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Goffman Ervin

Por:   •  14/1/2016  •  Resenha  •  2.515 Palavras (11 Páginas)  •  512 Visualizações

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[pic 1]   Instituto Superior de Ciências      

                            Educativas

Sociologia da Vida Quotidiana

Recensão crítica do texto

 “A Apresentação do Eu na Vida de Todos os Dias”

 Erving Goffman

 Docente: Professora Izabel Aires

 Discente: Sandra Lopes

  Educação Social – 2º Ano

                                                                       

Ramada, dezembro de 2014

“A Apresentação do Eu na Vida de Todos os Dias”

Vida de Goffmam

Erving Goffman nasceu em 11 de junho de 1922 em Manville, Alberta, Canadá, filho de Max Goffman e de Anne Goffman. Sua família, judeus ucranianos, emigrou para o Canadá na passagem do século. Erving tinha uma irmã mais velha, Frances Bay, que se tornou atriz.

 Mudaram para Dauphin – Manitoba, onde o pai geria um negócio próspero no ramo da costura. Em 1952, casou-se com Angélica Choate. Em 1953 nasce o seu primeiro filho, Thomas. Angélica  suicida-se em 1964.

Em 1981 casa-se com Gillian Sankoff. Em 1982 nasce a sua segunda filha, Alice. Goffmann more em Filadélfia, Pensilvania, no dia 19 de novembro de 1982 de cancro no estômago.

Trajetória académica

Erving Goffmann formou-se na St. John Technical High School em Dauphin. Em 1939 ingressou na Universidade de Manitoba.

Em 1945, obtém o grau de Bacharelado na Universidade de Toronto.

Fez o mestrado e o doutoramento na Universidade de Chigaco, onde estudou Sociologia e Antropologia Cultural.

Em 1958 passa integrar o corpo docente da Universidade de Berkeley como professor assistente no Departamento de Sociologia.

Foi neste ano que iniciou sua carreira de professor, tendo muito êxito e alcançando renome com a edição “A Apresentação do Eu na Vida Quotidiana”, com que ganhou o “ Mac lver Award”, como melhor livro de sociología americana em 1961.

Em 1962, passa a ser professor titular.

Em 1977, ganhou o prémio Guggenheim.

Em 1981 – 1982,  foi presidente da Sociedade Americana de Sociologia.

Foi neste ano de 1982, quando ainda era presidente, que veio a falecer de cancro.

A sua carreira

Em 1954 – 1957, foi  director adjunto de desporto do Instituto Nacional de Saúde Mental, em  Bethesda, Maryland.

Escreveu ensaios sobre doenças mentais e instituições totais.

As suas obras mais importantes foram:

  • “Manicómios, Prisões e Conventos” (1974)

  • “A Apresentação do Eu na Vida de Todos os Dias” (1975)

  • “Estigma” (1975)

Em 1977 – 1978 recebeu uma bolsa da Fundação Guggenheim.

Em 1979, recebeu Prémio Cooley –Mead, como académico distinto em

      Psicologia Social pela American Sociogical Association.

Em 1983 recebeu, a título póstumo, o Prémio Mead sobre o “Estudo da Interação Simbólica”.

Escreveu muitos trabalhos e na tese do seu mestrado  criou uma novela para público de uma rádio, em que incluiu o levantamento de dados, usando a metodologia de pesquisa e da  lógica experimental e análise das variáveis.

A suas primeiras obras

 

Em 1951, “Simbols of Class Status”.

Em 1952, “On Coolin the Mark Out”.

Em 1953 apresentou estratégias de comunicação na interação face a face, e focou-se no dia a dia, nas rotinas e em como as visões que temos de nós nos afetam.

  • Big  Sister – novela / rádio

O legado e a influência de Goffman

Erving Goffman foi um dos sociólogos mais influentes do século XX, tendo sido igualmente cientista social, antropólogo e escritor.

Os seus maiores contributos foram inúmeros estudos sobre interação simbólica, como forma de análise dramaturgica, através de um dos seus livros publicados, “A Representação do Eu”. A dramaturgia, a etnometodologia e o interacionismo simbólico são tidos como correntes teórico – metodológicas.

As transformações sofridas pelo mundo ao longo do tempo, a luta pela liberdade de expressão e o desenvolvimento da sociedade contribuíram para estas “grandes mudanças”. Quanto à teoria social, nos últimos tempos tem tido vários pontos de vista, vários pensamentos e descoberto novas perspectivas, onde a sociologia privilegia a observação e a interação do dia-a-dia.

A ciência social aparece num momento de grandes mudanças e foi “eleita”, como sendo mais uma esperança para se resolverem os problemas socioeducativos. Esta corrente foi desenvolvida com base na interação e na observação do contexto quotidiano.

Goffman fez as suas pesquisas na linha da sociologia cultural e interpretativa, pesquisa esta iniciada por Max Weber, em “La mise en scène de la vie quotidienne”. Dá a conhecer a ideia que mais influênciou a sua obra:

“ o mundo é um teatro e cada um de nós, individualmente ou em grupo, teatraliza ou é actor consoante as circunstâncias em que nos encontremos, marcados por rituais, posições distintas relativamente a outros indivíduos ou grupos”.

Após tantos anos, a obra de Goffman tem mantido uma privilegiada posição nas ciências sociais da atualidade, particularmente na área da sociologia. Passadas quatro décadas após a sua morte, o legado construído por Goffman ainda provoca intensos debates academicos, permanecendo viva a polémica gerada em torno das suas ideias, do modo como via o mundo na perspectiva da sua obra, do palco da vida, na forma de sermos meros actores e nossa representação no dia-a-dia.

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