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O ASSISTENTE SOCIAL NO MUNDO CONTEPORÂNEO

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Por:   •  15/3/2015  •  2.220 Palavras (9 Páginas)  •  441 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este artigo se propõe a abordar de forma sintética os desafios inerentes ao Serviço Social, enfatizando a importância de se formar profissionais críticos, que venha gerar oportunidades neste espaço múltiplo e complexo no qual vivemos, constantemente permeado por relações entre diferentes indivíduos e com grandes diferenças de concepções.

Não obstante, enfatizamos qual a importância da atuação do Assistente Social na contemporaneidade, quais os seus campos de trabalho, seus desafios a serem superados, observando que esta atuação deverá estar sempre pautada em seu código de ética.

Dentro deste contexto abordaremos as questões inerentes ao Assistencialismo e a Filantropia, conceitos até os dias de hoje tão atrelados à profissão, daí a importância da discussão sobre qual a relação destes conceitos com o Serviço Social.

Discorreremos também sobre o mercado de trabalho do Assistente Social, elencando as suas possíveis áreas de atuação, tanto nos setores privado e público quanto no terceiro setor. Com base nos dados pesquisados pela equipe, discutiremos como são, geralmente, as condições de trabalho nestes setores, bem como levantaremos dados sobre a quantidade de profissionais atuantes em cada estado ou região brasileira, identificando em quais áreas eles estão inseridos.

Neste campo de contradições e desigualdades que vivem que os assistentes sociais os mesmos precisam ter um agir comprometido com a defesa da efetivação dos direitos sociais criando caminhos estratégicos, visando à construção de vias de igualdade, conscientes de que no modo de produção capitalista a cidadania aparece de forma camuflada e contestadora, uma vez que a verdadeira cidadania está atrelada a universalização do acesso, equidade, justiça social e políticas sociais como direito.

A IMPORTANCIA DO SERVIÇO SOCIAL NOS DIAS DE HOJE

O serviço social nasceu no berço da burguesia, influenciado diretamente pela Igreja, com o objetivo de controlar as insatisfações e manifestações populares. Portanto, durante muitos anos os agentes sociais, como eram chamados na época trabalhavam sem formação acadêmica, e a sua base teórica e metodológica era os ensinamentos da doutrina católica, portanto com cunho caritativo, com práticas de benemerência, paternalismo etc.

Diante da ascensão dos movimentos políticos das classes sociais, que começaram a questionar a sua prática, a categoria de assistentes sociais foi sendo impulsionada a um processo de ruptura com o tradicionalismo profissional e seu ideário conservador. Tal processo exigiu novas respostas profissionais, o que derivou em significativas alterações nos campos do ensino, da pesquisa e da regulamentação da profissão dos assistentes sociais.

Durante este tempo, o Serviço Social brasileiro construiu um projeto profissional inovador e crítico, fundamentado na tradição marxista, apoiado em valores e princípios éticos e humanistas, adquirindo assim materialidade no momento da sua regulamentação profissional através da Lei da Regulamentação da Profissão (1993) e do Código de Ética do Assistente Social (1993).

Desde então os assistentes sociais vem atuando nas manifestações mais latentes da questão social, tendo ocupado espaços nas esferas do poder executivo, legislativo e judiciário, em empresas privadas, em organizações da sociedade civil sem fins lucrativos entre outros.

Com estas ações, os profissionais viabilizam o acesso aos direitos dos indivíduos e das suas famílias, contribuindo para que as suas necessidades e interesses possam ser reconhecidos, afirmando o seu papel de defender e ampliar os direitos sociais dos usuários, e a qualidade dos serviços a eles prestados.

Neste contexto, é importante destacar que vivemos numa sociedade capitalista, e por este motivo ela se apresenta como um terreno minado de resistências e lutas entre as quais poderemos citar: as lutas dos trabalhadores sem terra pela reforma agrária; dos trabalhadores sem teto nas cidades; dos assalariados rurais e urbanos; o movimento das nações indígenas pela preservação de seu patrimônio material e cultural; das mulheres do campo e da cidade pelo reconhecimento de seus direitos; dos velhos trabalhadores, hoje aposentados; da juventude marginalizada nas periferias das grandes cidades.

De acordo com Marilda Iamamoto (2001)

“Os Assistentes Sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida. Tempos de crise, em que cresce o desemprego, o subemprego, a luta por meios para sobreviver no campo e na cidade. Tempos extremamente difíceis para todos aqueles que vivem do trabalho: para a defesa do trabalho e para a organização dos trabalhadores” (2001 pag. 20)

Portanto, o cenário que molda a profissão Serviço Social são as difíceis condições de trabalho, onde o profissional se vê desafiado a construir propostas coerentes com o seu código de ética, através de ações criativas, ousadas e competentes, capazes de fazer um enfrentamento combativo as inúmeras expressões da questão social tais como: violência, desemprego, preconceito, discriminação, exploração do trabalho infantil, e demais demandas existente como na saúde, habitação, educação, entre outras.

Diante da demanda atual, segundo NETTO, (J. P. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. São Paulo, Cortez, 1992.20) para responder a estas demandas, exige-se uma ruptura com a atividade burocrática e rotineira, que reduz o trabalho do assistente social a mero emprego, como se esse se limitasse ao cumprimento burocrático de horário, à realização de um leque de tarefas e, ao cumprimento de atividades preestabelecidas.

O exercício da profissão exige mais que isso. É preciso que estes profissionais, se projetem frente à sociedade, através de metas, de projetos políticos capazes de transformar a realidade de exclusão e desigualdade a qual nos encontramos, saindo da redoma de vidro que os aprisionam para que possa requalificar o fazer profissional, identificando suas particularidades e descobrindo novas alternativas de ação.

SERVIÇO SOCIAL, FIILANTROPIA E ASSISTENCIALISMO

Muita gente confunde os significados das palavras assistencialismo, filantropia e caridade, utilizando-as como sinônimos. Contudo, essas três expressões possuem diferenças relevantes

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