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O ERVING GOFFMAN

Por:   •  20/5/2022  •  Resenha  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  100 Visualizações

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 ERVING GOFFMAN

- Goffman é um sociólogo muito conhecido, cuja contribuição para a área foi de extremo impacto, e ele é bastante falado por uma corrente que denominamos interacionismo simbólico[1] e que faz parte do conjunto da sociologia mais contemporânea.

- Viveu de 1922 a 1982. Então este trabalho embora já muito distante dos nossos dias atuais, quase 60 anos do momento em que ele foi escrito, ele fez parte da trajetória mais madura deste autor.

- O interacionismo simbólico que Goffman cunhou, também chama de representação teatral. A ideia do Goffman é que nós desempenhamos papéis nas nossas interações cotidianas e muitas delas estamos exercendo os nossos papéis, como se estivéssemos em um teatro.

- Então ele vai considerar que a vida cotidiana é pautada em três dimensões: no público, aqueles que assistem, no ator e no palco.  O palco é o cenário no qual as coisas acontecem, só que para Goffman tanto o ator quanto o espectador podem mudar de lugar, então no final das contas temos aqueles que são os atores e expectadores em alguma medida e o cenário.

- É importante ter essa perspectiva antes mesmo de falarmos sobre estigma, que é um dos aspectos da obra Golffmaniana, porque está por trás dessa obra e das perspectivas do autor a ideia da interação entre as pessoas, a ideia entre a interação no cotidiano, nos grupos e a gente vai perceber isso durante todo o livro.

A pergunta que motiva a obra é como as pessoas se sentem e tratam a si e os outros em função de atributos que as diferenciam?

  • Eu quis trazer a obra “estigma” não por conta do significado do estigma, porque sabemos que o estigma é o atributo que torna alguém diferente e que faz com que a pessoa seja enquadrado em uma categoria desacreditada. Faz com que o indivíduo não tenha uma situação social plena.
  • O objetivo foi trazer essa obra não para a questão geral sobre deficiência mas para trazer o contexto de estigma para a pesca e como a gente pode aplicar o estigma dentro da pesca artesanal, dentro da comunidade pesqueira. Como o estigma vai influenciar a vida do pescador, da comunidade e vai fazer com que o indivíduo não tenha uma aceitação plena dele mesmo e do seu próprio grupo.
  • O principal ponto é primeiramente entender como Goffman trata o estigma dentro dessa obra, por mais que seja a 60 anos atrás e por mais que seja passado os significados a qual ele designa, os termos a qual ele designa a deficiência no geral, o estigma pode ser tratado em diferentes áreas na sociedade no geral e para entender um pouco sobre todo esse contexto, é  entender primeiramente o estigma e depois tratar outros autores que vão trazer uma concepção de socialização com o Berger e Luckmann, e com Elias sobre a civilização.
  • Então é importante primeiramente começar com o estigma porque ele vai tratar e trazer os conflitos, os impactos atuais o que os pescadores passam, passaram e passam perante a sociedade e todo o sistema a qual ele pertence. E sobrevivendo aos estigmas impostos por uma elite que passa a dominar de forma lenta mais ao mesmo tempo rápida o município de Búzios depois da década de 70, levando essa perspectiva para Arraial do Cabo com a industrialização na década de 40, 50 por conta do evolucionismo e toda a questão envolto ao conceito de civilização que a gente vai poder trabalhar melhor em Elias.
  • É na página 7 que ele fala sobre os estigmas tribais, de raça, nação e religião, que podem ser transmitida através da linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma família.
  • Eu lendo consegui trazer essa visão para pesca artesanal. Eu gosto ele vai ao longo do texto trabalhando usando através do teatro dá para observar o jeito a qual ele escreve e descreve sobre o estigma, usando relatos das pessoas estigmatizadas, e eu selecionei partes importante do texto mais à frente.
  • Fala que a simples previsão de tais contatos com o estigmatizado pode, é claro, levar os normais e os estigmatizados a esquematizar a vida de forma evitá-los. Então nesse texto, esse trecho é importante porque remete muito a questão do racismo ambiental a segregação e toda a estrutura, não levando em consideração a deficiência como eu falei antes, estigmatizadora posto pela classe dominante sobre os “anormais” nas comunidades. Essa estrutura normativa que de maneira invisível esquematiza a vida de forma a evitar determinados grupos locais.

Mas voltando ao conceito geral de chega, o estigma é esse atributo que uma vez que o indivíduo o possua ele vai ser enquadrado numa categoria de descrédito e isso faz com que ele não tenha consequentemente uma aceitação social plena.

- O estigma existe há muito tempo e a primeiro exercício que o autor vai fazer para poder desvendar um pouco mais sobre o estigma é pensar como que isso foi especialmente construído, como essa ideia do indivíduo ser enquadrado no grupo desacreditado, socialmente desacreditado, como ela vai perpassar a cultura e o tempo.

- Dentro dessa obra, logo no início, tem dois momentos de atenção, de mudança importantes para ser observado, o primeiro deles é entre os gregos, quando se pensa na antiguidade clássica e como esse atributo de estigma era considerado. Era considerado uma característica, uma marca física a qual singularizava os criminosos, traidores ou escravos, indivíduos que faziam parte da margem da sociedade.

- Outro momento importante a qual o autor se dedica é a era cristã, ele vai mostrar o estigma religioso, os sinais, as marcas das mãos dos indivíduos na era cristã que eram considerados portadores de estigma. Essa marca muitas vezes era considerado como algo benéfico, como uma dádiva divina mas que para os médicos daquela época era visto como distúrbio, um distúrbio físico. Atualmente temos um significado muito próximo ao significado de origem que a marcação de um atributo, uma característica que descredibiliza o indivíduo.

- Goffman vai estabelecer uma diferença entre os indivíduos estigmatizados e aqueles que ele chama de normais. Os normais para o autor são os indivíduos que não se afastam das expectativas sociais.

- Primeiramente é importante trabalhar o conceito de identidade que aparece na obra. A identidade social trabalhada pelo autor se trata de um conjunto de expectativas normativas que se espera de alguém.

- A identidade social para o Goffman, aparece de duas formas e essa distinção nos interessam mais do que a definição de identidade social. Identidade social para ele está decomposta em duas dimensões: a identidade social virtual, que seria a esperada estereotipada, ou seja, qual estereótipo que se tem em relação ao outro. Esses estereótipos compõem o conjunto de expectativas normativas para o desempenho de um indivíduo.

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