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Paulo Freire

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Por:   •  29/9/2014  •  1.454 Palavras (6 Páginas)  •  269 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Paulo Freire é considerado até os dias atuais o maior educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacional. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico onde o seu maior objetivo era conscientizar os alunos.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas que ele qualificou de educação bancária, ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

Freire lutou não por apenas um ensinamento melhor, sabia que transformando as pessoas elas poderiam transformar o mundo.

1. QUEM FOI PAULO FREIRE?

Imagem 1 – Paulo Freire

Fonte: Site Filosofia.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife no dia 19 de Setembro de 1921 e faleceu aos 76 anos de idade com um infarto no dia 02 de Maio de 1997. Foi um dos maiores educadores da história do Brasil era também pedagogista e filósofo.

É muito famoso devido a prática diferenciada de ensinar os alunos, onde ele fundamentava-se na crença de que o aluno assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática de diálogo com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.

Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara Paulo Freire como o Patrono da Educação Brasileira e até os dias de hoje é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial.

Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.

Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard,Cambridge e Oxford.

2. METODOLOGIA

Quando criou seu método no ano de 1962, Freire era diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e era inconformado com a exclusão e silenciamento de brasileiros, com o número de analfabetos no país, com o modelo de ensino que tratava adultos como crianças, que alienava estudantes e que só os distanciava da construção do conhecimento, ele resolveu propor algo para mudar. Criou um método sem cartilha, que desse voz ao aluno. Para testá-lo, partiu com um grupo para uma cidadezinha localizada no sertão do Rio Grande do Norte, Angicos, e alfabetizou 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Freire estimulava adultos a entenderem o funcionamento do registro escrito a partir do conhecimento deles, assumindo que o aprendizado (e a escola) acontece também fora das quatro paredes da sala de aula.

Freire criticava o sistema tradicional (educação bancária), o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensinamento da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo, “Eva viu a uva”, “o boi baba”, “a ave voa”, dentre outros.

O método propõe a identificação das palavras-chave do vocabulário dos alunos as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo, "tijolo" para os operários da construção civil. Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita.

Conforme Freire (1991), “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”.

A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização aconselhada por Paulo Freire, ele propôs o que chamou de Temas Geradores, onde o educador e educando em sala de aula aprendem juntos. A diversidade pode contribuir para o dinamismo da aula, para o despertar do interesse, da atenção e do envolvimento, garantindo a todos a possibilidade de se expressar sobre aspectos da realidade, mantendo uma ligação com o universo conhecido deles, impulsionando-os para novas descobertas, pois aprendemos melhor aquilo que temos interesse em conhecer. Os Temas Geradores ajuda a organizar o trabalho de sala de aula porque possibilita uma aprendizagem significativa.

Em sala de aula, os dois lados aprenderão junto, um com o outro e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo. (ROMÃO, José Eustáquio, Revista Nova Escola p.2)

A proposta de Freire parte do estudo da realidade que é a fala do educando, e a organização do dado que é a fala do educador, surgindo os Temas

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