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Internacionalizacao De Empresas E O Processo De Globalizacao

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Por:   •  1/5/2014  •  2.728 Palavras (11 Páginas)  •  368 Visualizações

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Introdução

Na década de 90, emerge na economia mundial um processo intenso de mudanças proveniente da globalização e reestruturação produtiva. Como se sabe, hodiernamente em qualquer sociedade há uma certa relação de dependência entre as famílias e as empresas, para que haja a satisfação das necessidades individuais e comuns. Assim sendo é necessário fazer uma breve incursão sobre os conceitos dispostos no tema que será abordado. Num vasto sentido, pode-se definir empresa como um conjunto de actividades colectivas e organizadas, regidas por um centro regulador, com a função de adaptar constantemente os meios disponíveis escassos aos objectivos pré-determinados, tendo em vista a produção de bens e serviços.

1. Internacionalização das Empresas

Para muitas empresas, num mercado competitivo, existe a necessidade de expandir os seus horizontes comerciais, uma vez que internamente provam ser suficientemente capazes de produzir bens e serviços, que respeitem um certo padrão de qualidade. Com base nisso surge o processo de internacionalização que se refere ao envolvimento da empresa com o exterior, tanto para dentro pela importação como para fora pela exportação.

1.1 Motivos da Internacionalização

Entre os vários motivos que conduzem as empresas ao processo de internacionalização, destacam-se fundamentalmente os seguintes:

• Estratégicos:

• Crescimento

• Aumento do Valor Acrescentado

• Diversificação de riscos

• Maiores margens

• Comerciais:

• Maior proximidade com o mercado / cliente, melhor conhecimento

• Eliminação de barreiras proteccionistas e culturais

• Tecnológicos e produtivos:

• Oportunidades de transferência tecnológica e know how

• Utilização de capacidade produtiva ociosa

• Custos:

• Economias de escala

• Barreiras alfandegárias, custos de transporte

• Planificação fiscal internacional

1.2 Teorias do Comércio Internacional

O comércio internacional ou comércio exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Para melhor explicar o seu desenvolvimento a que ter em conta várias teorias na qual destacam-se as seguintes:

• Teoria das Vantagens Comparativas

Desenvolvida pelo economista David Ricardo em 1987 na qual afirma que cada país terá vantagem em produzir produtos em que é mais eficiente e trocá-los por produtos em que é menos eficiente, ou seja, baseia-se na vantagem da especialização da produção de cada país em função dos seus recursos naturais ou do seu avanço tecnológico.

• Teoria de Hecksher-Ohlin

Desenvolvida pelos economistas suecos Eli Hecksher em 1919 e Bertil Ohlin em 1933 na qual apresentaram uma explicação diferente das vantagens comparativas, argumentando que estas ocorrem das diferenças em abundância nacional dos factores, ou seja, quanto mais abundante for um factor num determinado país, mais baixo será o seu custo, fazendo com que cada país especialize-se e explore mais os produtos que resultam do uso intensivo dos factores que são localmente abundantes e importe os produtos cujos factores são localmente escassos.

• Teoria da Vantagem Competitiva

Michael Porter defende que a competitividade nacional depende da produtividade nacional, mas como nenhum país é competitivo em todos os sectores e as economias são altamente especializadas, o sucesso de cada país depende da forma como as empresas de sectores inter-relacionados se organizam e competem a nível global, pois são as empresas que concorrem e não os países. Para melhor avaliar a posição competitiva de um país, Porter criou um modelo denominado «diamante» devido à sua aparência.

Modelo de competitividade nacional de Porter

Quanto mais intensa e desenvolvida for a interacção entre este conjunto de factores maior será o nível de produtividade das empresas envolvidas. Mas o processo de desenvolvimento depende ainda da acção do Governo e finalmente do Acaso, factores que podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da competitividade das empresas.

• Teoria do Ciclo de Vida do Produto no Comércio Internacional

Raymond Vernon (1966) parte do conceito de ciclo de vida para explicar porque algumas empresas internacionalizam-se numa determinada etapa do seu desenvolvimento. De acordo com este autor podem ser identificadas as seguintes fases:

- Fase de Lançamento: o mercado não é ainda relevante e os custos são elevados; a produção mantém-se no país de origem e não há exportação;

- Fase de Desenvolvimento: a empresa investe em actividades comerciais nos mercados externos semelhantes e estes novos mercados tendem a tornar-se receptivos a estes novos produtos;

- Fase de Maturidade: a produção desloca-se para os países emergentes com menores custos salariais, onde o produto se destina exclusivamente a exportação;

- Fase de Declínio: a emergência de novas tecnologias torna o produto obsoleto e a empresa transfere capacidade de projecto e engenharia para alguns países adaptando os produtos aos mercados locais criando ainda centros de Investigação e Desenvolvimento em alguns países avançados.

• Teoria do Gap Tecnológico

De acordo com esta teoria, o país que dispõe de avanços tecnológicos consegue colocar mais cedo no mercado produtos novos que lhe podem vir a assegurar monopólio tecnológico temporário (uma vez que o novo produto não será produzido imediatamente pelas empresas em outros países), logo dispõe de uma vantagem no comércio internacional. Ressaltando assim o papel da inovação e o empreendedorismo bem como a vantagem de “first-mover” (primeiro a arrancar).

• Teoria

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