

Aclamação de D. Pedro I no Campo de Sant’Ana

semanadeartecarioca.arteblog.com.br (Acesso em 19.09.2013)

Na imagem acima o artista Debret nos mostra o momento que D. Pedro I recebe as saudações da população após ter aceitado o título de imperador do Brasil. Nesta cena percebemos mais uma vez a presença do de outros elementos da nobreza e autoridades civis e militares. Neste período Debret teve muito destaque como pintor, acompanhando o Imperador em viagem ao Sul do país.

Os índios de São Lourenço

www.praiagrande.sp.gov.br (Acesso em 19.09.2013)

Neste quadro podemos observar a extrema habilidade do índio no manejo do arco e da flecha. Aqui, o artista também quis revelar o processo de mestiçagem entre índios e não índios, mas ao mesmo tempo enfatizando suas práticas.

Debret conseguiu agregar a sua arte valor artístico e ciência, retratando das cenas urbanas à riqueza da flora, do comércio dos escravos a vida social na corte. Neste período o Brasil era sustentado econômica e socialmente pelo escravismo. Cabiam aos escravos todos os trabalhos, rurais ou urbanos.

A cena abaixo retrata a chegada de um oficial da corte ao palácio. O mesmo é seguido por uma escrava que carrega a sua bagagem, ostentando assim o status do seu proprietário. A espada que a escrava carrega mostra o prestígio do oficial perante a sociedade. As roupas glamorosas expressavam riqueza e poder, e o fato da escrava andar atrás do oficial mostra que existia hierarquia até na hora de caminhar.

Oficial

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