Independência do Brasil
Projeto de pesquisa: Independência do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dayane1319992 • 17/9/2014 • Projeto de pesquisa • 372 Palavras (2 Páginas) • 178 Visualizações
A independência brasileira ,assim como todos os outros processos de rupturas com metrópoles foi influenciada pelas ideologias nascidas na Europa, o liberalismo e o iluminismo. Os preceitos dessas ideologias traziam ideais como a inexistência de privilégios fundados no nascimento, a igualdade de todos perante a lei, o direito à propriedade e à liberdade, a exigência da condição de proprietário ou de determinado nível de renda para exercer os direitos políticos, a divisão dos poderes e outros mais.
De fato todos esses ideais estavam presentes na constituição assinada em 1824, porem com certas “adaptações” que cuidavam do interesse da oligarquia que fizera a independência do país. Assim uma oligarquia de capital estava substituindo a oligarquia de linhagem.
Não foi por mera casualidade que as elites brasileiras buscaram no liberalismo inspiração para organizar o Estado brasileiro. O Estado liberal, nas suas origens, busca a participação ativa nas instituições do Estado, por meio do voto e da elaboração das leis, à condição de propriedade ou de renda. Ou seja, o Estado liberal nasceu excludente, como uma democracia de proprietários.
No entanto, se no plano político pensamento liberal e os interesses da aristocracia brasileira convergiam, no que se dizia respeito ao plano social havia uma flagrante contraposição de ideias. A concepção do direito natural, uma das bases da doutrina, reconhecia que todos os homens nascem com certos direitos inalienáveis, tais como o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade, porem o reconhecimento e a adoção desses princípios no Brasil implicaria na abolição da escravidão, uma vez que o escravo não é dono da sua vida, não é livre. Mas a abolição estava completamente fora de cogitação para essa elite que estava no poder.•.
Dessa maneira podemos dizer que o pensamento liberal assumira no país, uma forma particular e ambígua de desenvolvimento. O modelo servia como teoria, mas na pratica não era aplicável.
A ambiguidade que o liberalismo acabou assumindo no Brasil, na verdade, era a expressão de outra ambiguidade, herdada da época colonial e que se estende até hoje. Trata-se de uma ambiguidade da nossa própria elite, sempre dividida entre as ideologias que surgem nas nações hegemônicas do Ocidente e a complexa realidade nativa, carente de respostas diferenciadas, originais e ousadas para que possa se desenvolver e prosperar.
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