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O Manifesto Comunista

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Por:   •  5/3/2015  •  2.192 Palavras (9 Páginas)  •  211 Visualizações

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Introdução

O conteúdo mostrado a seguir foi produzido por discente no primeiro período do curso de direito da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina. Será apresentado um resumo da obra de Karl Marx, intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista e Friedrich Engels, que foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Titulada de O Manifesto Comunista, irá tratar da lutas de classe e o antagonismo entre elas, apresentará a realidade da época, situação dos proletários, e os meios de como estes podem alcançar o poder político. De fato é um documento inspirador, que busca entender o momento histórico e propõe a organização dos ideais com fins humanitários e um ideal de justiça para o melhor bem viver da sociedade, portanto os ideais comunistas.   Ao final, mostrarei minha concepção sobre a relevância que abrange na obra.

O Manifesto Comunista

“Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo.” Nesta brilhante frase inicia-se a obra e evidencia que comunismo já é uma ideologia espalhada por toda a Europa. Um sentimento revolucionário floresce novamente.

1- Burgueses e proletários

Sim, floresce novamente, pois por toda a história da sociedade está presente a lutas de classes.

“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, o opressor e o oprimido permanecem em constante oposição um ai outro, levada a efeito numa guerra ininterrupta, ora disfarçada, ora aberta, que terminou, cada vez, ou pela reconstituição revolucionária de toda a sociedade ou pela destruição das classes em conflito”

A burguesia, classe dos capitalistas modernos, de forma revolucionaria superou o sistema feudal, mas não superou a necessidade de oprimir outra classe impondo novas formas de opressão, no entanto de forma simplificada gerando mais hostilidade entre as duas grandes classes, a burguesia e o proletariado, a classe dos trabalhadores modernos.

Com a ampliação da troca de mercadorias o comércio e a industrialização deram um grande salto, onde a antiga indústria feudal não consegue mais acompanhar e muito menos a manufatura dando lugar ao vapor das máquinas das grandes indústrias modernas, revolucionando a produção. E desenvolvendo-se ainda mais o mercado a indústria passa a estender-se junto, controlando o mercado mundial, assim, conquistou a soberania política no Estado representativo moderno.

Influenciou todos os tipos de relações, até mesmo na família, reduzindo a meras relações monetárias. Onde a burguesia se infiltrou, além de derrubar as características feudais, impôs valores onde tudo não passa de relação comercial, até mesmo a dignidade, valorizando agora o frio interesse.

O mercado mundial foi muito explorado havendo a necessidade de buscar recursos em qualquer parte do globo, com isso as indústrias nacionais foram derrubadas pelas indústrias que podemos chamar hoje de multinacionais e esse fato se tornou essencial para qualquer país, pois havia uma interdependência universal, ninguém esta isolado. Com isso as culturas exclusivas de uma nação tornaram-se comum a todas.

Com o rápido avanço dos meios de produção as nações eram arrastadas ao sistema graças ao aprimoramento e facilidade dos sistemas de comunicação. E essas sociedades cresceram, surgindo grandes cidades, aumentando de modo absurdo a população urbana em relação com a população rural, essa era submetida pela cidade.

‘‘A burguesia durante seu domínio, apenas secular, criou forças produtivas mais poderosas e colossais do que todas as gerações em conjunto. A subordinação das forças da natureza ao homem, a maquinaria, a aplicação da química na indústria e na agricultura, a navegação a vapor, as vias férreas, os telégrafos elétricos, a exploração de continentes inteiros para fins de cultivo, a canalização de rios, populações inteiras brotadas da terra como por encanto – que século anterior poderia prever que essas forças produtivas estivessem adormecidas no seio do trabalho social?’’

Agora as forças produtivas perante seu desenvolvimento colossal não é mais tão favorável para a burguesia, pois essa é estreita demais para conter suas próprias riquezas, como se perdesse o controle, ela torna-se poderosa demais, com as crises repetitivas a sociedade burguesa se sente ameaçada. A burguesia encara essas crises destruindo grande parte dos produtos e procurando novos mercados. “ Portanto, prepara crises mais extensas e mais destrutivas, diminuindo os meios de evitá-las”

“A burguesia, porém, não forjou apenas as armas que representam sua morte; produziu também os homens que manejarão essas armas – o operariado moderno – os proletários.”

“As armas com que a burguesia abateu o feudalismo voltam-se agora contra ela mesma.” Quem maneja essas armas são os proletários. O operário moderno também evolui à medida que a indústria e o capital também evoluem. Acompanhando esse ritmo as máquinas estão cada vez mais presentes dentro das fábricas dividindo ainda mais a classe operária que se torna o apêndice da máquina. Nessa situação os operários foram desvalorizados, mas não deixam de ser importantes, por isso para acompanhar a aceleração do movimento das máquinas havia dentro das fábricas aglomerados de operários organizados como soldados seguindo uma hierarquia. Eram cruelmente explorados e recebiam salário que garantissem sua subsistência. Até mesmo mulheres e crianças se encontravam nesta situação, na medida em que a indústria avança idade e sexo não tinham mais importância para a classe operária.

A luta contra o capitalista burguês nasce quando o proletariado nasce. Mas faltava organização, era uma massa incoerente e disseminada e com o desenvolvimento industrial surgiram massas de operários, conscientes de sua revolta como um todo, assim igualando seus interesses surgindo os sindicatos. Os avanços nos meios de comunicação e locomoção facilitaram e impulsionaram essas reuniões que se encontravam cada vez mais ampla e organizada. Essa união cresce a cada vez mais, não obstante encontre obstáculos para sua organização em classe e em partido. Encontra meios de forçar a burguesia a efetuar concessões, como a jornada de trabalho de dez horas na Inglaterra.

“A condição essencial para a existência e o domínio da classe burguesa é a formação e o crescimento do capital; a condição

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