Importância da formação de estudantes competitivos

Memorial de formação

Eu me chamo Ana claudia dos Santos, nasci em 28 de Junho de 1981 na cidade de Planaltino-Ba, onde morava no Povoado de Lajedinho, sou a oitava de nove filhos dos meus pais, que são lavradores. Minha casa ficava há mais ao menos uns três quilômetros da escola improvisada que funcionava na própria residência da professora Elisabete Elói.

Com seis anos de idade iniciei a minha vida como estudante, desta fase pouco me lembro, recordo-me que a escola era uma casa pequena com uma área nos fundos onde estudávamos, lembro-me em especial, dos primeiros contatos com as letras e os números, onde aprendi a soletrar as minhas primeiras silabas, formando minhas primeiras palavras, após uns dois anos na escola. Apesar de toda ineficiência e precariedade da estrutura física da escola, assim também como a forma de ensino compartilhando com alunos da serie inicial ate o quarto ano. Tudo era como uma aventura, sair de casa a cavalo com mais dois irmãos, pelos caminhos estreitos, tendo como paisagem o verde da mata e os coqueirais, tudo era muito bom e divertido o aprendizado naquele tempo era o que menos importava.

No ano de 1990, nos mudamos para cidade de Marcionílio Souza-BA, no intuito de enfrentar novos desafios, dessa vez no comercio, onde meus irmãos mais velhos Valdir e Jose Galvão tinham o deseja de sair da roça e trabalhar no comercio, assim fizeram. Os meus pais compraram um pedacinho de terra e algumas cabeças de vacas e vendiam leite em casa. Os filhos mais novos foram matriculados em escolas da cidade, que ficava bem pertinho de casa, eu já na 3º serie fui estudar na escola Bernardo Galvão de Castro com a queridíssima professora Neudete São Pedro.

Nossa que susto, para me tudo era muito diferente as casas enormes eu tinha a sensação que eu iria ser esmagada a qualquer momento, carros pra lá e pra cá muita gente, e na escola não foi diferente essa foi minha grande dificuldade, a adaptação com os colegas que eram diferentes dos quais eu estava acostuma e a forma de ensinar totalmente diferente, um mesmo assunto para todos os alunos da sala ao mesmo tempo, bem diferente do que eu esta acostumada. Após alguns meses o medo à insegurança as frustações já fazia parte do passado.

Com o tempo concluir que foram os melhores anos como estudante de minha vida, aprendi a respeitar regras existentes na escola, que desconhecia como horários, fardamento, respeito aos colegas de classe, assim como ao professor que se chamava Neudete, por sinal maravilhosa e paciente, nos ensinavam com amor, onde aproveitei muito estudando com a mesma por dois anos, ate ir para 5º serie sem repetir de ano e sem maiores dificuldade em matéria alguma. Nossas atividades eram realizadas individualmente e às vezes em grupos que já tínhamos o nosso formado as nossas pesquisas eram feitas através de livros, revistas e às vezes realizávamos entrevista a algum professor ou morador da cidade a fim de saber mais sobre determinada profissão. Os colegas foram muitos inclusive me recordo de Sinha, Robertinho, Nelmir dentre outros que me acompanharam para o colégio e fomos colegas de turma ate nossa formatura.

Foi no Colégio Eurídice Santana que permaneci da 5º serie ate o 3º ano, as dificuldades foram outra se compararmos á escola Bernardo, pois o ensino era por matérias e cada matéria um professor diferente, a cada toque do sinal uma surpresa, eu e meus colegas avaliávamos os professores e logo definíamos quem era bom e quem era ruim, para ensinar e consequentemente elegíamos nossas aulas preferidas. Em alguns momentos de distração falávamos sobre profissão e o que estudar após nossa formatura eu não tinha nada em mente, pois meus pais são analfabetos e o estudo para eles seriam no máximo o 2º grou completo já estava de bom tamanho.

Sempre fui uma boa aluna disciplinada e dedicada aos estudos, tive dificuldades em algumas matérias como Inglês e Física que superei ao estudar em uma banca de reforço com a professora Raimunda.

No colégio era tudo muito animado contávamos os minutos para os intervalos, assim colocávamos o papo com os colegas em dia, fiz muitos amigos, eu como adolescente, já participava de festas na escola, como a festa Junina que era tradição e ficávamos dias organizando, ornamentando a escola definindo as comidas típicas e ensaiando as danças.

As pessoas da comunidade eram participativas na escola, lembro-me da participação das pessoas em nossas atividades desenvolvidas, onde recebíamos aplaudidas por todos, tinha uma brincadeira muito divertida que era a gincana que envolvia todo o colégio. Era realizado na praça