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FUNDAMENTOS HISTÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I

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Por:   •  12/11/2013  •  6.407 Palavras (26 Páginas)  •  820 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

FACULDADE ANHANGUERA DO TABOÃO DA SERRA

SERVIÇO SOCIAL – 2º SEMESTRE

RELATORIO CIENTIFÍCO

Tutor EAD:

Nomes dos alunos:

DANIELA MONZEN DE FREITAS PONTES – RA. 7122527322 – danimonzen@yahoo.com.br

EDINALVA COSME ADÃO – RA. 736.545.560-2 – edinalvacosme@hotmail.com

ELIENE LOURENÇO DOS SANTOS- R.A 6974491817 – eliene209@hotmail.com

MARGARETE NERES BONFIM SANTOS - R.A 6056501965 – meg.neres@hotmail.com

MERCEDES JARDIM – RA. 1299548917 – m.jardin@bol.com.br

ROSENEIDE DA COSTA SILVA – RA 730.855.061-4 – costarosineide15@gmail.com

TABOÃO DA SERRA / SP, 2013

QUESTÕES SOCIAIS SURGEM APARTIR DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A implantação do Serviço Social no Brasil ocorre nessa conjuntura do acirramento entre o capitalismo e a questão social, através da iniciativa particular de vários grupos da classe dominantes, da Igreja Católica e por influência dos pensamentos da assistente social norte-americana MaryRichmond, que trouxe para a profissão o método de atuação Serviço Social de Casos Individuais, cujo objetivo era trabalhar a personalidade das pessoas e sua adaptação ao meio social.

Em princípio, o Serviço Social serviu aos propósitos da burguesia, que utilizou os primeiros profissionais da área, para, de forma indireta, amenizar os conflitos surgidos entre a crescente classe operária absorvida pelo sistema capitalista em ascensão, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos da América.

O Serviço Social, no princípio, possuía um caráter de filantropia, sem, contudo, apresentar um perfil profissional. Durante muito tempo, o mesmo assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto ‘humanista’ à profissionalização desta área, perfil este que foi incorporado no início do século passado, pelo Serviço Social desenvolvido no Brasil.

Segundo Iamamoto (2009), a questão social inicia-se com a generalização do trabalho livre. O operário e sua família vendem sua força de trabalho à classe dominante, estando sujeito a grande exploração do capital. Essa exploração impulsionou a luta por melhores condições de vida.

Os movimentos sociais e sindicatos avançam neste momento na luta por direitos da classe trabalhadora, por diversas classes sociais e por legislação e normatização pelo Estado, entre outras.

Com isso, o Estado resolve absorver parte das reivindicações populares, que demandavam condições de: alimentação, moradia. Saúde, ampliando as bases da cidadania social, através de uma legislação social e salarial. Essa atitude visava o interesse do Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação, segundo Iamamoto (1998).

A Igreja católica respondeu a questão social através das primeiras organizações, dentre estas destacam-se a Associação de Senhoras Católicas (Rio de Janeiro - 1920) e a Liga das Senhoras Católicas (São Paulo - 1923), que, segundo ESTEVÃO (1999, p. 46), vão assumir a educação social dos trabalhadores urbanos, dentro de uma perspectiva de assistência preventiva e do apostolado social.

Essas iniciativas foram base da organização humana para a expansão da ação social e o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social, que se instalou em 1936 em São Paulo, devido à necessidade de uma formação técnica especializada

O Estado, então passa a intervir na regulação do Mercado, através da política salarial e sindical, como também no estabelecimento e controle de uma prática assistencial. O serviço social situa-se no processo de reprodução das relações sociais, como atividade auxiliar, no exercício do controle social, difundindo a ideologia da classe dominadora entre a classe trabalhadora.

Durante o periodo de Ditadura do Estado Novo (1937-1945), o governo cria, aos poucos, instituições que vão assumer a assistência social e legalizar a existência da profissão no Brasil, ocorrendo a institucionalização do Serviço Social. Ainda sobre a influência norte Americana, o serviço social utiliza um método de atuação conhecido como Serviço Social de Grupo, onde trabalham com grupos por tipo e problema comum apresentados. Após, sob influência de Gisela Konopka, levou ao terceiro método de atuação, Serviço Social de Comunidade, onde por certo tipo de problemática, necessitava de uma atuação de vários grupos, que por terem objetivos comuns, deveriam se interligar.

Essas instituições serao a porta de entrada para a empregabilidade dos Assistentes Sociais, que deixam de trabalhar através da caridade promovida pela Igreja Católica e passam a ser empregados pelas instituições públicas e privadas, tais como:

• CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social): criado em 1938, cujo objetivo era centralizer e organizer as obras assistenciais públicas e privadas, sendo utilizado como mecanismo de clientelismo politico e manipulação de verbas e subvenções políticas;

• LBA (Legião Brasileira de Assistência): criada em 1942, cujo objetivo era prover as necessidades das famílias, cujos chefes haviam sido mobilizados pela Guerra, ocorrendo, assim, uma queda no poder aquisitivo do proletariado e da pequena burguesia urbana. Seu commando sempre foi entregue

às Primeiras-Damas, caracterizando ações clientelistas, conforme interesse de governos vigentes;

• SESI (Serviço Social da Industria): criado em 1946, no pós-gueraa, para atuar no bem-estar do trabalhador na industria;

• Fundação Leão XIII: criada em 1946 pelo governo federaç , com objetivo de atuar especificamente junto aos moradores das favelas. Provem da articulação do estado e a hierarquia católica.

Nos anos 50, com a modernização do aparelho do Estado, com Juscelino Kubitscheck, as instituições sociais são instrument de veiculação de políticas sociais com aspectos assistencialistas.

Nos anos 60, devido a ditadura militar, os recursos para as instituições são reduzidos, embora crescimento econômico mundial,

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