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Origem Das Estatisticas

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Por:   •  27/3/2014  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  249 Visualizações

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1) Discorra sobre as estatísticas públicas destacando suas origens.

Segundo Desrosiéres, a estatística moderna tem origem em pelo menos duas grandes tradições: a primeira tem início na Alemanhã e tem o objetivo de coletar dados sobre estados e localidades para o uso do governo e outras instituições, tem estrutura descritiva e taxinômica, trabalhava com números precisos; a segunda tem origem na Inglaterra, era conhecida como ‘aritmética política’ por se aproximar da matemática. O surgimento, seus métodos e abordagens estão diretamente relacionados com as relações sociais onde estavam inseridas.

As estatísticas públicas devem alcançar a credibilidade e legitimidade junto à população e aos patrocinadores e para isso devia se tornar uma disciplina científica confiável. Para isso, é necessário estar dentro de um padrão nacional e/ou internacional para sua aceitação e trato com as divergências político-ideológicas ou por definição categorial. No setor público, a agenda estatística é criada a partir de “requisições do governo, demandas sociais, conceitos desenvolvidos por economistas, demógrafos e cientistas sociais e metodologias desenvolvidas e testadas por estatísticos” (2004, p. 74), e é influenciada por órgãos internacionais como o Banco Mundial, Nações Unidas, Organização Internacionado do Trabalho – OIT, etc. Uma das formas de tornar as informações confiáveis é a utilização de números e deve ser proveniente de instituições confiáveis que não tenham ligação com grupos de interesses. Também se apresenta como fonte de confiança a base técnica e científica utilizada na pesquisa de informação. A estabilidade e a consistência da pesquisa são fatores de credibilidade. As estatísticas permanentes e continuadas tem mais credibilidade do que as pesquisas avulsas.

Para o apoio ao trabalho estatístico, se faz necessária a construção de alianças estáveis. Este processo conta com alguns passos: problematização da pesquisa, interesse dos envolvidos, recrutamento, mobilização dos aliados, onde o instituto da pesquisa será o porta-voz dos dados produzidos e que será expresso os interesses e credibilidades dos envolvidos.

Em resumo, as estatísticas públicas envolvem uma gama de atores e interesses, envolvendo grandes tensões desde à definição do método de pesquisa à sua publicação. Existem grandes incentivos para o uso de números unificados, conceitos que sejam aceitos para a maior parte dos atores envolvidos, a partir de credibilidade e confiança. Elas podem ser aproveitadas pelo governo para providências legais, assim como por outras instituições, por objetivos específicos, ou ser usada pela mídia informativa para a população.

2) Como as estatísticas públicas mensuram a questão de cor e raça, desemprego e pobreza? Faça uma síntese mais detalhada da questão estatísticas públicas e pobreza.

Cor e Raça

A questão de cor e raça no Brasil está diretamente relacionada aos indicadores de mobilidade e bem estar social, evidenciando uma discriminação racial. A questão de cor e raça tem sua existência negada no Brasil. Aceita-se a idéia de questão social e a relação da pobreza com a cor da pele, devido à escravidão existente no país até pouco tempo. A idéia de classificação racial esbarra na dificuldade da grande miscigenação existente no país e o medo de os dados acarretarem em conflitos sociais. Em 1980 a questão de raça foi introduzida no questionário estatístico sendo definida pela cor da pele autoclassificada. Mas este questionário ainda não passou a ser utilizada para a política pública social. Há, atualmente, demanda a partir do movimento negro para a incorporação de dados estatísticos sobre raça às políticas sociais em forma de ações afirmativas.

Desemprego

Sobre o desemprego, Desrosiéres indica como primeiro estudo estatístico o ocorrido no New Deal. O desemprego é sempre relacionado à pobreza, mas a história mostra que nem sempre estão ligados. “Diferente da pobreza, o desemprego era entendido como um subproduto cíclico da economia industrial moderna e mecanismos deviam ser criados para reduzi-lo ou compensar suas diferenças” (2004, p. 88). Estar desempregado é diferente de ser pobre. Desempregado é considerado o trabalhador sem emprego

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