Fichamento do Texto TEXTO: CLASTRES, P. "Do genocídio". In: Arqueologia da Violência
Por: grazysarah • 11/9/2022 • Resenha • 285 Palavras (2 Páginas) • 154 Visualizações
TEXTO: CLASTRES, P. "Do etnocídio". In: Arqueologia da Violência. São Paulo: Cosac&Naify, 2004, pp 54-63.
O autor inicia o capítulo falando a respeito da necessidade da criação de uma palavra que pudesse conceitualizar a demanda que não mais se encaixava no termo genocidio, termo este que tinha como principal menção a supressão vivida pelos judeus e também ao aniquilamento sofrido pelos indígenas. Então com base na realidade vivida pelos indígenas os especialistas em etnologia redigiram uma definição para o termo etnocídio.
Antes do aprofundamento acerca do termo etnocídio o autor o diferencia do genocidio, o primeiro consiste na devastação da cultura e o segundo em uma devastação física, ambos entendem o diferente de maneira negativa. O etnocídio atribui uma ordenação pautada numa superioridade e inferioridade entre as culturas e como dito acima observam o diferente como algo inferior.
Principalmente na América do Sul e em até mesmo diversos outros locais os missionários eram os etnocidas, sentiam-se impelidos a levar a civilização pelo bem dos rotulados como não civilizados. O texto ressalta também que o etnocídio não exatamente se formula com o etnocentrismo, nem todas as sociedades etnocêntricas são etnocidas, não é esse o motivo de o Ocidente ser impetuosamente etnocida. É possível ver a prática etnocida até mesmo dentro da própria civilização ocidental.
Posteriormente relaciona-se o etnocídio a existência do Estado sendo ele do Ocidente ou não, porém, ainda assim não se pode igualar os Estados do Ocidente com os outros, pois, este regido por um sistema de produção violento que exige enorme rendimento para a exploração somente deixa a opção para a sujeição (etnocídio) ou a morte (genocídio).
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