Feirantes Como Administram Seus Negócios
Por: Daniel Amorin • 24/9/2020 • Artigo • 580 Palavras (3 Páginas) • 122 Visualizações
Disciplina: Teoria Sociológica Clássica
Docente: Miqueli Michetti
Alunos: Daniel Juvenal Amorim Rodrigues Junior
Joselito Carneiro da Silva
- Como Habermas define os conceitos de sistema e de mundo da vida?
Resposta:
Segundo Habermas, a história das sociedades na verdade é resultado do processo de racionalização do “mundo da vida” nas sociedades tradicionais. Para ele, isto ocorreu em uma via de mão dupla, ou seja, as ações sociais que são responsáveis pela reprodução material da sociedade sofreram uma racionalização funcional e da mesma forma as ações sociais representantes da reprodução simbólica passaram por uma racionalização comunicativa. Assim sendo, foram criadas duas vertentes sociais bem distintas: Sistema e Mundo da Vida.
O Mundo da vida é um espaço social que antagoniza com os Sistemas funcionalizados, basicamente definido por sistemas comunicativos, onde o recurso principal é a solidariedade. No caso específico de Habermas, essa solidariedade representa o sentido de pertença a uma mesma comunidade, entre indivíduos em um mesmo todo, pertencentes a um mesmo projeto, convergindo, assim, suas ações em um mesmo propósito (sempre se sobressaindo a ação comunicativa, por meio da linguagem afim de se chegar a um entendimento comum entre estes).
Perpassando por um eixo X/Y (onde X seria horizontal e Y vertical), podemos dizer que o eixo X no Mundo da Vida englobaria várias instituições e/ou atividades determinantes para a reprodução da sociedade. Dentre as principais, poderiam citar: as igrejas, as famílias, as associações, os partidos, dentre outras. E no que tange às atividades, poderíamos seguir com: a educação, a arte, a ciência, a técnica, a religião etc.
Em se tratando do eixo Y em nosso exemplo, podemos elencar três estruturas (dentre outras): sociedade, cultura e personalidade, sendo a cultura, o nível das crenças, afetos e valores partilhados pela própria comunidade. No que diz respeito às sociedade, seriam as instituições onde se realizam e se organizam as atividades. E finalizando com a personalidade, esta vem a ser uma espécie de estruturas de identidade que qualificam o indivíduo como participante das dinâmicas sociais.
Concluímos que para Habermas a sociedade perpassa simultaneamente pelo “mundo da vida” e “sistema”, separando o processo de racionalização do mundo da vida da complexidade exacerbada dos sistemas sociais.
2) Como o autor caracteriza o que chama de "disjunção" entre as duas ordens sociais?
Para Habermas a caraterização da disjunção entre o sistema e o mundo da vida nas sociedades modernas não pode mais se ocultar na objetividade e na subjetividade dos imperativos normativos da ação sagrada e profana de uma racionalidade, a priori, de meios para fins.
Segundo o autor, a ação teleológica se desprende das restrições normativas sistêmicas. Na medida em que as sociedades modernas se desenvolvem, as ações normativas perdem suas funções ideológicas e a ação comunicativa atribui ao mundo da vida, lógicas de agir orientadas por fins, pela ação de entendimento entre os agentes. No conceito de Habermas, a forma moderna de entendimento é por demais transparente, de forma que não permita mais a violência estrutural, que se esconde por detrás de restrições imperceptíveis à comunicação.
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