O conceito de sociedade da informação e sociedade do conhecimento
Pesquisas Acadêmicas: O conceito de sociedade da informação e sociedade do conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Melquiades • 10/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.312 Palavras (6 Páginas) • 474 Visualizações
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
INTRODUÇÃO
Este trabalho pauta-se, primeiramente, em realizar uma análise genérica do como é e está a sociedade contemporânea (Sociedade da Informação), onde a manipulação e o domínio das tecnologias detêm a cena, para posteriormente focar nos aspectos mais concretos, através de mudanças em áreas, como por exemplo, os direitos fundamentais (principalmente na educação e no direito à comunicação), o mundo do trabalho, a economia, a cultura e a política, culminando então em uma síntese sobre as principais características e demandas necessárias para que a sociedade evolua e atinja o status de Sociedade do Conhecimento.
Reconhece-se a importância das revoluções que ocorreram ao longo da história, desde o desenvolvimento da imprensa, passando pela revolução agrícola, revolução industrial e pós-industrial, com a primazia das tecnologias da informação e comunicação interferindo nos meios de produção, tendo como uma de suas resultantes, o desenvolvimento das forças mercadológicas e, infelizmente, o fortalecimento das diferenças sociais. Ao se tentar esboçar visões e conceitos a respeito da Sociedade da Informação e sobre a Sociedade do Conhecimento, recorre-se a autores das ciências sociais, da economia e da ciência da informação e comunicação, e, embora tente, não consegue desvincular a relação do conceito de Sociedade da Informação e de Sociedade do Conhecimento, da influência direta do uso e planejamento das tecnologias da informação e comunicação pelas pessoas e Governos.
Logo, pretende-se fomentar a ideia de que, as tecnologias da informação e comunicação, sejam bem utilizadas e geridas com o objetivo de garantir a disseminação da informação a todos os tecidos sociais, a fim de que se consiga promover a revolução da informação para todos, auxiliando no desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento, com a ajuda das possibilidades ofertadas pelas tecnologias da informação e comunicação. Assume-se que, a construção destes conceitos de sociedades, somente é possível, ao se aceitar a importância da manipulação das tecnologias da informação e comunicação permeando todas suas facetas, desde a social, passando pela cultural, científica, até culminar na política e econômica, uma vez que, a informação e o conhecimento, matérias-primas indispensáveis para a construção da nova sociedade, encontram-se em grande parte arquivados, tratados, gerenciados e manipulados, no formato tecnológico. Aborda-se a seguir, um breve relato sobre a evolução dos conceitos, de forma diacrônica, na tentativa de classificar em que momento histórico começou a serem desenhados, os primeiros movimentos em direção à denominação: “Sociedade da Informação” e “Sociedade do Conhecimento”.
HISTÓRICO DOS TERMOS SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
As primeiras manifestações a respeito de uma nova sociedade, que seria baseada nas potencialidades da informação, inclusive como geração de riqueza, foi manifestada por Bell (1978) de acordo com Burch (2005) e Nehmy & Paim(2002). Com base nesses autores, apesar de Bell não ter proposto a nomenclatura de Sociedade da Informação, foi ele quem trouxe para discussão as alterações realizadas com base nas tecnologias. Bell (1978) segundo Nehmy & Paim (2002) desenvolveu algumas teses para a nova sociedade. Segundo ele, elas estavam baseadas em critérios como a alteração no setor de serviços - uma vez que cresceriam os cargos vinculados ao conhecimento; o conhecimento iria servir como mola propulsora de concorrência entre empresas, de forma que pesquisa e desenvolvimento e inovações tecnológicas passariam a ser o centro da atenção dos países que buscam o desenvolvimento; a criação de uma “elite do conhecimento”, que seria a classe dominante nesta sociedade, ou seja, quem detivesse conhecimento, deteria o poder; o estreitamento entre interesses econômicos e o conhecimento; o deslocamento da importância do conhecimento humano para a importância em transmutar estes conhecimentos para dentro de computadores.
Ao que os fatos indicam e demonstram essa sociedade prevista por ele, alcança na modernidade tardia, um lugar central. Sua tese se comprova e têm-se hoje sociedades baseadas no uso do conhecimento enquanto capital intangível, sendo uma das moedas mais valorizadas pelas Nações e empresas. Com sua Sociedade Pós-industrial, onde o caráter do conhecimento se apresenta em formato utilitarista, outros autores seguiram tentando prospectar e apontar os prováveis rumos da nova sociedade e, esta recebeu várias nomenclaturas, de acordo com a visão e teoria de cada um deles. Foi em 1990, que o termo Sociedade da Informação aparece no bojo do desenvolvimento da Internet e das tecnologias da informação e comunicação. A partir de 1995 o termo é inserido na agenda das reuniões da Comunidade Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (os 30 países mais desenvolvidos do planeta). O termo também foi adotado pelo governo norte-americano bem como pelo Banco Mundial.
Também foi na década de 1990 que surge o termo “knowledge society”, termo empregado particularmente pelos meios acadêmicos, como alternativa à visão de mercado adotada pelos organismos econômicos mundiais. Para André Gorz a denominação correta seria Sociedade da Inteligência porque para ele a inteligência é o que de fato é importante. A nova sociedade é denominada de Sociedade Informática, porque a crise vivenciada por
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