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Fichamento do Capitulo O Impacto do Conceito de Cultura Sobre o Conceito de Homem

Por:   •  9/10/2019  •  Resenha  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  324 Visualizações

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Aline Bueno da Silva.

Geertz – Texto I

Parte I.

  A concepção de cultural deve ser vista como de fato é: complexa.

  Antropologia moderna: não existe e não poderia existir homens não modificados pelos costumes de lugares particulares. Dessa forma, o autor acha extremamente difícil saber o que é natural, universal e constante no homem.

  Assim, o que é o homem, a não ser um produto de sua cultura, mas não de forma vaga e sim complexa e variada. No entanto, essa visão cultural do homem não deve submetê-lo e nem o contrário, e essa é a preocupação do autor quando se dá a relevância necessária a cultura ou ao Homem.

Parte II.

  Na busca constante de se encontrar o homem dentro de seus costumes há uma estratégia utilizada de forma geral por antropólogos que o autor chama de “estratigráfica”, ou seja de forma a despi-lo de todas as suas camadas culturais, sociais, psicológicas e biológicas.

  Crítica do autor para descobrir qual a camada cultural é a verdadeira essência do homem, a partir da ideia de que há uma camada cultural padrão de todos os homens (consensus gentium) :

“Meu ponto de vista, que deve ser claro e, espero, logo se tornará ainda mais claro não é que não existam generalizações que possam ser feitas sobre o homem como homem, além da que ele é um animal muito variado, ou de que o estudo da cultura nada tem a contribuir para a descoberta de tais generalizações.” (pag. 30)

  O autor não desconsidera a existência das congruências entre os níveis de cultura, sociais, psicológicos e biológicos, mas não as acha suficientes para a sua destinação. Inclusive, ele propõe a convivência entre esses fatores para a análise da cultura, mas adverte que as universais substanciais e ligações específicas não podem ser tomados como centrais na definição do homem. Finalizando essa parte, Geertz se interroga quanto aos costumes universais serem de fato, se é que são, responsáveis pela definição do homem, ou se os costumes mais atípicos o seriam.

Parte III.

  Dando continuidade em sua linha de raciocínio, o autor explica: “O ponto crítico em ciência não é se os fenômenos são empiricamente comuns, mas se eles podem ser levados a revelar os processos naturais duradouros subjacentes neles.” Ou seja, é preciso, segundo ele, encontrar pontos de congruência em costumes diferentes, abrindo espaço para a análise dos fatores sociais, biológicos e psicológicos unitariamente. Basicamente, ele propõe a integração dos estudos e teorias distintas afim de ampliar a margem de respostas para a dúvida antropológica aqui analisada.

  Para isso, ele conceitualiza a cultura de duas formas: 1) deve ser vista como mecanismos de controle para governar o comportamento. 2) que homem é o animal mais desesperado por esse controle. O resultado disso é o surgimento de

 “(...) uma definição do homem que enfatiza não tanto as banalidades empíricas do seu comportamento, a cada lugar e a cada tempo, mas, ao contrário, os mecanismos através de cujo agenciamento a amplitude e a indeterminação de suas capacidades inerentes são reduzidas à estreiteza e especificidade de suas reais realizações.” (pag.33)

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