Interferencia Do Governo No Equilibrio De Mercado
Ensaios: Interferencia Do Governo No Equilibrio De Mercado. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/4/2014 • 2.017 Palavras (9 Páginas) • 13.772 Visualizações
INTRODUÇÃO.
Neste trabalho o principal foco é a interferência do governo no equilíbrio de mercado, mas primeiramente precisamos entender o que é mercado e sua definição, sobre demanda e oferta e como elas interferem no equilíbrio de mercado.
Também falaremos sobre equilíbrio de mercado e logo após sobre a interferência do governo e das maneiras que ele pode interferir como, por exemplo, nos impostos, cujo citaremos alguns deles.
E por ultimo uma conclusão onde o grupo coloca seu entendimento sobre o assunto.
CONCEITO DE MERCADO.
Mercado é o “local” onde se encontram quem quer comprar e quem quer vender e que, através de um processo de negociação, determinam o preço e a quantidade do bem a ser transaccionado ou seja, trocado entre ambos. Se o bem a ser transaccionado são chinelos, então temos o mercado de chinelos. Se os intervenientes nesse mercado forem os trabalhadores que querem vender o seu trabalho e as empresas que o querem adquirir, então temos o mercado de trabalho e o preço a ser determinado é o salário.
Em qualquer mercado uma das variáveis chave é o preço, o qual mede o valor do bem em termos monetários. Funcionam como indicadores quer para os compradores, quer para os vendedores: se os consumidores querem mais de um bem, o seu preço aumenta; este aumento cria um incentivo a quem quer vender para que aumenta a sua oferta.
Em suma, os preços coordenam as decisões de quem quer vender e de quem quer comprar, por exemplo uma subida dos preços contribui para a redução da procura dirigida ao bem em causa; por outro lado constitui um incentivo para que os vendedores desejem vender mais.
Significado de mercado Dicionário Aurélio:
s.m. Lugar público, ao ar livre ou em recinto fechado, onde se vendem e onde se compram mercadorias. / Cidade que se notabiliza pela compra e venda de determinados produtos. / Referência convencional em relação à compra e à venda. / Designação que se dá à oferta e à procura de mercadorias. // Bom mercado, preço que se considera conveniente ou, também, lugar, cidade ou país onde é fácil vender qualquer coisa. / Conjunto de consumidores, encarados como futuros compradores de uma mercadoria ou beneficiários de um serviço. // Economia de mercado, sistema de organização econômica no qual os próprios mecanismos naturais asseguram, independentemente de qualquer intervenção do Estado ou dos monopólios, o equilíbrio permanente da oferta e da procura. // Estudo ou pesquisa de mercado, análise das possibilidades de venda de determinado produto, feita com base em levantamentos estatísticos. // Mercado financeiro ou mercado de capitais, conjunto das pessoas ou empresas que procuram capitais de terceiros para financiar seus negócios ou que buscam aplicações para os recursos de que dispõem em negócios alheios.
DEMANDA E OFERTA DE MERCADO.
Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado. A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos.
Demanda é o desejo ou necessidade apoiado pela capacidade e intenção de compra, e ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade e se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo.
A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada, e depende de diversas variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço, como preço, preço dos outros bens substitutos, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.
A vertente qualitativa da demanda dos bens de consumo depende do meio social e é afetada pela publicidade, enquanto a vertente quantitativa depende mais do nível de rendimento dos consumidores.
A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, a demanda que determina o movimento da oferta. A demanda pode, muitas vezes, ser sazonal, ou seja, ela aumenta ou diminui de acordo com uma estação, com o momento da economia, com a renda da população etc.
A lei da demanda indica que em condições normais em um mercado, a quantidade demandada é inversamente proporcional ao preço do bem em questão. Ou seja, se um produto tem um preço baixo, provavelmente vai ter uma grande demanda.
