Modernidade Liquida
Casos: Modernidade Liquida. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jonizes • 10/3/2015 • 524 Palavras (3 Páginas) • 386 Visualizações
Modernidade líquida é a época atual em que vivemos. É o conjunto de relações e instituições, além de sua lógica de operações, que se impõe e que dão base para a contemporaneidade. É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança. É nesta época que toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior, denominada pelo autor como modernidade sólida, são retiradas de palco para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da artificialidade.
zygmunt bauman modernidade líquida
Autor de Modernidade Líquida
É nesta época que as relações de trabalho cada vez mais se desgastam e que a própria esfera do trabalho, cada vez mais vira um campo fluido desregulamentado. Então empregos temporários, meia jornada, empregos em que as relações de empregado-empregador são constituídas somente pelos dois, se tornam situações fáceis e consideradas legítimas de se observar. Nisto, emerge a figura do desempregado crônico.
Nas relações pessoais, as conexões predominam. Conexão é o termo que Zygmunt Bauman usa para descrever as relações frágeis. A grande sacada desta palavra envolve a noção de que, em uma conexão, a vantagem não está só em ter várias conexões, mas, principalmente em conseguir desconectar sem grandes perdas ou custos. A relação frágil tem como pressuposto a transformação dos humanos em mercadorias que podem ser consumidas e jogadas no lixo a qualquer momento – a qualquer momento eles (os humanos) podem ser excluídos. Ela é frágil porque o sujeito líquido lida com um mundo de consumo e opções, mas nunca objetivo e frio. O sujeito líquido não tem mais referenciais de ação: toda a autoridade de referência é coloca em si e é sua responsabilidade construir ou escolher normas a serem seguidas – tudo se passa como se tudo fosse uma questão de escolher a melhor opção, com melhores vantagens e, de preferência, nenhuma desvantagem.
Isso tudo é coberto por uma mentalidade que, não só valida as instituições e as normas, mas também dá base para a vida dos sujeitos: os imperativos de consumo são inscritos naquilo que há de mais fundamental na constituição do sujeito líquido. Até mesmo no sexo.
Na modernidade líquida, o sexo é uma força de atomização, não de união. As conexões sexuais fortalecem a noção indivíduo isolado porque é parte da acumulação de sensações que sujeito pós-moderna foi construído para buscar. O sexo é sempre a satisfação instintual sem qualquer responsabilidade ou ligação com o outro.
Mas não só o sexo, como a noção da sexualidade nas crianças foi modificada: atualmente, a expressão da sexualidade na criança é tida como produto do abuso de adultos – os adultos as abusam e as crianças refletem isso ao começarem a mexer nos próprios órgãos genitais. Essa nova significação da sexualidade infantil é o oposto da sexualidade, digamos, “sólida”: nela, a sexualidade era parte do instinto incontrolável que deveria ser vigiado constantemente pelos pais. A criança passou de sujeito sexual a objeto sexual.
Se os pais, quando próximos, podem ser considerados como abusadores (em todos os sentidos), então a atitude mais correta é se afastar, logo, o filho cresce sem a relação
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