Historia Da Educacao

Introdução

A história da Educação começa antes do surgimento do chamado homem civilizado. Não existia educação formal, ela iniciou-se, da luta pela sobrevivência, onde, surge a necessidade de transformar a natureza, de extrair dela os meios para sua subsistência. Quando o homem percebe que precisa planear suas acções, para obter melhores resultados, ainda que de maneira primitiva, ele vê a necessidade de formar a si mesmo, ou seja, precisa educar-se, e consequentemente, passar os conhecimentos adquiridos para sua comunidade. A educação assim existe onde não há escola, através da transferência do conhecimento de uma geração a outra.

O desenvolvimento histórico da educação é um tema muito amplo, porém com a abordagem das etapas propostas para o trabalho aonde falaremos da História da Educação Primitiva, Egípcia e Chinesa procuramos trazer os aspectos que marcaram a área de educação no passado histórico e que servem de inspiração para os profissionais de educação.

Este tema que nos foi proposto pelo docente da disciplina de Historia de Educação reveste-se de capital importância na medida em que os profissionais de educação em formação poderão do trabalho adquirir conhecimentos históricos do processo de educação e posteriormente fazer uma relação com o processo contemporâneo. O trabalho foi desenvolvido com os seguintes objectivos:

Geral:

Compreender o processo de educação na antiguidade primitiva, egípcia chinesa focalizando as questões metodológicas e formas de transmissão conhecimentos.

Específicos:

• Caracterizar a educação no período primitivo

• Descrever o processo de educação na antiguidade egípcia; e

• Mencionar os objectivos da educação chinesa destacando a sua metodologia.

Para a consecução do nosso opusculo recorremos ao método de recolha bibliográfica onde fizemos a concatenação de diferentes autores que versam sobre o assunto.

I. Período primitivo

A primeira dificuldade que se tem entre estes povos Segundo Manacorda (2010:43), é de atribuição conveniente de um nome. Uns consideram-nos de selvagens. Esses povos não são, se entendermos esta palavra, seres humanos que vivem errantes, sem lei, sem convenções, sem organização social e familiar. Os outros os chamam de povos não civilizados. Portanto, se esses povos não possuem nosso género de cultura, então, podemos afirmar que tem uma outra, adaptada a sua natureza e a sua condição graças a qual desenvolvem e desfrutam a sua vida. Então, não existem agrupamentos humanos desprovidos de civilização.

São poucas as fontes para o conhecimento da cultura e da educação dos povos primitivos e somente duas são aceitas, sem reservas, pelos historiadores, que são: restos e produtos pré-históricos e a observação e estudo dos povos primitivos actuais. A Pré-história humana vai desde o surgimento do Homo Sapiens-Sapiens, por volta de 120.000 anos até o aparecimento da escrita, em torno de 4.000 a.C. Por ser um período extremamente longo é praticamente impossível descrevê-lo em termos de cultura e de evolução. O que se sabe até aqui, é que a educação dos povos primitivos baseava-se na transmissão oral dos costumes, hábitos e tradições, através de um método de ensino natural, que acontecia em meio às actividades quotidianas, com o envolvimento de toda a comunidade. Esta era primitiva teve dois períodos significativos: Paleolítico, também chamado de Idade da Pedra Lascada e Neolítico também chamado de Idade da Pedra Polida.

I.1 Período Paleolítico (idade da pedra lascada)

Já fabricava alguns instrumentos, como machados, lanças, facas de pedra e conhecia o fogo, porém não tinha domínio sobre este elemento. Também estava desenvolvendo a linguagem, formulando suas primeiras palavras. Foi exactamente o desenvolvimento da linguagem que propiciou um enorme avanço de sua inteligência e de sua forma de pensar. Cotrim

(1999:12) afirma que viviam da caça, da pesca e eram nómades. Expressavam-se artisticamente através da dança e da pintura. Já foram encontradas várias rochas com desenhos estampados deste período. A temática era animal, cenas de caça e dança.

I.2 Período Neolítico (idade da pedra polida)

Durante este período surge a agricultura. Faz-se necessário fixar-se na terra para que seja cultivada, provocando, dessa forma o sedentarismo e o desenvolvimento da vida em sociedade.

Passam a morar próximo a rios, onde a terra é mais fértil, surgindo assim as primeiras aldeias. Também neste período começa a domesticação de animais. Neste sentido, Cotrim

(1999:14) afirma que: “O homem passou a interferir decisivamente no meio ambiente”. Cultivando plantas e domesticando animais, conseguiu controlar as fontes de sua alimentação. Assim, a sobrevivência humana foi se libertando das mãos colectoras, passando a depender cada vez mais das mãos produtoras.

I.3 A Educação Entre os Povos Primitivos

Descrever as características das comunidades primitivas, não é tarefa fácil. Além de serem várias as diferenças entre uma comunidade e outra, corre-se o risco de avaliar essas comunidades a partir dos padrões de nossa cultura. Porém, há dois aspectos comuns a todas elas: são míticas e de tradição oral. Sobre isso, Aranha (2006:34) diz que: De maneira geral as sociedades tribais são predominantemente míticas e de tradição oral. Para esses povos a natureza está carregada de deuses, e o sobrenatural penetra em todas as dependências da realidade vivida. Nas sociedades tribais a aprendizagem acontecia a todo instante, em todos os lugares e mantinha-se o princípio de que todos se educam. Neste sentido, Monroe (apud PILETTI; PILETTI, 2006:12) afirma que havia neste período “o ajustamento da criança no seu ambiente físico e social por meio das experiências passadas”. Entretanto, o objectivo imediato desta formação é a satisfação das necessidades materiais, relativas a alimentação, ao vestiário e ao abrigo.

I.3.1 Divisão da educação primitiva

Obviamente não existia um modelo pedagógico convencional, mas, segundo Manacorda (2010:67) é possível dividir a educação primitiva, mesmo que de forma rudimentar, em três formas fundamentais: Educação Física, Educação Intelectual e Educação Moral.

A) Educação física

Numa luta pela sobrevivência, deslocando-se