O Racismo no Brasil
Por: Palloma Rodrigues • 9/7/2017 • Trabalho acadêmico • 620 Palavras (3 Páginas) • 171 Visualizações
A abolição da escravatura foi decretada pela Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, em 13 de maio de 1888. É inegável a importância do fim da escravidão, porém, além da da liberdade, eles precisavam ser inseridos na sociedade. O sociólogo Florestan Fernandes, em sua obra "A integração do negro na sociedade de classes", de 1964, diz que as classes dominantes não contribuíram para a inserção dos ex-escravidão no novo formato de vida social. Estando de acordo com o autor, era necessário recursos para essa população se adaptar ao novo regime de organização, mas esse recuso não foi dado.
Passado 65 anos da abolição dos escravos, na década de 1950, mesmo com todo projeto anti-racista criado após Segunda Guerra Mundial, a situação não parecia ter melhorado muito. O Brasil que era visto no mundo como um país de caráter positivo em termos de relações inter-raciais, ainda tinha duas dificuldades em acabar com a desigualdade racial, e elas eram muitas. Em 1950, o negro era maioria nas camadas sociais mais baixas da população, ainda era maioria em comunidades e periferias, e ainda ocupava os cargos mais baixos nos setores de trabalho. Eram poucos os negros que conseguiram ascender socialmente e economicamente, pois embora a mobilidade social seja possível possível no Brasil, ela se caracteriza como uma mobilidade difícil, visto que as camadas superiores não querem perder ou dividir o seu lugar. Os negros ainda sofriam racismo e eram visto por muitos como marginais, muitas vezes não sendo admitidos em um trabalho por razão de sua cor. A vida do negro nunca foi fácil no Brasil, e apesar de uma melhora em relação aos tempos de escravidão, a conjuntura daquela época não era extremamente diferente.
Trazendo para os dias de hoje, pode-se perceber o que mudou da década de 1959 até aqui. Um das maiores conquitas foi a implementação da Lei de Nº 7.716, em 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resustantes de raça ou de cor, tornando o racismo um crime. Outra conquista importante para a melhoria de vida do negro nos dias atuas foi a implementação da Lei de Cotas, fazendo com que o negro pudesse ter mais acesso as universidades. Embora a mudança não tenha sido suficiente, pois é claro que a população ainda tem um longo caminho a percorrer para acabar, de fato, com a desigualdade racial, medidas foram tomadas no decorrer dos anos. No entanto, ainda é preciso medidas para conscientizar a sociedade, só assim pode-se desenvover meios para que o negro não sofra preconceito no ambiente de trabalho, nas ruas ou em qualquer outro lugar. Um outro fator é o exterminio da população negra, visto que o numero de negros assassinados é muito maior que o de brancos assassinados. A discriminação e o preconceito racial são forte contribuentes para esse quadro. Pode-se acrescentar também que o Brasil tem a quarta maior população carceraria do mundo e a maioria são negros, de fato, o país é conhecido por não conseguir recuperar os presos e reinseri-los na sociedade. E o que acontece com esses negros ao saírem das prisões? Sem inclusão social, eles certamente saírão ainda mais desacreditado com o sistema. Torna-se evidente que é preciso impletar politícas mais rigidas a respeito da inclusão social. Pois mesmo com todos os avanços alcançados até o dia de hoje, o preconceito racial somado a exclusão e a desigualdade social ainda persistem na sociedade brasileira, dificuldade a vida do negro. O problema da desigualdade é de todos nós, precisamos nos conscientizar e aprender a viver com ela e respeitar a diversidade existente no país, pois como dizia o sociólogo Guerreiro Ramos, o negro é povo e não é componente estranho de nossa demografia.
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