Lixo Extraordinário

Centro Educacional SESI-205 – Descalvado.

Resenha: Lixo Extraordinário.

Ana Carolina Pizelli. Nº01.

Professor: Elenilson.

Disciplina: Filosofia.

O documentário Lixo Extraordinário, relata o trabalho do artista plástico brasileiro (que atualmente mora nos Estados Unidos), Vik Muniz com catadores de materiais recicláveis do maior aterro sanitário da América Latina, o Jardim Gramacho localizado no bairro periférico de Duque de Caxias – RJ.

Vik cita que um dos mais importantes trabalhos de toda sua carreira foi o das crianças com açúcar.

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No começo do documentário Vik diz que iria apenas para trabalho e que não teria a menor chance de se “envolver sentimentalmente” com as pessoas de lá, mas não foi isso que aconteceu, chegando no aterro ele conhece Tião, presidente da Associação de Catadores do Jardim Gramacho e outras pessoas, onde o mesmo mostra todo o local para Vik e começa a interagir com as pessoas, conhecendo o dia-a-dia de cada um, as histórias de cada pessoa. As filmagens ultrapassam o limite do lixão, mostrando a moradia dos catadores também.

Suelen uma das pessoas que Vik conhece no aterro, leva-o para conhecer sua casa e as condições mínimas de higiene e saneamento básico, consequência da falta de planejamento e a acelerada ocupação irregular, resultam em moradias irregulares e situações miseráveis de sobrevivência.

Ao decorrer do documentário Vik tira fotos de várias pessoas, e então conta pra elas qual o motivo dele estar lá fazendo tudo aquilo. Todos ficam muito interessados e os ajuda quando diz que as vendas dos quadros iria direto para a Associação.

A partir dai essas pessoas começam sair da sua realidade e entram no “mundo artístico” por alguns dias.

A obra “Marat, Sebastião: Retratos do Lixo” é arrematada por 28 mil libras, equivalente a R$ 100.00 na época, causando elevada exaltação e emoção a Tião e seus companheiros de trabalho. Em seguida todos os envolvidos nas obras são convidados a uma exposição de Vik Muniz, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A desigualdade social é evidente nessas cenas, onde pessoas que nunca tiveram acesso a museus de arte se tornam autores de obras apreciadas por outras classes sociais. Ao final do documentário, Vik visita seus colaboradores, presenteando-os com seus quadros.

Como já mencionado Vik não pensava em interagir emocionalmente com as pessoas  do local, mais isso fica quase impossível quando ele conhece a realidade de alguns.

Percebe-se que as pessoas com o tempo acabam se tornando dependentes de Vik, enxergam nele uma tentativa de mudar de vida, porém quando o trabalho se acaba Vik volta para os Estados Unidos e tudo volta ao normal para todos.

No final o documentário monstra o que aconteceu com as pessoas envolvidas após alguns anos, uns morreram, outros continuaram no aterro e alguns que tiveram uma sorte maior - vamos dizer assim – conseguiram mudar para uma vida melhor, com condições favoráveis.