Juventude na Política: Um movimento de participação
Por: Marcus2702 • 8/1/2018 • Artigo • 1.274 Palavras (6 Páginas) • 239 Visualizações
Juventude na Política. Um movimento de participação.
A mobilização para a inclusão da juventude na participação política é um dos desafios que a democracia tem enfrentado no Brasil e no mundo. O crescimento da presença dos jovens no meio público é deparado por desafios presentes nos dois extremos do processo. Se por um lado é necessária a mudança de estrutura das organizações para que elas se volvam com mais abertura para ouvir as demandas dos jovens, por outro lado é igualmente necessário fazer com que a juventude tenha interesse por política e a partir daí criar uma “cultura de participação”.
Uma das possibilidades que os jovens se inserem na participação política é através dos movimentos sociais. O Brasil tem uma história marcada por grandes lutas que apontam grande impacto numa geração que luta pela liberdade, democracia e espaços na sociedade. Esses movimentos sociais são protagonizados por jovens que querem espaços e condições para atuarem com autonomia, emancipação e compromisso em busca de serem vistos como voz de resposta para a mudança e não como “problema”. Um marco para as transformações atuais foi em 2013 com as manifestações de junho, onde milhares de pessoas, em sua maioria jovens mobilizados pela força das mídias sociais, saíram às ruas com uma força e articulação social que há muito tempo não se via, a redução dos preços das passagens de ônibus era a principal bandeira das passeatas.
O Estatuto da Juventude, (Lei 12.850/2013) um “menino” de quatro anos que ainda desconhecido pela população, determina um detalhamento dentro das garantias já previstas pela Constituição, as quais são as especificidades da juventude que precisam ser afirmadas. Entretanto observa-se os orçamentos do poder público, e é percebido através das verbas destinadas ao seguimento que a juventude está ausente do planejamento dos governantes, a começar pelas secretarias de juventude.
Mesmo com um empenho de mobilização da pasta federal, com o programa social que tem em destaque pela Secretaria Nacional da Juventude: o programa Identidade Jovem, que oferece benefícios aos jovens de baixa renda. Observa-se que a efetivação do uso aprovado no Plano Plurianual não é usada em sua totalidade, não chega a 5% do orçamento aprovado, com isso é repercutido nos âmbitos estadual, distrital, e municipal.
No Distrito Federal, a pasta de juventude foi vinculada à Secretaria das Crianças e Adolescentes, que por si só já é desempoderada, sendo que sua principal função é cuidar do sistema socioeducativo dos jovens brasilienses. O que se vê sobre ações voltadas aos jovens nessa secretaria são apoio às comemorações do Mês da Juventude e construção de centros de apoio à juventude que já estão com dotação orçamentária zero.
Assim como em grande parte dos municípios brasileiros, Formosa, no entorno do Distrito Federal a gestão atual desfez da pasta que era acoplada a Secretaria de Segurança Publica e Defesa Social, demonstrando o desinteresse para com a juventude. Além de não executadas, as ações nominalmente destinadas à juventude são desempenhadas por coletivos e movimentos do terceiro setor do município.
Essa pequena amostra de ações governamentais é para demonstrar quanto a juventude ainda é invisibilizada nas políticas públicas e consequentemente nos orçamentos. Isso pode ser reflexo de representatividade, onde apenas 3% representa o seguimento no Congresso Nacional . Isso mostra favorável que é necessária a mobilização das participações de juventude na política.
Hoje estamos entrando no ano eleitoral e iremos comparecer as urnas. O voto é muito mais que um ato de cidadania, é depositar a sua confiança em alguém que tenha mais afinidades com as questões políticas de uma sociedade e isso é fundamental para voltarmos a confiar em uma sociedade melhor.
Precisamos investir ainda mais na formação e na conscientização dos nossos jovens. Uma mudança de padrões de comportamento é necessária, atitudes para que a juventude venha a ter motivação e entenda que fazer política é fazer coisas que tratam da nossa vida e não como algo ruim e distante de nossa realidade.
O nosso intuito é que uma parcela significativa da sociedade, eleitores e candidatos, que muito tem a acrescentar nesse processo
Uma parcela significativa da sociedade, eleitores ou candidatos, que muito têm a acrescentar nesse processo reiterar a força da juventude num país que ainda carece de políticas públicas eficientes, capazes de promover mudanças e consolidar novos cenários.
O Jovem e suas influencias na política
No Brasil, com as manifestações de junho de 2013, essa questão ganhou mais atenção quando milhares de pessoas, na maioria jovens, foram às ruas numa explosão social que há muito não se via
A ampliação da presença do jovem na esfera pública encontra desafios nas duas pontas do processo. Se por um lado é necessário modificar a estrutura das instituições para que elas se tornem mais abertas para ouvir as demandas dos jovens, por outro é igualmente fundamental fazer a juventude se interessar por política e criar uma cultura de participação.
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