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Fortalecimento dos órgãos de segurança pública do Brasil

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Por:   •  12/5/2014  •  Artigo  •  427 Palavras (2 Páginas)  •  291 Visualizações

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A um mês da Copa do Mundo, um levantamento exclusivo feito pelo Exército a pedido do G1 mostra que, desde a Copa das Confederações, em junho do ano passado, quando protestos violentos tomaram as ruas do país, as polícias militares reforçaram o estoque de armas não letais.

Entre junho de 2013 e abril deste ano, os órgãos de segurança pública do Brasil compraram mais de 270 mil granadas e projéteis de gás lacrimogêneo e de pimenta, além de 263.088 cartuchos de balas de borracha de vários tipos e modelos.

Toda a munição química não letal adquirida seria suficiente para fazer mais de 819 lançamentos de granadas de gás e 797 disparos de balas de borracha por dia nesses 11 meses.

O levantamento do Exército mostra, ainda, um incremento nas aquisições pelos órgãos de segurança em 2014, principalmente por causa do temor de uma nova onda de manifestações Estratégia diferente

Amazonas e Amapá foram os únicos estados que não pediram ao Exército autorização para a compra de armas não letais desde a Copa da Confederações. As secretarias de Segurança das duas unidades da federação foram procuradas pela reportagem do G1 para comentar o assunto, mas não se manifestaram.

Cápsulas de gás lacrimogêneo são encontradas em frente à Prefeitura de Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)

Gás com alta concentração de lacrimogêneo usado

com lançadores para conter protesto em Campinas,

no interior de São Paulo (Foto: Reprodução/EPTV)

Em 2013, uma série de atos levou milhares de pessoas às ruas do país, fazendo as polícias atuarem na contenção de casos de violência, vandalismo e depredação. Em algumas situações, houve denúncias de excesso ou mau uso de armas químicas, com pessoas passando mal, gás atingindo residências, confrontos e feridos por balas de borracha e de pimenta.

"No meio da multidão, o indivíduo se sente mais forte, se sente o super-homem, perde a noção da individualidade. O objetivo das armas não letais é tirar o indivíduo da coletividade, fazer ele ter medo", explica o coronel Carlos Alberto de Camargo, ex-comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo.

O que se compra

Os dados do Exército mostram que Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Bahia foram os estados que mais compraram armas não letais desde junho do ano passado.

Segundo o coronel Camargo, o material adquirido pelos estados mostra como as tropas de choque devem atuar na contenção de "distúrbios civis" – nome que a polícia dá ao controle de multidões.

Desde a Copa das Confederações, a PM de São Paulo fez três compras de armas não letais, e a da Bahia, outras três. Minas Gerais foi o estado com o maior volume de aquisições

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