O Projeto Ético Político Do Serviço Social
Ensaios: O Projeto Ético Político Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lene1 • 17/9/2013 • 1.924 Palavras (8 Páginas) • 908 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
2.1. AS POLÍTICAS NO BRASIL DE 1930 A 1945: ERA VARGAS -----------------------5
2.2 AS POLÍTICAS SOCIAS NO BRASIL DE 1945 A 1964: FASE POPULISTA ------6
2.3. DE 1964 A 1985: FASE DA DITADURA MILITAR E ABERTURA POLÍTICA -----6
2.4. – AS EMPRESAS E A RESPOSNABILIDADE SOCIAL --------------------------------9
2.5 – REFLEXÕES SOBRE AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS -------------------------------9
3 CONCLUSÃO 11
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
1 INTRODUÇÃO
O debate do projeto profissional nesta denominação de “ético-político” se expressa eminentemente contemporânea, uma vez que sustenta a ressignificação da profissão numa perspectiva de renovação do ethos profissional e direção social crítica. O mesmo projeto assume um caráter substantivo de hegemonia, legitimada na Lei de Regulamentação da Profissão, no Código de ética aprovado em 1993 e nas Diretrizes Curriculares vigentes que, comumente fundamentam a resignação frente a produção e reprodução das apologias da ordem social contemporânea.
O Projeto Ético-Político se materializa pela defesa intransigente de direitos humanos e a luta por uma sociedade justa e igualitária. Logo, dá a orientação social da profissão porque explicita que o Serviço Social ocupa o espaço de resistência para dar visibilidade à violação de direitos através da intervenção na prática miúda dos assistentes sociais e também através de denúncia pública de situações que violem direitos.
A apropriação da orientação da profissão pela ótica dos direitos consolida nossa identidade profissional materializando o significado de se constituir assistente social na sociedade capitalista brasileira.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1. CONTEXTUALIZANDO O TRABALHO DE CAMPO
Nossa pesquisa foi realizada na Associação Cultural Comunitária Rômulo Almeida: Casa da Juventude, não governamental, localizada na cidade de Alagoinhas – BA. As ações desenvolvidas são: oficinas comunitárias, atividades lúdicas, palestras educativas, dentre outras.
As ações realizadas pela Associação tem o objetivo de fortalecer a função da família, a prevenção de riscos a comunidade, através de espaços coletivos de escuta e troca de vivencias familiares.
Suas ações são desenvolvidas por meio do trabalho social com as famílias, apreendendo as origens, no enfrentamento das situações de vulnerabilidade vivenciadas pelas famílias.
A Associação foi fundada em janeiro de 2005, iniciando suas atividades em julho de 2010. As ações ofertadas são: ballet, cinema, futebol, mini cursos, etc.
A atuação do profissional de Serviço Social se dá através do acompanhamento aos usuários através de visitas domiciliares, para investigação, observação e orientação aos familiares, sendo esse o mais importante instrumento de intervenção no processo de integração e reinserção desses usuários na sociedade.
2.2 SERVIÇO SOCIAL E SEU PROJETO ÉTICO-POLÍTICO PROFISSIONAL
Após quase quatro décadas de conservadorismo teórico-metodológico, o Serviço Social conseguiu avançar numa elaboração literária que subdiasse seus profissionais na leitura da realidade que o permitisse ir além da aparência da manifestação da questão social.
No Brasil, a história da criação do Serviço Social está vinculada ao pensamento católico, inspirado numa prática humanitária mistificada pela ilusão de servir. Segundo Iamamoto e Carvalho (1995, p.129), “surge da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam, principalmente, por intermédio da Igreja Católica”.
Assim, o Serviço Social nasce de um objetivo de intervir no conflito capital x trabalho, estabelecendo estratégias de enfrentamento para a “questão social”. Surge de uma necessidade tipicamente capitalista e traz como objetivo norteador intervir nos conflitos oriundos dos antagonismos das classes sociais, como um dos mecanismos de manutenção da ordem burguesa constituída.
Desta forma, o Serviço Social traz em seu cerne o objetivo de “remediar as deficiências dos indivíduos e das coletividades; quando se dirige ao ajustamento de um determinado quadro, ele o faz para sanar deficiências acidentais, decorrentes de certas circunstâncias, e não de um defeito estrutural”. (Ibid, p.208-209). Na sociedade capitalista estas deficiências são consideradas como disfunções de responsabilidade do indivíduo, e não próprias das relações sociais que correspondem à forma como está organizada a sociedade. Logo, a classe dominante e o Estado, por um longo período, se utilizam desta profissão para manipular e legitimar sua ideologia e seu poder sobre a classe trabalhadora.
Portanto, o Serviço Social brasileiro, em um primeiro momento naturaliza as desigualdades sociais do sistema que o rege, atuando como amenizador de conflitos desta relação de classes, pauta-se em valores filosófico metafísico (neotomismo) que o leva a apreender a sociedade de forma determinista, fatalista e histórica, onde a liberdade proclamada não passa de uma “pseudoliberdade”, a qual condiciona os homens a uma eterna redoma que é construída e apresentada como insuprimível.
Busca também, fundamentação teórico-metodológica e ético-política do padrão Norte-Americano, que entendia que a dinâmica social deveria se desenvolver através da ordem, equilíbrio e adequação, ou seja, deve-se formar indivíduos passivos diante das contradições do sistema social.
Porém, a dialética da história mostrou que a complexidade das relações sociais trouxe a tona na instância da profissão, um movimento significativo, o Movimento de Reconceituação do Serviço Social - este é um marco histórico no processo de redefinição da atuação e da forma de pensar da profissão. Esse movimento tem profunda relação com as realidades sócio-políticas dos países da América Latina.
Assim, até meados da década
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