METODOLOGIA DA CIÊNCIA ECONOMICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

TRABALHOS DA DISCIPLINA METODOLOGIA DA CIÊNCIA ECONÔMICA

Aluno: WAGNER DINIZ DOS SANTOS SILVA

Professor: ZIONAN EUVÉCIO ROLIN

Recife

Fevereiro de 2014

 

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2

2. CONCEITO E METODOLOGIA DA CIÊNCIA E DA CIÊNCIA ECONÔMICA 3

2.1. Metodologia Da Ciência 5

2.2. Metodologia Da Ciência Econômica 6

3. METODOLOGIA NOS CLÁSSICOS E MARXISTAS – A TEORIA DO VALOR TRABALHO 9

3.1. Karl Marx e Seu Método Dialético e Crítico 14

4. METODOLOGIA NOS MARGINALISTAS E NEO-CLÁSSICOS 19

5. SCHUMPETER E KEYNES 22

5.1. Schumpeter 22

5.2. Keynes 25

6. NEO KEYNESIANOS E NOVOS CLÁSSICOS 27

7. OUTROS ASPECTOS METODOLÓGICOS 35

7.1. Econometria 35

7.2. Modelos computacionais de equilíbrio geral 36

7.3. O Papel da História 38

7.4. Economia experimental 39

8. BIBLIOGRAFIA 40

 

1. INTRODUÇÃO

Quando se fala de método ou metodologia tenta-se caracterizar uma ferramenta utilizada para um determinado fim. Com a ciência e suas especialidades não seria diferente. Para caracterizar o método científico é preciso remeter-se aos objetivos dela e tentar traçar o caminho utilizado para alcançá-los. No entanto, é perceptível que não um único caminho para alcançar esses resultados, mas é incontestável a necessidade de grande esforço para compreendê-los. Isto é percebido por Marx ao indagar que: "Não há estrada real para a ciência, e só têm a probabilidade de chegar a seus cimos luminosos aqueles que enfrentam a canseira para galgá-los por veredas abruptas" (Karl Marx).

Ademais, se pretende abordar aqui o conjunto de trabalhos solicitados para o cumprimento da disciplina Metodologia da Ciência Econômica. Aqui será contemplado o estudo desta disciplina distribuído em seis partes na forma de capítulos que terão o objetivo de expor conceitos e definições das matérias afins. Desta forma, se espera expor analiticamente todo assunto abordado e cumprir os objetivos de aprendizado desta disciplina.

 

2. CONCEITO E METODOLOGIA DA CIÊNCIA E DA CIÊNCIA ECONÔMICA

O conceito de ciência pode ser compreendido remetendo-se a origem latina de seu nome que é uma derivação de Scire que significa aprender ou conhecer. Dessa forma, a ciência se constitui em uma forma de aprender ou conhecer os fenômenos percebidos pelo homem. A humanidade sistematizou ao longo do tempo a investigação reflexiva e metódica para que a ciência estivesse estruturada da forma como se percebe ela atualmente.

A ciência transcende os fatos em si mesmos, seu conhecimento foi produzido mediante a busca humana pelas relações existentes entre os fatos. Dessa forma procurou-se compreender leis, normas ou regularidades para o desenvolvimento concreto e abstrato. Com isso, busca-se vinculações analíticas com o objetivo de se construir teorias capazes de explicar os fenômenos percebidos de forma a indicar as leis gerais que os produzem.

Ademais, o conhecimento científico pode ser caracterizado como: lógico, sistemático e verificável. Isto garante a consistência de seu conteúdo bem como a possibilidade de aprimoramentos sucessivos ao ser transferido entre as gerações.

No que refere-se à estruturação lógica, é exigido que a argumentação seja isenta de contradições e que seja construído com base no estudo dos fenômenos por meio de observações detalhadas e inferências. Isso exige ainda que a produção do conhecimento científico obedeça a algum sistema conceitual e teórico específico. Daí, os procedimentos e as operações lógicas da ciência devem permitir: a observação racional e controlada dos fenômenos; a interpretação e explicação adequada dos fenômenos; a verificação dos fenômenos, positivados pela experimentação e observação; e a fundamentação dos princípios de generalização ou o estabelecimento dos princípios e das leis.

Com relação ao desenvolvimento sistemático deve-se contemplar a interligação das ideias sobre lógica adequada. Aqui se observa que cada ciência específica sistematiza o estudo de seus campos de pesquisa utilizando-se de um conjunto de princípios adequados capazes de suportar analiticamente uma teoria ou teorias particulares. Estas teorias não resultam de uma simples acumulação de fatos e explicações, mas são o produto de acumulações seletivas de conhecimento. Alguns pré requisitos básicos para obtenção desse resultado esperado são:

a) Sistema de referências que contempla um conjunto de definições e de conceitos interligados de um modo ordenado e completo, segundo uma diretriz lógica;

b) Teoria ou teorias, com hipóteses explicativas dos fenômenos;

c) Fontes de informação apropriadas;

d) Quadros explicativo das propriedades relacionadas aos fenômenos;

e) Modelos e paradigmas que permitem captar e apreender os fatos observados de forma sistemática, e nos fornecem uma dada interpretação e explicação dos objetos em estudo.

Quanto a ser verificável se reconhece que todo conhecimento científico é falível, isto é, só é válido enquanto não for refutado pela experiência. Nenhuma experiência nos garante que uma dada teoria é verdadeira, mas apenas se a mesma é