O Caminho do Companheiro
Por: Léo Santiago • 8/8/2018 • Artigo • 1.006 Palavras (5 Páginas) • 145 Visualizações
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OS CAMINHOS QUE CONDUZ O COMPANHEIRO – IMPRESSÕES PESSOAIS
AS CINCO VIAGENS
O grau de companheiro é estado intermediário do maçom no seu processo de transformação e discernimento trazido com seu novo nascimento para o mundo afastado dos vícios que a vida profana ocasionam. Nesta senda, no momento da sua elevação, o aprendiz, futuro companheiro, passa por cinco viagens, que representam o seu trabalho para crescer e progredir, onde, a cada viagem o aprendiz recebe um instrumento dotado de grande simbolismo para que o mesmo com seus quatro instrumentos de trabalho.
A PRIMEIRA VIAGEM
A primeira viagem é realizada com o malhete, o qual fora treinado, desde o grau de aprendiz, para trabalhar na pedra bruta e aprender a manusear sua força e seu trabalho. Desenvolvendo, assim, suas qualidades e moldando a si mesmo como trabalhador que precisa ser firme no agir, mas ter plena consciência que um golpe mais forte pode por todo o trabalho a perder, no instante que apedra bruta, para ser lapidada sem partir, prescinde de golpes firmes, mas suaves. Em suma, pode se entender que a primeira viagem é uma releitura de que, mesmo não sendo mais aprendiz, o irmão companheiro deve continuar com a consciência de que necessita conter-se, agora com mais sabedoria e conhecimento, no cultivo do seu trabalho. Usando o cizel, não apenas como instrumento de força bruta, mas com sabedoria, como um trabalhador que teve seu salário aumentado por ter mais conhecimento e preparação para lidar com o conhecimento já adquirido.
Ao usar o malhete, que unido com o cizel, o aprendiz é apresentado a uma nova fase no seu processo de polimento da pedra bruta, onde a mesma entende-se que já está mais polida, não necessitando de mais força, mas sim, sabedoria, inteligência, reflexão para aumentar e melhorar seu trabalho e controle da sua vontade.
A SEGUNDA VIAGEM
Os instrumentos da segunda viagem, realizados com a régua e o compasso, instrumentos que conotam mais uso intelectual, ante ao outrora trabalho braçal, para o irmão Otávio de Marchi a régua e o compasso são dois instrumentos símbolo do aperfeiçoamento adquirido nas artes, ciências e profissões. A régua simboliza a perfeição. A linha reta que devemos seguir é traçada por este instrumento, sendo o emblema da direção retilínea de todos nossos esforços para a vida cotidiana. Já o compasso representa o pensamento e os círculos percorridos pela mente. Mede os mínimos valores até completar a circunferência. O círculo mostra e define ao alcance do raio de nossas atuais possibilidades para agir sabiamente.
Deste modo, pode-se entender que o trabalho do companheiro é agir com retidão da régua, sempre pensando que o círculo da vida, formado pelo raio do compasso deve ser seguido pela retidão do agir.
A TERCEIRA VIAGEM
Na terceira viagem o aprendiz em elevação, mantêm-se a régua na mão esquerda substituindo o compasso pela alavanca. No ritual, página 80, verificamos que “A alavanca, em lugar do compasso é o emblema do poder que, junto às nossas forças individuais, multiplica a potência do esforço e possibilita o desempenho de grandes tarefas.”
Dessa forma, a régua, instrumento de retidão se alinha com o esforço pessoal do irmão para unir a gerar a força necessária, a fim de se lograr a elevação comportamental, na luta diuturna do aprendiz no seu caminho pela iluminação das suas ações e comportamento.
A QUARTA VIAGEM
Na quarta Viagem, o aprendiz mantêm a régua, demonstrando a força simbólica que este instrumento terá para o companheiro, mas agora a mesma está acompanhada do esquadro, que é o sexto e último instrumento da sua caminhada para a afirmação do grau de Companheiro
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