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Jogo Homo Ludens

Por:   •  30/4/2018  •  Exam  •  276 Palavras (2 Páginas)  •  228 Visualizações

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Num país tão miscigenado quanto o nosso, nem sempre é fácil determinar a cor de uma pessoa. Seria melhor reservar vagas para quem é pobre – independente de raça.

As cotas são uma forma de tentar remediar a escravidão, que dificultou a ascensão social dos negros. Tanto que, mesmo hoje, entre os 10% da população mais pobre, 74,2% são negros ou pardos.

Os cotistas são bons alunos e se esforçam mais que os outros. Um estudo feito na UERJ mostrou que, entre os cotistas, o abandono de curso é 57% menor – e os índices de reprovação são menores que os demais alunos.

É possível burlar as cotas raciais. Das 40 instituições que adotam esse sistema 34 usam como critério a autodeclaração do candidato. Ou seja: a pessoa pode dizer que é negra, e não ser, só para pegar a vaga.

Desde que elas foram implantadas nos EUA, nos anos 60, a porcentagem de negros na classe média subiu de 13 para 51%. É gente que consome e move a economia. Ou seja: as cotas fazem bem para a sociedade como um todo. Seja qual for a sua cor.  

 

As cotas criam uma situação desigual. A relação candidato/vaga para cotistas é em média 1 pessoa por vaga – entre os demais candidatos, é de 11 pra 1. Não é justo.

As cotas estão ajudando a ampliar o acesso dos negros ao ensino superior. Em 2001, 22% dos universitários eram negros. em 2010, já eram 35%.

O Brasil tem déficit de 16,6 milhões de vagas no ensino superior. O certo seria criar mais vagas para todos. E não tentar corrigir uma distorção (a desigualdade social) criando outra (as cotas).

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