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O Enfrentamento Do Problemna Do Crack No Contexto Da Saúde Publica

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Por:   •  25/10/2014  •  1.125 Palavras (5 Páginas)  •  633 Visualizações

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1 RESUMO

Esse trabalho objetivou verificar as ações e políticas institucionais de enfrentamento do crack no âmbito da saúde pública, identificando-as no município de Gandu – Bahia e cidades circunvizinhas. Diante da grande demanda de cerca de 800 a 900 usuários (dados não oficiais) verificou-se um déficit muito grande em ações eficientes e institucionais para atender tal demanda.

2 INTRODUÇÃO

A sociedade brasileira muito tem se preocupado com a epidemia do crack. A estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) para o Brasil é que existam 3% de usuários, o que implicaria 6 milhões de brasileiros. O Ministério da Saúde trabalha com 2 milhões de usuários e estudo da Unifesp patrocinado pela SENAC demonstra que um terço dos usuário se curam (CFM).

O atendimento dos dependentes de crack não é feito a contento no Brasil, pois, há poucos centros de excelência. Ao governo cabe a responsabilidade de ações de políticas públicas para sanar essa deficiência ao atendimento do usuário de crack como a construção de clínicas especializadas e também da disponibilização de leitos de hospitais para o atendimento dessa demanda.

A cidade de Salvador, precursora em Consultórios de Rua, fica a uma distância de 290 km da cidade Gandu que não tem nenhuma instituição que represente o atendimento no âmbito da saúde pública ao usuário de crack.

Várias ações da sociedade e de ONGs são realizadas com o objetivo de ajudar ao usuário a se curar representados em Centros de Recuperação.

O CAPS

I estando em fase de implantação de projeto para o enfrentamento do uso e abuso de drogas, ainda não atende a demanda.

Ficando o município de Gandu, que tem 30.329 habitantes (Observatório do Crack), o maior município da região por todo esse tempo sem atendimento no âmbito do SUS

3 O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO CONTEXO DA SAÚDE PÚBLICA

O uso co crack não é um problema exclusivo das grandes metrópoles chegando a atingir 98% dos municípios brasileiros, e o atendimento a esses usuários precisa alcançar esses municípios que se encontram em meio a uma epidemia de uso dessa droga.

A segregação das classes mais pobres é histórica em nosso país como também é histórica a falta de políticas de proteção social, de saúde, enfim há um déficit no atendimento ao cidadão.

O Ministério da Saúde tem buscado meios de alcançar a demanda, que é muito grande, com ações e programas para tanto. Mas as clínicas e hospitais que comportem a demanda estão em déficit em relação a quantidade de usuários que necessitam de atendimento.

Em entrevistas realizadas com profissionais do setor de saúde no município de Gandu – Bahia, especificamente no Hospital Nelson Davi Ribeiro, no CREAS e no CAPS I, verificou-se que no dado município e cidades circunvizinhas, ao usuário de crack só resta ser encaminhado para centros de recuperação.

Segundo a enfermeira Jeane Almeida Barreto, o Hospital Nelson Davi Novais limita-se ao atendimento emergencial dos usuários em caso de crises de

violência ou descontrole físico-motor causado pelo uso do crack que são levados ao PS do mesmo, recebendo aplicação de medicação de efeito tranquilizador e logo em seguida retornam para as suas residências em companhia de familiares. Em casos de overdose os pacientes ficam internados até sua recuperação e vão para casa ou são encaminhados ao CAPS I.

No CAPS I a enfermeira responsável Marli Santana, pelo fato do CAPS I está em fase de implantação do atendimento ao usuário de crack e outras drogas, se detendo no momento ao atendimento de pessoas com problemas de saúde mental então os encaminha para o CREAS ou até mesmo para o AA.

Acolho essa pessoas que a mim são encaminhadas pois sei que precisam de ajuda. Não posso fazer quase nada, mas busco consultas com médicos em seus consultórios que se dispõem a ajudar. (Elizabeth Santana Novais, coordenadora do AA em Gandu).

A assistente social do CREAS, Angela Brisolina D’Onofrio Moraes, encaminha os usuários que buscam tratamento à Clínica de Recuperação Nosso Lar, situada no município de Wenceslau Guimarães. O Pr. Reinaldo Santos Barreto, diretos do Centro declara que tem uma parceria e/ou pactuação com o município de Gandu e recebe até 10 usuários do município de Gandu para receberem tratamento.

Os usuários que são recebidos no Centro de Recuperação Nosso Lar são do sexo masculino, da faixa etária de 12 anos em diante chegando até a idosos, com uma média de 1 a 3 anos de uso do crack. A situação familiar é de desconforto, desesperança,

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