Oferta é uma denominação genérica para indicar o que é disponibilizado ao mercado, independente da sua natureza, sendo utilizada para substituir a expressão "produto" ou "serviço" e também englobar os outros elementos que são objeto das ações de marketing.
Define-se também como a quantidade de bens que os vendedores estão dispostos a comercializar em variados níveis de preço. De acordo com esta lei, toda a vez que o preço aumenta, a quantidade ofertada aumenta; e toda a vez que o preço diminui a quantidade ofertada também diminui.
Como parâmetro para o estabelecimento dos preços dos produtos pelo mercado, a oferta possui um peso inversamente proporcional (quanto maior a oferta, menor o preço).
EQUILIBRIO DE MERCADO.
A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio no mercado de um determinado bem ou serviço.
Dada a tabela a seguir, tem-se que da interação entre as forças de oferta e procura, o ponto de equilíbrio se situa no preço de R$ 50,00 por unidade.
Preço por unidade (R$) Quantidade demandada (unidades/mês) Quantidade ofertada (unidades/mês) Excesso de oferta (+) ou demanda (-) Pressão sobre o preço
100,00 1.000 11.000 + 10.000 Decrescente
90,00 2.000 10.000 + 8.000 Decrescente
80,00 3.000 9.000 + 6.000 Decrescente
70,00 4.000 8.000 + 4.000 Decrescente
60,00 5.000 7.000 + 2.000 Decrescente
50,00 6.000 6.000 Equilíbrio Nenhuma
40,00 7.000 5.000 - 2.000 Crescente
30,00 8.000 4.000 - 4.000 Crescente
20,00 9.000 3.000 - 6.000 Crescente
10,00 10.000 2.000 - 8.000 Crescente
Tabela - Escala de oferta e demanda no mercado do bem X
Observa-se que caso o preço esteja acima daquele do equilíbrio, tem-se um excesso de oferta, com pressão decrescente no preço de mercado. Caso contrário, se o preço estiver abaixo do preço de equilíbrio, há um excesso de demanda, com pressão crescente no preço de mercado.
Graficamente:
Figura - Equilíbrio de mercado.
Na intersecção das curvas de oferta e demanda tem-se o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado. Ou seja, é o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumidores e produtores simultaneamente.
Se a quantidade ofertada estiver abaixo do ponto de equilíbrio E, há escassez de produto. Nesse caso, há competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas são superiores às ofertadas e por isso ocorrerá uma elevação de preços até que o equilíbrio seja atingido.
Se a quantidade ofertada estiver acima do ponto de equilíbrio, há um excesso de produção, gerando acúmulo de estoques. Haverá então concorrência entre produtores, forçando a redução de preços até que o equilíbrio seja atingido.
Quando há competição tanto entre consumidores quanto entre ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário – sem filas de espera pelo produto, nem estoques nas empresas.
Assim, se o sistema é de concorrência perfeita, sem obstáculos para a movimentação de preços, eles atingirão um nível desejado tanto pelos consumidores, quanto pelos ofertantes. Nesse caso, não pode haver interferências nem do governo, nem de outras forças, que normalmente impedem a queda nos preços de bens e serviços.
INTERFERENCIA DO GOVERNO NO EQUILIBRIO DE MERCADO.
O governo intervém na formação de preços de mercado quando fixa impostos e subsídios e estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamento ou congelamento de preços e salários.
Nos sistemas de tributação, quem recolhe o tributo é a empresa, mas quem efetivamente fica com o ônus do tributo são os consumidores. Conhecer sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma questão importante na analise dos mercados.
Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria. Os impostos se dividem em:
Impostos Indiretos – são aqueles incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. Por exemplo, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
Impostos Diretos – são aqueles incidentes sobre a renda. Por exemplo, o Imposto de Renda (IR).
Entre os impostos indiretos, destacam-se os impostos específicos e ad valorem.
Imposto Específico é aquele que recai sobre a unidade vendida. Por exemplo, suponha que o governo recolhesse R$ 5 mil para cada carro vendido independentemente de seu preço de venda.
