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Homofobia no cenário brasileiro

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Por:   •  28/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.235 Palavras (9 Páginas)  •  451 Visualizações

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Homofobia no cenário brasileiro

Cícera Raquel Vicente Paulo

Maria Rosangela Gomes dos Santos

SuellySâmia Souza da Silva

Resumo

A homofobia é definida como o preconceito e descriminação relacionados aos homossexuais. Esse tipo de preconceito exclui os indivíduos das relações sociais, gerando sofrimento, dor e desesperança nas vitimas. Este é um assunto que tem levantado muitas discursões devido a crescente violência contra esse grupo de indivíduos. Os gays, lésbicas, bissexuais, travestis convivem cotidianamente com o preconceito em relação a sua opção sexual, sofrendo violência psicológica e física, chegando a consequências drásticas. Vale ressaltar que a homossexualidade é uma orientação sexual e não uma doença. Ninguém define exatamente como se determina a orientação sexual do ser humano, perante a lei todos nós somos semelhantes, com direitos e deveres iguais, portanto deste modo as atitudes homofóbicas precisam ser devidamente punidas como qualquer outro crime, pois fere o direito do individuo de escolher sua opção sexual. O trabalho tem como objetivo aborda a questão da homofobia no Brasil e suas consequências na sociedade

Palavras chaves: homofobia, sexualidade, violência.

1Introdução

O presente artigo tem como proposta central estudar as práticas homofóbicas no cenário brasileiro. Desde os tempos antigos, os homossexuais são julgados como diferentes e excluídos da sociedade, devido a sua escolha sexual, sofrendo humilhações e vários tipos de violência física e psicológica. A sociedade brasileira sempre agiu intolerante com as pessoas que não seguem os padrões da heterossexualidade, criando uma cultura de preconceito, ódio e violência com as pessoas que se relacionam com seres do mesmo sexo.

A homossexualidade era considerada um transtorno metal ou algo imoral, onde a igreja sempre condenou esse relacionamento, considerando um comportamento imoral e pervertido. No Brasil, os homossexuais é o grupo que mais sofre preconceitos, devido á sociedade ser profundamente marcada pela dominação masculina, onde não aceita a opção sexual de gays, lésbica, bissexuais, etc. Apesar do tema “homofobia” ter ganhado destaque na mídia, a violência que aflige os homossexuais vem crescendo no Brasil, caracterizada por altas taxas de crimes.

2 Referencial teórico

Mesmo em uma sociedade que se declara moderna, ainda existe atitudes que não se justificam, como o preconceito, sendo inaceitável uma parte de indivíduos se auto declararem melhores que os outros por determinação de raça ou orientação sexual.

Conforme Sarmento; Ramos (2006), em se tratando de um tema polêmico, que conta muita informação, mas pouca abertura para discussão em nossa sociedade é comum encontrarmos indivíduos, que não aceitam e não entendem as outras formas de desenvolver a sexualidade. O autor afirma que partindo dessa dificuldade surge o preconceito, “ideia preconcebida, sem razão objetiva ou refletida”.

Esse tipo de preconceito não admite outra orientação sexual que não seja a padrão, ou seja, ser heterossexual, onde as pessoas não tem a liberdade de escolha.

Segundo Mello (2012), a homofobia não admite o direito fundamental de as pessoas terem e assumirem uma identidade de gênero que não compatibiliza com seu sexo biológico e uma orientação sexual que não seja a heterossexual.

Parte da sociedade age irracionalmente de forma preconceituosa e violenta contra gays, lésbicas, travestis, bissexuais e transexuais.

De acordo com Mello (2012), a violência crônica que atende a comunidade LGBT (lésbica, gays, bissexuais, travesti e transexuais) brasileira aumenta as estatísticas de homicídios e agressões físicas, psíquicas e morais.

O autor diz que esta é uma realidade que mancha de sangue e de impunidade a sociedade e o estado brasileiro, mas que não é capaz de sensibilizar nem provocar ações de entes públicos ou privados para mudar o respectivo comportamento coletivo.

Sobretudo a homofobia resulta da não aceitação pela diferença, onde vivemos uma realidade absurda de um pai preferir ter um filho marginal a um homossexual com sua sexualidadeassumida.

Segundo Pena et al (2012 apud FORD; BEACH 1951) infelizmente, verdade seja dita, somos obrigados a reconhecer que de todas as chamadas “minorias sócias”, no Brasil, e na maior parte do mundo, os homossexuais continuam a ser as principais vitimas do preconceito e da discriminação, todos nós já ouvimos mais de um pai declarar: “prefiro ter um filho ladrão do que homossexual”.

Além dos homossexuais, os que mantem qualquer tipo de relações com eles, também sofrem com o preconceito, a indiferença e a violência causada por pessoas homofóbicas, que não entendem e não aceitam a opção sexual dos seus semelhantes.

De acordo com Pena et al (2012) enquanto houver homofobia na nossa sociedade qualquer pai e mãe, irmão ou amigo, de um homossexual terá alguns medos e preocupações bastante legítimos e reais.

A agressão contra a comunidade LGBT vem aumentando no Brasil, uma realidade muito triste que atinge a moral dessas pessoas.

Segundo penaet al (2012), a maioria dos brasileiros assiste passivamente cenas diárias de discriminação e ate violência física contra os homossexuais. O autor ainda afirma que segundo pesquisas, a cada dois dias um homossexual é barbaramente assassinado no Brasil.

A violência com os homossexuais vem crescendo significativamente, com altas taxas de mortes e agressões físicas e psicológicas, demostrando a ineficiência de movimentos homossexuais no combate a homofobia, onde essas pessoas não têm os direitos respeitados e nenhuma proteção da lei na prática.

De acordo com Mello (2012) em 2011, a secretaria de direitos humanos (SDH) do governo federal fez um levantamento que registrou cerca de 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos de homossexuais, com 278 assassinatos relacionados á homofobia, que na maioria dos casos de agressão (61,9%) é alguém próximo à vitima, cerca de 34% das pessoas atingidas por essa violência pertencem ao gênero masculino; 34,5%, ao gênero feminino; 10,6%, travestis; 2,1%, transexuais; e 18,9% não tiveram informação registrada.

Dentre os vários grupos sociais que sofrem preconceito no Brasil, os homossexuais

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