Fichamento - Conservação
Por: Felipe Albert • 30/3/2016 • Artigo • 688 Palavras (3 Páginas) • 154 Visualizações
Universidade Federal da Bahia
Convervação de Acervos
Discente: Felipe Albert Silva Lima
Docente: Maria das Graças de Souza Teixeira
CASANOVAS, Luís Efrem Elias. Conservação Preventiva e Preservação das Obras de Arte. Lisboa, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, 2008. (p.17-73)
Os objectos são formados no mundo material. (p.17)
Por definição, os museus têm quatro funções clássicas: coleccionam, preservam, estudam e apresentam ou interpretam as suas colecções para o público à luz da investigação que realizam. Preservar é a mais fundamental destas responsabilidades, dado que, sem ela, a investigação e apresentação não são possíveis e a colecção perde sentido. Conservar é a tecnologia que torna a preservação possíveis. (p.18)
As colecções envolvem dois mundos interligados: o mundo material e o mundo do conhecimento. (p. 20)
Os objetos são formados no mundo material. Possuem um potencial de percepções e de conhecimentos único e infindável. (p. 20)
Dizer que temos responsabilidades para com os objectos é só uma parábola. A nossa responsabilidade é para com a nossa herança social , como seres capazes de percepção, actividades e emoções, e para com a nossa herança social, como seres racionais e cultosm influenciados por objectos. Temos de entender os paradigmas dos investigadores que estudam essas heranças e convencê-los a interessarem-se pelos nossos... (p. 21)
A conservação se encontra no ponto de encontro das duas culturas, a humanista e a científica. (p. 21)
O objecto material já é o mais eficaz guardião do seu próprio estado, isto é, da sua informação física. No entanto, mantem-se a necessidade de assegurar todo o seu significado social (cultural), que se encontra armazenado noutras memórias tal como a história, a cultura, etc. Ou seja, na nossa memória. (p. 21)
A expansão do significado do conceito de objecto artístico deveu-se à diluição das fronteiras entre o que é ou não considerado arte. Os objectos tanto podem ser encontrados, como podem ser inventados. O seu potencial é cada vez mais a mutação. Por essa razão, o significado da expressão veio a estender os seus limites ao corpo, à linguagem, aos espaços arquitetônicos, à energia, ao som, mas também ai vazio, à velocidade, ao tempo e às margens em movimento, que passaram a constituir matéria dea arte e linguagem artística. (p. 21)
Na Art Language ou na Arte Conceptual, as preocupações dos criadores mais do que produzir objectos artísticos, passaram a centrar-se no significado do do acto da criação. (p.22)
Continua a ser necessário não (o objeto) o deixar desaparecer sem ao menos guardar a memória da existência, por mais efêmera que seja, e sem esquecer que há registros que acabam por ser tornar, eles próprios, obras de arte. (p. 22)
A conservação de patrimônio contribui para a memória, ela mesma fundamental para a existência da humanidade. (p. 22)
Como defende François Chirpaz, sem memória, a existência fica sem referências, perdida na complexidade de uma situação que lhe impõe as suas urgências e os seus constrangimentos do que só a conservação do passado lhe pode fornecer as chaves para nela se poder orientar e viver. (p. 22)
Não devemos, portanto, separar as peças do seu passado, seja este físico seja também cultural, tal como não devemos ignorar o espaço em que se encontram e o meio envolvente desse espaço, ou seja, o clima. (p. 23)
Os objectos modificam o comportamento do ambiente em que se encontram, fenômeno que, embora esteja desde há muito integrado ao nosso quotidiano, só se começou a estudar recentemente quando a experiência nos ensinou a importância que a estabilidade das condições-ambiente tem em conservação. (p. 25)
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