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POLÍTICAS AFIRMATIVAS

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Por:   •  26/9/2014  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  427 Visualizações

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POLÍTICAS AFIRMATIVAS

Os processos históricos são de grande importância quando se fala em diversidade cultural, embora não sejam os únicos motivos a serem estudados, estes são capazes de proporcionar organizações sociais diferentes, cada qual com sua peculiaridade. A cultura brasileira foi formada a partir de uma miscigenação entre europeus, índios e negros, onde a aproximação entre estes ocorreu de forma exploratória e violenta, com base em colonizadores que queriam impor seus valores e interesses. Na história de formação da sociedade brasileira, podemos observar o quanto a escravidão pôde resultar em graves consequências econômicas, marginalizando os negros, cidadãos que até os dias atuais não gozam das mesmas oportunidades que os brancos, sendo criado não somente um preconceito racial, mas também social.

Diante das desigualdades e discriminações sofridas por uma parte da sociedade que vive marginalizada, foram propostas políticas de ações afirmativas, que tem origem nos Estados Unidos, local que durante os anos 60 vivia momentos de reivindicações em busca de igualdade para todos. A população negra lutou por quase um século para que o racismo fosse reconhecido e durante o governo FHC o mesmo foi reconhecido, abrindo espaço para a discussão de políticas capazes de promover a diversidade sócio-cultural e a igualdade de oportunidades entre os diversos grupos da sociedade.

Em 2000, 42% da população negra não tinha acesso à educação, comparado com os 23% da população branca, da mesma forma que apenas 1,4% dos negros possuíam um diploma de nível superior, enquanto 6,6% dos brancos o possuíam. Em 2006, os negros recebiam metade do salário de um branco, e dados como estes vão revelando o porquê da riqueza estar concentrada nas mãos de brancos. A desigualdade começa desde cedo não somente em quesito racial, mas também social, quando a criança frequenta redes de instituições públicas com qualidade de ensino precária e quando vai concorrer a uma vaga na universidade pública que é a que ela pode concorrer, fica para trás porque o filho de classe média e alta que estudou em instituição privada tem mais base para concorrer e preencher a vaga.

Foi no governo Lula que as ações afirmativas passaram a ter valor, o ingresso à universidade por a parte marginalizada da sociedade foi facilitado. Para os alunos cujo não tem renda capaz de cursar a rede privada foi criado o Prouni, programa de bolsa de estudo para aqueles com renda per capita de até três salários mínimos, na rede pública pouco a pouco foi implantado o sistema de cotas, cuja lei foi aprovada em 2012, reservando parte das vagas no âmbito social e racial a fim de reparar problemas do passado. Paralelos a estes sistemas foi implantado o Fies, fundo que possibilita que o aluno curse a rede privada pagando o curso um ano e meio após a conclusão do mesmo.

O sistema de cotas, por exemplo, é visto de forma bastante crítica especialmente por estudantes que pleiteiam a vaga na universidade, mas este é apenas um instrumento de medida emergencial alternativa enquanto não se tem outros caminhos para reparar e fazer essa inserção, assim como uma forma de mudar o cenário brasileiro na pirâmide social, miscigenando o mercado de trabalho e crescendo para outros ângulos a classe média, abrindo portas

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