Pedagogia Empresarial
Dissertações: Pedagogia Empresarial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatianacolaco • 11/7/2013 • 1.760 Palavras (8 Páginas) • 724 Visualizações
FACULDADE CATÓLICA SANTA TEREZINHA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PESSOAS
BUSCANDO UM NOVO PARADIGMA DE PENSAMENTO: O PENSAMENTO COMPLEXO
ALUNA: TATIANA DE ARAÚJO COLAÇO
DISCIPLINA: PEDAGOGIA EMPRESARIAL
PROFESSORA: MARIA DE FÁTIMA GARCIA
CAICÓ – RN
2013
“BUSCANDO UM NOVO PARADIGMA DE PENSAMENTO: O PENSAMENTO COMPLEXO”
O grande desafio da humanidade na passagem do milênio é pensar a complexidade. As mudanças desordenadas, os riscos e as incertezas provocadas pelo processo de globalização caracterizam uma realidade complexa. Compreende-la e lidar com ela exige uma forma de pensar complexa.
Para entender o pensamento complexo é necessário compreender a questão do ato de pensar, que é a ação mental de elaborar representações mentais, de organizá-las e de reorganizá-las, transformando-as em novas representações.
Há fatores que influenciam a formação das representações mentais e sobre os quais podemos atuar, modificando-os, tornando, assim, nosso processo mental e nosso pensamento. Esses componentes são: o paradigma, o contexto e nossos esquemas pessoais.
Paradigma, definido por Kuhun (1994), é uma estrutura imaginária, um modelo de pensamento próprio de cada época da história e produzido pela experiência de mundo, pela linguagem da época e imposto a todos os domínios do pensamento.
Na realidade paradigma são crenças e conhecimentos que conduzem nosso pensamento, sem que saibamos o que o fazem, ou seja, é um dos elementos básicos da formação do sistema de representação de cada indivíduo.
O paradigma (Morin, 1990) estabelece a forma de pensar de certa época, influenciando os conhecimentos científicos pelas crenças vigentes ou existentes naquele dado momento, ou seja, cada época predomina determinado paradigma.
No momento atual, a humanidade enfrenta um desafio de mudanças de paradigma de pensamento. Vivíamos num ambiente de causa e efeito, de explicações simples dos fenômenos e da ordem. Entretanto, a realidade atual não concebe mais um raciocínio linear para a compreensão dos acontecimentos. Nota-se assim que apesar de vivermos num momento histórico diferente, temos como paradigma de pensamento a realidade de outra época.
O contexto no qual nós nos encontramos no momento, também chamado ecologia psicológica (Lewin, 1943), é constituído pelo nosso ambiente físico, sócio cultural e intelectual. O contexto social e político no qual o indivíduo esta inserido influencia a forma pela qual o individuo percebe uma realidade e portanto, a representação mental que dela constrói.
Objetivos e intenções constituem o terceiro componente do sistema de representação mental. As intenções do indivíduo são o motor da ação humana, quando se quer atingir algo ou se tem determinada intenção, esses fatores influenciam a formação da representação mental daquela coisa ou situação.
Portanto esses três componentes: O paradigma, o contesto e a intenção influencia a formação das representações mentais dos indivíduos, assim como o desenvolvimento do seu pensamento.
Uma outra maneira de pensamento é o pensamento simples ou linear quando fazemos opção pela busca de ideias claras e objetivas, não considerando as situações ou fatores que não compreendemos naquele momento.
Um dos princípios do pensamento simples é a inteligência cega que é quando o individuo é incapaz de adquirir um conhecimento mais verdadeiro e complexo da realidade. Esse paradigma de pensamento é constituído pelo conjunto de três princípios de pensamento: a disjunção, a abstração e a redução.
Nas organizações, pode-se observar também o fenômeno do reducionismo do pensamento, tendência de compreender a organização a partir de um único fator.
Também são bastante comuns nas organizações programas de mudança organizacional fundados pelo reducionismo. O objetivo é a redução das diversidades de crenças, valores e comportamentos dos indivíduos às crenças, valores e comportamentos estabelecidos pela organização (empresa). Procura-se criar padrões que devem ser adotados e seguidos por todos na organização.
A diversidade de crenças e valores é considerada um fator de desordem e de turbulência (caos) na organização, por isso deve ser eliminada, caracterizando assim o pensamento simples.
O paradigma da simplicidade põe ordem no mundo e expulsa dele a desordem. Como descreve Morin (1990), foi essa vontade de simplificação que levou o conhecimento científico a dedicar-se à missão de revelar a simplicidade escondida atrás da aparente multiplicidade e da aparente desordem dos fenômenos.
O pensamento simples, fundamentando-se na busca da ordem, começou a demonstrar sua incompetência para explicar a própria ordem e desordem no universo.
A autonomia humana é caracterizada pela interação entre individualidade e dependência, sendo o ser humano capaz de lutar e buscar meios para se tornar autônomos porque tem a capacidade de ter liberdade e existe uma força de dependência genética, cultural e sócio econômica porém essa força não é um elemento determinante da história de vida do ser humano. Na realidade somos possuídos por parte de nós mesmos, isto é, por nossa constituição genética, por nossos valores e crenças politicas e religiosas, por nossos conhecimentos.
A autocritica é um processo fundamental que permite a cada individuo alcançar sua autonomia e sua cidadania. Ser sujeito, portanto, envolve a responsabilidade e a consciência de si e do outro. Em outras palavras, significa colocar-se no centro do mundo como sujeito, reconhecendo que o outro também é sujeito.
Uma organização é um exemplo de sistema que se autoproduz. Os objetivos por ela definidos e a serem alcançados levam-na a criar sua forma de organizar-se, suas funções, seus processos, suas estratégias. A medida que caminha para alcançar os objetivos, vai se tornando mais autônoma e, ao mesmo tempo, mais complexa.
As organizações do conhecimento pelo indivíduo é um dos fatores que influenciam o processo de mudança de paradigma.
A complexidade, segundo Morin, pode ter duas abordagens. Na primeira, a complexidade é um tecido de elementos de natureza diferente que estão inseparavelmente
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