Imposto Ad Valorem é aquele no qual existe um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. Por exemplo, se a alíquota do IPI é de 10% sobre o valor de venda de automóveis, um automóvel vendido por R$ 15 mil, pagará R$ 1,5 mil de IPI. No Brasil quase todos os impostos são ad valorem.
No ato do recolhimento do imposto, um aumento do imposto representa para a empresa um aumento do custo da produção. A empresa, entretanto, normalmente, repassa esse aumento para os preços e o imposto acaba recaindo sobre o consumidor final.
Quanto mais competitivo ou concorrencial for o mercado, menor será o repasse do aumento de custos (aumento de impostos) ao consumidor final. Essa sensibilidade (elasticidade) dependerá do tipo de mercado, dos bens substitutos que o produto tiver naquele mercado específico.
Outra forma do governo controlar os preços é a política de preços mínimos, que visa dar garantias ao produtor agrícola, com o propósito de protegê - lo diante de uma possível queda acentuada de preços. O governo garante um preço que ele pagará após a colheita do produto.
Se o preço do mercado for maior que o mínimo do governo o produtor preferirá vendê-la no mercado, caso ao contrario vendera ao governo que nesse caso ficará com um excedente do produto que será utilizado como estoque regulador em momentos necessários.
Há também o tabelamento que se refere à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de primeira necessidade ou, então, refrear o processo inflacionário, como foi adotado no Brasil (Plano Cruzado, Bresser, Collor) quando se aplicou o congelamento de preços e salários.
Impostos:
São valores pagos, realizados em moeda nacional (no caso do Brasil em reais), por pessoas físicas e jurídicas (empresas). O valor é arrecadado pelo Estado (governos municipal, estadual e federal) e servem para custear os gastos públicos com saúde, segurança, educação, transporte, cultura, pagamentos de salários de funcionários públicos, etc. O dinheiro arrecadado com impostos também é usado para investimentos em obras públicas (hospitais, rodovias, hidrelétricas, portos, universidades, etc.).
Os impostos incidem sobre a renda (salários, lucros, ganhos de capital) e patrimônio (terrenos, casas, carros, etc.) das pessoas físicas e jurídicas.
A utilização do dinheiro proveniente da arrecadação de impostos não são vinculados a gastos específicos. O governo, com a aprovação do legislativo, é quem define o destino dos valores, através do orçamento.
O Brasil tem uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo. Atualmente, ela corresponde a, aproximadamente, 37% do PIB (Produto Interno Bruto).
Os principais impostos cobrados no Brasil são:
Federais.
- IR (Imposto de Renda) - Imposto sobre a renda de qualquer natureza. No caso de salários, este imposto é descontado direto na fonte.
- IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados.
- IOF - Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Operações de Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários).
- ITR - Imposto Territorial Rural (aplicado em propriedades rurais).
Estaduais
- ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
- IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (carros, motos, caminhões)
Municipais
- IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (sobre terrenos, apartamentos, casas, prédios comerciais)
- ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais a eles relativos
- ISS - Impostos Sobre Serviços.
CONCLUSÃO.
Mercado é todo local onde compram ou vendem coisas, serviços e trabalhos, e determinam o preço e a quantidade do bem a ser trocado.
Demanda é o que as pessoas querem comprar e oferta o que outras pessoas querem vender. A demanda sempre influencia na oferta, pois a demanda muitas vezes aumenta ou diminui de acordo com um determinado período de tempo, com o momento da economia entre outras coisas.
Equilíbrio de mercado se dá quando a quantidade demandada e a quantidade ofertada se equivalem.
O governo interfere no equilíbrio de mercado quando fixa impostos e subsídios e estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamento ou congelamento de preços e salários.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de.GARCIA,Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. Especial Anhanguera. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
www.emater.df.gov.br
www.significados.com.br
www.dicionariodoaurelio.com
...